Março

Sexta-feira, 01 de Março de 2019 

Eclo 6,5-17
Sl 119(118),12.16.18.27.34.35
Mc 10,1-12 

MATRIMÔNIO E DIVINDADE
“Portanto, o que Deus uniu o homem não separe.” (Mc 10,9)

Se Jesus não é Deus, Ele não nos salvou por Sua morte na cruz e o Cristianismo é falso. Contudo, nós sabemos que Jesus é Deus porque:

Ele ressuscitou dentre os mortos pelo Seu próprio poder, e somente Deus pode fazer isso (Rm 1,4).

Os discípulos de Jesus vivem na santidade, na liberdade e na pureza, o que é humanamente impossível. Somente Deus pode nos fazer novas criaturas.

Um dos maiores exemplos de viver uma nova vida no divino Jesus é o matrimônio Cristão. Através de milênios, em todas as culturas, tem sido óbvio que o divórcio é necessário (Dt 24,1). No entanto, Jesus anunciou que o divórcio não era mais necessário porque Ele nos daria uma nova natureza (Mc 10,9 ss). Somente Deus pode fazer tal coisa.

Portanto, casais unidos através do matrimônio Cristão, façam o impossível acontecer. Ame sua(seu) esposa(o) fiel e frutuosamente “até que a morte os separe”. Entregue a Jesus toda a glória pelo amor e beleza do seu amor humanamente impossível. Permita que o seu matrimônio seja um sacramento da divindade de Cristo. Por causa de seu matrimônio, que todo joelho se dobre e toda língua proclame que Jesus é Deus (Fl 2,10.11). Por causa da unidade em seu matrimônio, o mundo acreditará na divindade de Jesus (Jo 17,21). Ame sua(seu) esposa(o) com amor divino.

Oração: Pai, faz com que os matrimônios Cristãos sejam obras-primas e sinais divinos.

Promessa: “Aquele que teme ao Senhor faz amigos verdadeiros, pois tal como ele é, assim é seu amigo.” (Eclo 6,17)

Louvor: Virginia e Mateus ministraram o evangelho um para o outro, e também o fazem juntos para outras pessoas durante cinquenta anos.

Sábado, 02 de Março de 2019 

Eclo 17,1-15
Sl 103(102),13-18
Mc 10,13-16 

JESUS AMA AS CRIANÇAS
“Traziam-lhe crianças para que as tocasse, mas os discípulos as repreendiam. Vendo isso, Jesus ficou indignado e disse: ‘Deixai as crianças virem a mim. Não as impeçais, pois delas é o Reino de Deus’.” (Mc 10,13.14)

Jesus ama as crianças. Ele criou as crianças. Ele é a única Pessoa que intencionalmente se fez Criança. Ele abraça e abençoa as crianças (Mc 10,16). Ele fez das crianças um sinal, um sacramento do Seu reino (Mc 10,15).

Jesus quer que Seus discípulos O imitem em Seu amor pelas crianças. Ele quer:

– que casais unidos em matrimônio concebam crianças com alegria,

– que crianças sejam acolhidas e não abortadas,

– que os pais criem os seus filhos(as) “… na disciplina e correção do Senhor.” (Ef 6,4),

– que os pais abençoem e orem com seus filhos(as) diariamente,

– que os pais orientem seus filhos(as) a entregar as suas vidas totalmente a Jesus,

– que as crianças recebam o Espírito Santo tão logo seja possível (Lc 1,15),

– que as crianças sejam preparadas em sua vocação para contrair matrimônio, para se consagrarem ao Senhor e, para a vida sacerdotal ou religiosa,

– que as crianças sejam protegidas e não expostas às más influências de nossa cultura da morte, e

– que os padrinhos das crianças partilhem repetidamente a sua fé com seus(suas) afilhados(as).

Em uma cultura onde as crianças são evitadas, abortadas, abusadas e desrespeitadas, Jesus é o Salvador das crianças. E Ele proclama: “… Deixai as crianças virem a mim …” (Mc 10,14)

Oração: Pai, que as crianças possam ver Jesus em mim e que eu possa ver Jesus nas crianças.

Promessa: “Todas as suas ações são para ele como o sol, os seus olhos observam continuamente os seus caminhos.” (Eclo 17,19)

Louvor: Linda ora diariamente pelo seu filho abortado.

Domingo, 03 de Março de 2019 

Eclo 27,4-8
Sl 92(91),2.3.13-16
1Cor 15,54-58
Lc 6,39-45 

BOCA PODEROSA
“Não elogies a um homem antes de ele falar, porque esta é a pedra de toque.” (Eclo 27,7)

Quando nós abrimos as nossas bocas e falamos, nós abrimos o mais íntimo do nosso ser e revelamos publicamente:

– “… aquilo de que está cheio o coração.” (Lc 6,45),

– nossas faltas e os nossos pecados (Eclo 27,4), e

– a tendência do nosso pensamento (Eclo 27,6).

Assim sendo,

– seja “… tardio para falar e tardio para encolerizar-se.” (Tg 1,19),

– não fale muito (Pr 10,19), e

– “não saia de vossos lábios nenhuma palavra inconveniente, mas, na hora oportuna, a que for boa para edificação, que comunique graça aos que a ouvirem.” (Ef 4,29)

“Porque todos nós tropeçamos frequentemente. Aquele que não peca no falar é realmente um homem perfeito, capaz de refrear todo o seu corpo.” (Tg 3,2). Nessa próxima Quaresma, deixe que Jesus seja Senhor da sua boca, que o Espírito Santo purifique a sua língua, e que o Pai seja glorificado em cada palavra sua.

Oração: Pai, eu abrirei a minha boca para que Tu a enchas (Sl 81,11).

Promessa: “Assim, irmãos bem-amados, sede firmes, inabaláveis, fazei incessantes progressos na obra do Senhor, cientes de que a vossa fadiga não é vã no Senhor.” (1Cor 15,58)

Louvor: Aleluia! Jesus ressuscitou! Ele nos ressuscitará dentre os mortos se nós acreditarmos n’Ele (Jo 11,26). Aleluia!

Segunda-feira, 04 de Março de 2019

Eclo 17,19-28
Sl 32(31),1.2.5-7
Mc 10,17-27 

UMA PRÉVIA DA QUARESMA
“Converte-te ao Senhor e abandona os pecados …” (Eclo 17,25)

Nas leituras eucarísticas de hoje, a Igreja nos oferece um “trailer” da Quaresma, para usar uma terminologia do cinema. A primeira leitura de hoje, do Livro do Eclesiástico, se adapta muito bem à Quarta-feira de Cinzas, que inicia o tempo da Quaresma dentro de dois dias. “Volta para o Altíssimo, desvia-te da injustiça e odeia profundamente a iniquidade.” (Eclo 17,26). “Converte-te ao Senhor e abandona os pecados, suplica diante de sua face e atenua a ofensa.” (Eclo 17,25). “Mas aos que se arrependem ele concede o retorno e reconforta os que perderam a esperança.” (Eclo 17,24)

“Feliz aquele cuja ofensa é absolvida, cujo pecado é coberto. Feliz o homem a quem Iahweh não atribui a iniquidade e em cujo espírito não há fraude.” (Sl 32,1.2). “Confessei a ti o meu pecado, e minha iniquidade não te encobri; eu disse: ‘Vou a Iahweh confessar a minha iniquidade’! E tu me absolveste a minha iniquidade, perdoaste o meu pecado.” (Sl 32,5)

Se você acha o rigor da Quaresma difícil e prefere não prolonga-la mesmo por apenas dois dias, a leitura do Evangelho de hoje irá encorajá-lo(a) “… pois para Deus tudo é possível.” (Mc 10,27). O próprio Jesus sabe que é difícil entrar no reino de Deus (Mc 10,24). Os desafios da Quaresma parecem ser mais difíceis do que um camelo passar pelo fundo da agulha (Mc 10,25). Todavia, aceite o caminho estreito. Que o Senhor Deus possa transformar você em uma nova criatura nesta Quaresma (2Cor 5,17). Que você seja crucificado alegremente para o mundo e o mundo para você (Gl 6,14).

Oração: Pai, que eu receba a graça do arrependimento agora, de modo que esta possa ser a mais gratificante e frutuosa Quaresma da minha vida.

Promessa: “… [Deus] reconforta os que perderam a esperança.” (Eclo 17,24)

Louvor: São Casimiro dedicou sua curta vida ao Senhor e à Santíssima Virgem Maria ao invés de buscar os prazeres do mundo ou uma esposa.

Terça-feira, 05 de Março de 2019

Eclo 35,1-15
Sl 50(49),5-8.14.23
Mc 10,28-31 

MÃOS VAZIAS E ABERTAS PARA JESUS
“Não te apresentes diante do Senhor de mãos vazias …” (Eclo 35,4)

A Palavra de Deus nos manda não nos apresentarmos diante do Senhor de mãos vazias (Eclo 35,4). Isso significa que nós devemos ir ao Senhor com nossas oferendas – com o fruto do nosso serviço, das nossas finanças, do nosso trabalho, e da nossa vida. Entretanto, em um outro sentido, devemos nos apresentar diante do Senhor com as mãos vazias – não devemos levar nada para o Senhor. Nosso fruto espiritual é d’Ele, não nosso. Nós não devemos reter nossas realizações; ao invés disso, nós devemos colocar nossas coroas diante d’Ele (Ap 4,10). Entregando tudo a Jesus, as nossas mãos estarão então vazias; nós nos apresentaremos diante do Senhor com as mãos vazias porque nós teremos dado tudo a Ele.

Neste ponto, as nossas mãos estarão tanto vazias quanto abertas. Amanhã é o primeiro dia da Quaresma. Nós estaremos usando cinzas; nós nos lembraremos que somos “pó” diante de Sua grandeza. Estando com as mãos vazias e abertas diante d’Ele, nós agora estamos prontos(as) para receber toda a abundância de Sua graça (Jo 10,10).

Assim, o segredo é ser desapegado de tudo, tanto das coisas boas como das más. Não devemos reter nada, mas colocar tudo diante do Senhor como nosso sacrifício (Sl 50,14.23). Todas as nossas esperanças, realizações, frutos, e até mesmo nosso legado espiritual, é tudo devido à Sua graça (Rm 4,16). Ofereçamo-nos a nós mesmos(as) a Deus como um sacrifício vivo (Rm 12,1.2). Dê tudo a Ele. Ele, por Sua vez, não deixará de dar tudo a você (Mc 10,29 ss).

Oração: Jesus, eu renuncio a tudo.

Promessa: “Pois o Senhor retribui dádiva, dar-te-á em troca sete vezes mais.” (Eclo 35,10)

Louvor: Jesus curou Bárbara de um tumor no pescoço

Quarta-feira, 06 de Março de 2019

Jl 2,12-18
Sl 51(50),3-6.12-14.17
2Cor 5,20-6,2
Mt 6,1-6.16-18 

QUARESMA: A IMITAÇÃO DE CRISTO
“Devolve-me o júbilo da tua salvação e que um espírito generoso me sustente.” (Sl 51,14)

Por quê a Quaresma? Algumas respostas são:

– para retornarmos para o Senhor com todo o nosso coração (Jl 2,12);

– para recebermos a graça, a misericórdia e a benção de Deus (Jl 2,13.14);

– para fazermos penitência através do jejum, das lágrimas e da lamentação (Jl 2,12);

– para nos prepararmos para a Páscoa; para caminhar junto com aqueles que estão se preparando para serem batizados na Páscoa;

– para nos prepararmos para renovar nossas promessas batismais; em obediência ao Espírito Santo e à Igreja;

– para nos reconciliarmos com Deus (2Cor 5,20) e com as outras pessoas, mesmo com nossos inimigos; porque “… eis agora o tempo favorável por excelência. Eis agora o dia da salvação.” (2Cor 6,2);

– para ter uma nova primavera em nossa vida no Espírito; e

– para imitar a Cristo em Seus quarenta dias de jejum iniciando Seu ministério público.

Essa última razão para a Quaresma é provavelmente uma das melhores. A imitação é uma das maiores homenagens que nós podemos fazer a uma pessoa. Thomas Kempis, monge e escritor alemão, destacou em seu livro mais célebre, Imitação de Cristo, composto por quatro volumes, o apelo a uma vida seguida no exemplo de Cristo, valorizando a comunhão como forma de reforçar a fé. Imitar a Cristo no jejum e durante todo o caminho para a cruz é desejado somente por aqueles que amam a Jesus. Quando nós recebermos a cruz das cinzas em nossa fronte no dia de hoje, que nós nos regozijemos porque, de uma maneira simples, nós podemos nos tornar um pouco mais como Jesus, o Amor de nossas vidas.

Oração: Pai, que eu seja atraído(a) para um jejum de quarenta dias primeiramente porque Jesus o fez.

Promessa: “… Iahweh, tem piedade do teu povo! Não entregues ao opróbrio a tua herança, para que as nações zombem deles! …” (Jl 2,17)

Louvor: Catarina continua a jejuar a partir da meia-noite antes de receber a Comunhão por aqueles que perderam a sua fé Católica, apesar de sua pouca idade.

Quinta-feira, 07 de Março de 2019

Dt 30,15-20
Sl 1,1-4.6
Lc 9,22-25 

AME, OBEDEÇA, PERMANEÇA
“… Escolhe, pois, a vida, para que vivas tu e a tua descendência, amando a Iahweh teu Deus, obedecendo à sua voz e apegando-te a ele …” (Dt 30,19.20)

Moisés ofereceu um plano com três premissas para o povo de Deus: amar a Deus, obedecer aos Seus mandamentos observando com cuidado a Sua Palavra, e permanecer com Deus apegando-se fortemente a Ele (Dt 30,19.20). Jesus ofereceu o mesmo plano. Ele declarou: “Quem tem meus mandamentos e os observa é que me ama …” (Jo 14,21; 15,9.10), e permanece com Ele (Jo 15,5.7; Mt 26,38).

A melhor maneira de amar, obedecer e permanecer com Jesus é seguir o Seu plano, indicado em Lucas 9,23:

1 – renuncie a si mesmo(a) com o propósito de amar a Ele;

2 – tome a sua cruz a cada dia em obediência ao Seu mandamento; e

3 – permaneça com Ele seguindo os Seus passos.

Se nós aceitarmos a graça de amar, obedece, e permanecer com Jesus nesta vida, o Senhor promete que nós estaremos com Ele na vida eterna. Renuncie a si mesmo(a), tome a sua cruz a cada dia, e siga a Jesus (Lc 9,23).

Oração: Pai, ajuda-me. Eu Te peço o Espírito Santo, de modo que eu renegue os meus desejos e me entregue aos Teus desejos.

Promessa: “Pois aquele que quiser salvar a sua vida vai perdê-la, mas o que perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará.” (Lc 9,24)

Louvor: Santa Felicidade foi martirizada pela sua fé logo após ter dado à luz uma criança. O Senhor fez com que a criança fosse cuidada por uma família Cristã.

Sexta-feira, 08 de Março de 2019

Is 58,1-9
Sl 51(50),3-6.18.19
Mt 9,14-15 

JEJUAR POR DEUS E PELOS OUTROS
O jejum “por acaso não consiste … em não te esconderes daquele que é a tua carne?” (Is 58,7)

É possível que o nosso jejum Quaresmal tenha como efeito nos concentrarmos em nós mesmos. Como exemplo, nos concentramos em nossa fome, em perder peso, em nossa inconveniência, em nossa vertigem. O jejum que está centrado em nós mesmos(as) não é o tipo de jejum que o Senhor deseja (Is 58,5). Será que os nossos dias de jejum somente nos levarão a nos queixarmos do Senhor, “… Por quê temos jejuado e tu não o vês? Temos mortificado as nossas almas e tu não tomas conhecimento disso? …” (Is 58,3). A este tipo de jejum, o Senhor responde: “… foi, acaso, por mim que vós jejuastes?” (Zc 7,5)

Deus deseja que nós jejuemos por Sua causa e por causa dos outros. As Escrituras mostram que o nosso jejum é melhor usado como uma arma para proporcionar frutos ao reino de Deus. Nosso jejum pode mover montanhas (Mt 17,20.21), libertar pessoas da opressão do reino das trevas de Satanás (Is 58,6.7), iniciar explosões de evangelização (At 13,2 ss), e restaurar famílias e relacionamentos partidos (Is 58,12).

Que nosso jejum seja feito “com os olhos fixos naquele que é o autor e realizador da fé, Jesus …” (Hb 12,2) e não no nosso próprio sofrimento. Hoje e durante toda a Quaresma, nós devemos “… jejuar como agora, se [quisermos] que a [nossa] voz seja ouvida nas alturas!” (Is 58,4)

Oração: Pai, outras pessoas jejuaram por mim de modo a me levarem ao ponto onde me encontro hoje. Que o meu jejum Quaresmal possa conduzir muitas outras pessoas, particularmente aquelas que me são caras, a se libertarem das correntes que os(as) prendem, e serem libertados(as) para o Teu serviço.

Promessa: “Sacrifício a Deus é um espírito contrito; coração contrito e esmagado, ó Deus, tu não desprezas.” (Sl 51,19)

Louvor: Em sua juventude, São João de Deus se afastou do Senhor. Mas, em torno dos quarenta anos, recebeu a misericórdia de Deus e dedicou o resto de sua vida servindo aos pobres que se encontravam doentes.

Sábado, 09 de Março de 2019

Is 58,9-14
Sl 86(85),1-6
Lc 5,27-32 

UMA SAÍDA
“Se te abstiveres de violar o sábado … se o honrares, abstendo-te de viagens, de correres atrás dos teus negócios, de fazeres planos então te deleitarás em Iahweh …” (Is 58,13.14)

Na Quarta-feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma, nós rebemos uma cruz de cinzas nas nossas frontes. No segundo dia da Quaresma, Jesus nos falou sobre negarmos a nós mesmos, se quisermos nos tornar Seus discípulos (Lc 9,23). No dia seguinte, o Senhor nos advertiu que poderíamos arruinar o nosso jejum, se procurássemos cuidar de nossas próprias ocupações (Is 58,3). Hoje, no quarto dia da Quaresma, o Senhor promete que nós iremos receber muitas bênçãos com o nosso jejum, se não nos ocuparmos com nossos próprios negócios e nossos interesses no Sabbath, o Dia do Senhor (Is 58,13.14). O Senhor começa a Quaresma nos dizendo repetidamente para “não cuidarmos de nossas próprias coisas”.

Levi, o coletor de impostos, cuidava de seus próprios negócios. Ele vendeu a sua alma e sua descendência judaica, para ganhar dinheiro coletando impostos para o vitorioso e opressivo vencedor dos Judeus, o Império Romano. Um dia Jesus foi ao escritório de Levi e o convidou a se arrepender de cuidar de seus próprios negócios (Lc 5,27). Levi deixou para trás o egoísmo e o pecado para se tornar um discípulo e apóstolo de Jesus.

Nesta Quaresma, Jesus nos vê sentados, cuidando dos nossos próprios negócios. Ele nos convida a deixar para trás a escravidão, o vazio e a monotonia do egoísmo. Aceite o convite de libertação e salvação de Jesus. Afaste-se hoje da preocupação consigo mesmo(a). Siga a Jesus.

Oração: Pai, seja feita não a minha vontade, mas a Tua vontade (Mt 26,39).

Promessa: “Então te deleitarás em Iahweh, e eu te farei levar em triunfo sobre as alturas da terra, nutrir-te-ei com a herança de Jacó, teu pai, porque a boca de Iahweh falou.” (Is 58,14)

Louvor: Santa Francisca Romana combinou a sua vida de esposa e mãe com o serviço aos doentes e pobres da cidade de Roma.

Domingo, 10 de Março de 2019

Dt 26,4-10
Sl 91(90),1.2.10-15
Rm 10,8-13
Lc 4,1-13

VOCÊ IRÁ CHEGAR AO DESTINO FINAL DA QUARESMA?
“Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão; foi conduzido pelo Espírito através do deserto durante quarenta dias e tentado pelo diabo. Nada comeu nesses dias e, passado esse tempo, teve fome.” (Lc 4,1.2)

A Quaresma é uma caminhada com destino à renovação das nossas promessas batismais em todas as Missas do Domingo da Páscoa através do mundo.

Os quarenta dias de Jesus no deserto prefiguram a Quaresma. O Espírito Santo conduziu Jesus no deserto (Lc 4,1), onde Ele jejuou por quarenta dias (Lc 4,2) e se recusou a duvidar que Ele era o Filho amado de Deus Pai (Lc 3,22; 4,3.9). Assim, a Quaresma é trinitária, e o seu destino é Trinitário, pois quando renovamos as nossas promessas batismais, nós professamos a nossa fé em Deus Pai, no Filho e no Espírito Santo.

A Quaresma é um tempo de travar uma guerra especial com o demônio (Lc 4,2) imitando o jejum de Jesus por quarenta dias (Mt 17,21). Isso é especialmente apropriado, pois quando renovamos as nossas promessas batismais, nós rejeitamos a Satanás, a todas as suas obras e a todas as suas promessas vãs.

Pergunte ao Espírito Santo o que Ele tem planejado para você nesta Quaresma. Ele conhece o melhor caminho para que você chegue ao seu destino, à renovação das suas promessas batismais nesta Páscoa. O Espírito Santo lhe dará o poder de tomar as decisões e fazer os sacrifícios necessários para alcançar o destino final da Quaresma e, para viver o seu Batismo com total amor, abandono e alegria. Deixe que o Espírito o(a) conduza nesta Quaresma de modo a levá-lo(a) à plenitude da vida batismal.

Oração: Pai, que eu possa celebrar a Quaresma com zelo.

Promessa: “Porque se confessares com tua boca que Jesus é Senhor e creres em teu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.” (Rm 10,9)

Louvor: Louvor e honra a Ti, Senhor, Amor e Vida, Jesus Cristo!

Segunda-feira, 11 de Março de 2019 

Lv 19,1.2.11-18
Sl 19(18),8-10.15
Mt 25,31-46 

“… EU SOU IAHWEH.” (Lv 19,12)
“… Eu sou Iahweh.” (Lv 19,12.14.16.18)

Por cinco vezes na leitura Eucarística de hoje, o texto menciona um comportamento ou atitude a ser adotado e seguido, de modo a nos lembrar que Deus é o Senhor. Essa repetição é de grande importância. Um senhor é alguém que é soberano, senhor e proprietário. Uma ordem do senhor é absoluta. Elas têm que ser obedecidos.

Deus é o Senhor (Lv 19,1.2). Jesus é o Senhor (Jo 9,38). O Espírito Santo é o Senhor (2Cor 3,17). Os mandamentos do Senhor são absolutos e precisam ser obedecidos. Consequentemente, os mandamentos dados são seguidos pois, “Eu sou Iahweh”. Portanto, esses mandamentos são perfeitos e fazem a vida voltar (Sl 19,8). Eles são retos, claros e puros e são uma fonte de alegria para o nosso coração (Sl 19.9.10). Seus mandamentos são espírito e vida (Jo 6,63). “… E os seus mandamentos não são pesados …” (1Jo 5,3)

Tudo na vida se resume a Jesus Cristo, o Senhor. Qualquer coisa que fizermos na vida, nós o fazemos a favor ou contra Ele (Mt 25,31-46). Jesus é nosso Senhor. Ele nos resgatou pagando o preço com Seu próprio sangue (1Cor 6,20). Ele nos comanda com absoluto senhorio, que precisa ser obedecido, pois Ele nos amou primeiro e entregou a Sua vida por nós (Jo 3,16). Não existem dúvidas. Jesus é Senhor e Ele é o Senhor de nossas vidas. Porém, Ele continua vindo para nos servir (Mt 20,28). Nós o aceitaremos como nosso Senhor? Você servirá à Ele como seu Senhor?

Oração: Jesus, eu livremente prometo minha fidelidade a Ti, Senhor da criação e Senhor da minha vida. Que seja feita em mim a Tua vontade.

Promessa: “Os preceitos de Iahweh são retos, alegram o coração; o mandamento de Iahweh é claro, ilumina os olhos.” (Sl 19,9)

Louvor: “… Meu Senhor e meu Deus!” (Jo 20,28)

Terça-feira, 12 de Março de 2019 

Is 55,10.11
Sl 34(33),4-7.16-19
Mt 6,7-15 

“O SOM DO SILÊNCIO”
“Nas vossas orações não useis de vãs repetições, como os gentios, porque imaginam que é pelo palavreado excessivo que serão ouvidos. Não sejais como eles, porque o vosso Pai sabe do que tendes necessidade antes de lho pedirdes.” (Mt 6,7.8)

A oração é uma conversa com Deus. Uma vez que Ele é muito mais Sábio do que qualquer outro ser, em nossa conversa com Ele nós estamos mais do que avisados a dedicar muito mais tempo de nossa oração ouvindo-O. A Sua voz é normalmente como “… o murmúrio de uma brisa suave.” (1Rs 19,12)

A voz de Deus é ouvida claramente nas Escrituras, a Sua Palavra. Assim como a chuva, a Sua Palavra desce sobre o mundo (Is 55,10). Tudo o que precisa ser feito para ouvir a voz de Deus nas Escrituras é pedir ao Espírito Santo para abrir os nossos ouvidos para ouvir a Sua voz, depois abrir a Bíblia, e começar a lê-la. A voz de Deus também é ouvida através do Catecismo da Igreja Católica, o ensinamento da Igreja de Deus.

Um segredo importante para se ouvir a voz de Deus é o silêncio. Jesus recomenda que nós procuremos ficar em nossos quartos, fechemos a porta e oremos ao nosso Pai em segredo (Mt 6,6). Fazendo isso, nós nos fechamos para os sons do mundo. Teremos a oportunidade de ouvir a Sua voz mais claramente sem competir com os outros sons que nos circundam.

Mesmo no céu existem momentos de silêncio (Ap 8,1). “Silêncio diante do Senhor Iahweh, pois o dia de Iahweh está próximo!” (Sf 1,7). Espere em silêncio pela voz do Senhor (Is 30,15). O silêncio é a linguagem do amor. “É bom esperar em silêncio a salvação de Iahweh.” (Lm 3,26)

Oração: Pai, …

Promessa: “Iahweh está perto dos corações contritos, ele salva os espíritos abatidos.” (Sl 34,19)

Louvor: Bernadete dedica cinco dias por semana à adoração Eucarística.

Quarta-feira, 13 de Março de 2019 

Jn 3,1-10
Sl 51(50),3.4.12.13.18.19
Lc 11,29-32 

O JEJUM DA FÉ
“Os homens de Nínive creram em Deus, convocaram um jejum e vestiram-se de panos de saco, desde o maior até o menor.” (Jn 3,5)

Os cento e vinte mil habitantes da sanguinária cidade de Nínive (Na 3,1), se arrependeram, jejuaram e foram salvos da destruição (Jn 3,10). Depois de jejuar, o exército de Judas Macabeu foi salvo do que parecia a morte certa (1Mc 3,17 ss). Da mesma forma, depois de jejuar, o exército de Josafá foi salvo da destruição (2Cr 20,2 ss). Depois que Ester, Mardoqueu e o povo judeu jejuaram (Est 4,16), eles foram salvos do extermínio étnico.

Jesus, nosso Salvador, nos salvou através da Sua morte na cruz. O Senhor nos chama a aceitara nossa salvação de várias formas diferentes, especialmente pelo nosso jejum. A Igreja nos indica que, na Quaresma, o Senhor quer que nós O imitemos no Seu jejum de quarenta dias e, dessa forma, O aceitemos como nosso Salvador. No primeiro dia da Quaresma, a Igreja proclamou: “… Eis agora o dia da salvação.” (2Cor 6,2). O Senhor decidiu fazer com que o dia da aceitação da nossa salvação seja um tempo do jejum. Assim, nesta Quaresma, que nós jejuemos como um ato de fé, pois nós somos salvos pela graça através da fé (Ef 2,8).

Oração: Pai, que os quarenta dias desta Quaresma me preparem para o maior ato de fé da minha vida, a renovação das minhas promessas batismais na Vigília Pascal do Domingo da Páscoa.

Promessa: “Os habitantes de Nínive se levantarão no Julgamento juntamente com esta geração, e a condenarão, porque se converteram pela pregação de Jonas, e aqui está algo mais do que Jonas!” (Lc 11,32)

Louvor: Joana jejuou de alguma maneira durante os quarenta dias da Quaresma.

Quinta-feira, 14 de Março de 2019

Est 4,17n.p.b.g.h
Sl 138(137),1-3.7.8
Mt 7,7-12 

CONTROLE SOBRE O VENENO
“Quem dentre vós dará … a seu filho … uma cobra, se este lhe pedir peixe?” (Mt 7,9.10)

Jesus menciona nesta passagem do Evangelho que nenhum pai ou mãe daria a seu filho uma cobra venenosa quando este lhe pedisse um peixe (Mt 7,9.10). Assim, dando a seu filho uma serpente, os pais estariam não somente negando comida a seu filho, como também entregando a ele um veneno mortal. A insinuação de Jesus é clara: pais que amam seus filhos não dariam a eles uma serpente venenosa. É um paradoxo porém, ler então que Deus enviou a Israel serpentes ao invés da comida que eles desejavam. Essas serpentes “enviadas” por Deus “como punição” e elas eram venenosas (Nm 21,6), “… cuja mordedura fez perecer muita gente em Israel.” (Nm 21,6). Finalmente, os Israelitas se arrependeram (Nm 21,7). Então o Senhor disse a Moisés para fazer uma imagem como que uma serpente venenosa e colocá-la em uma haste. Sempre que um Israelita que tivesse sido mordido olhasse para a serpente colocada na haste, ele se ficaria curado (Nm 21,8.9).

Será que o nosso Pai Celestial é um pai que sente prazer em dar a Seus filhos uma serpente venenosa quando eles pedem peixe? São Paulo comenta: “Não tentemos o Senhor como alguns deles o tentaram, de modo a morrer pelas serpentes. Não [murmuremos], como alguns deles murmuraram … Estas coisas aconteceram para lhes servir de exemplo … Assim, pois, aquele que julga estar de pé, tome cuidado para não cair.” (1Cor 10,9-12; Sb 16,6). A serpente montada na haste prefigura a cruz de Jesus Cristo. “Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que seja levantado o Filho do Homem, a fim de que todo aquele que crer tenha nele vida eterna.” (Jo 3,14.15). Deus é um Pai que nos ama tanto que enviou Seu único Filho para morrer na cruz de modo que nós possamos acreditar n’Ele e sermos salvos (Jo 3,16). Creia em Jesus, arrependa-se dos seus pecados e tenha a vida eterna.

Oração: Pai, que eu confie em Ti e abrace amorosamente qualquer cruz de Tu me enviares.

Promessa: “Se eu caminho no meio da angústia, tu me conservas a vida; contra a ira do inimigo estendes o braço, e tua direita me salva.” (Sl 138,7)

Louvor: Jesus curou o pequeno Lucas de asma.

Sexta-feira, 15 de Março de 2019

Ez 18,21-28
Sl 130(129),1-8
Mt 5,20-26 

DE ACORDO COM O MODELO?
“… O modo de agir do Senhor não é justo …” (Ez 18,25)

Quando alguém, até mesmo Deus, age de um modo contrário aos nossos padrões, nós reclamamos que aquela pessoa não está sendo justa. Quando começamos a ver como Deus realiza as coisas, nós chegamos à conclusão que os pensamentos e os caminhos de Deus são diferentes dos nossos (Is 55,8.9). Então somos tentados a dizer que “… O modo de agir do Senhor não é justo …” (Ez 18,25)

Um de nossos padrões é “nos sentarmos em cima dos louros”, e achar que tudo é fácil depois de termos trabalhado arduamente. Esse modelo pode até ser aceitável em alguns casos, mas nunca será aceito no nosso relacionamento com o Senhor. Aqueles(as) que estão amando não se contentam a meramente dar amor; ao invés disso, eles(as) querem amar mais profundamente no presente e mais ainda no futuro. Aqueles(as) que amam nunca estão satisfeitos(as) com a intensidade de seu amor. Eles(as) não são acomodados(as). Eles(as) consideram quase que uma negligência manter o nível atual do seu amor.

A natureza do amor é quebrar barreiras, buscar a excelência e ir aos extremos. De fato, a natureza do amor é a cruz de Jesus. “… O modo de agir do Senhor não é justo …” (Ez 18,25). É muito mais o que justo; ele é o caminho do amor e da misericórdia. Ele é o caminho da cruz.

Oração: Pai, ensina-me a Te amar com abandono.

Promessa: “Portanto, se estiveres para trazer a tua oferta ao altar e ali te lembrares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a tua oferta ali diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão; e depois virás apresentar a tua oferta.” (Mt 5,23.24)

Louvor: Alberto e Marcos se reconciliaram, e assim Jesus trouxe a paz para as duas famílias.

Sábado, 16 de Março de 2019 

Dt 26,16-19
Sl 119(118),1.2.4.5.7.8
Mt 5,43-48

A PROVA POSITIVA
“…desse modo vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o seu sol igualmente sobre maus e bons e cair a chuva sobre justos e injustos.” (Mt 5,45)

Nós Cristãos afirmamos que somos filhos e filhas adotivas do perfeito, santo e infinito Pai, que tudo criou. Isso parece ser uma estranha declaração, mas nós cremos que é a verdade, e assim baseamos as nossas vidas e nosso futuro nessa crença. Nós cremos que Deus Pai nos adotou quando fomos batizados(as) porque:

– Ele nos disse através da Igreja e das escrituras (Rm 8,15);

– Nossas vidas foram transformadas. Nós estamos vivendo como novas criaturas (Gl 6,15).

No entanto, algumas pessoas não creem na Igreja nem nas Escrituras, nem vêm uma santidade excepcional nas vidas de muitos Cristãos. Como podemos provar a elas que nós somos verdadeiramente filhos(as) de Deus e não estamos nos enganando a nós mesmos(as)? Jesus nos diz: “… amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; desse modo vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus …” (Mt 5,44.45). O amor pelos nossos inimigos é o sinal mais revelador de que nós somos filhos e filhas de Deus.

Desse modo, especialmente nesta Quaresma, siga pelo caminho da cruz com Jesus e ame os seus inimigos como Ele faz. Fazendo isso, você se parecerá de modo especial com nosso Pai celestial e tornará claro que você é Seu filho e Sua filha.

Oração: Pai, eu te agradeço pelo milagre de amar aos meus inimigos.

Promessa: “… ele [Iahweh] te faria superior em honra, fama e glória a todas as nações que ele fez, e tu serias um povo consagrado a Iahweh teu Deus, conforme ele te falou.” (Dt 26,19)

Louvor: Marta continua a orar pelo seu ex-marido e pelos seus sogros.

Domingo, 17 de Março de 2019

Gn 15,5-12.17.18
Sl 27(26),7-9.13.14
Fl 3,17-4,1
Lc 9,28-36 

AME E MORRA DIARIAMENTE
“Pois há muitos dos quais muitas vezes eu vos disse e agora repito, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo.” (Fl 3,18)

Jesus nos manda tomar as nossas cruzes a cada dia (Lc 9,23). A cruz romana existiu somente para levar uma pessoa à morte. A cruz diária é a morte diária para si mesmo(a). Esse é o ato definitivo de amor à vida, que é a maior expressão de libertação. Contudo, a vida das cruzes diárias e das mortes diárias requer tanto amor que nós podemos não escolher esta vida de amor altruísta e, desse modo, sermos paralisados(as) pelo egoísmo e pelo medo. Somente obedecendo ao Senhor nós podemos ser libertados(as) para escolher o caminho das cruzes diárias, o caminho do amor.

Jesus nos leva à montanha da Transfiguração onde o véu é removido pela fé revelando o Cristo escondido (Cl 3,3), de modo que nós podemos ver o Cristo transfigurado em glória. Isso pode acontecer através dos Sacramentos, da Bíblia, dando um ajuda a um pobre, de uma cura, de um milagre, de um matrimônio, de um nascimento, de uma benção, ou de uma outra experiência espiritual. Quando nos virmos Cristo transfigurado, nós seremos levados(as) a um novo Pentecostes. Então o Espírito proclamará que Jesus é o Senhor (1Cor 12,3). Conhecendo, não somente em nossas mentes, mas também em nossos corações que Jesus é o Senhor, nos ouviremos a Jesus (Lc 9,35), e até mesmo sobre a vida cheia de amor das cruzes diárias e das mortes diárias. Em submissão ao Senhor Jesus transfigurado, nós somos livres para amar como Ele amou mesmo até a morte na cruz.

Oração: Pai, pela obediência à verdade purifica-me para o amor verdadeiro (1Pe1,22).

Promessa: “Assim, irmãos amados e queridos, minha alegria e coroa, permanecei firmes no Senhor, ó amados.” (Fl 4,1)

Louvor: Glória e louvor a Ti, Senhor Jesus Cristo, Rei da eterna glória!

Segunda-feira, 18 de Março de 2019

Dn 9,4-10
Sl 79(78),8.9.11.13
Lc 6,36-38 

“… A MISERICÓRDIA, PORÉM DESDENHA O JULGAMENTO.” (Tg 2,13)
“… Perdoa nossos pecados, ó Iahweh, liberta-nos, por causa do teu nome!” (Sl 79,9)

O profeta Ezequiel explicou porque Deus havia dispensado o Seu povo pecador de preservar a grandeza de Seu próprio nome entre as nações (Ez 36,22). Era importante para o Senhor que Ele não fosse considerado pelos pagãos como um Deus inconstante que havia prometido ser Deus de Seu povo, mas que o abandonara quando eles se desgarraram d’Ele.

A justiça está ao lado de Deus (Dn 9,7); porém ainda mais do que ser justo, Deus é compassivo e misericordioso (Dn 9,9; Sl 103,8; Ex 34,6). O Papa Emérito Bento XVI, em sua Carta Encíclica “Deus Caritas Est”, fez uma maravilhosa observação: “O amor apaixonado de Deus pelo seu povo — pelo homem — é ao mesmo tempo um amor que perdoa. E é tão grande, que chega a virar Deus contra Si próprio, o seu amor contra a sua justiça.” (Carta Encíclica Deus Caritas Est, 10)

Quando nós nos entregamos a Deus e fazemos uma aliança com Ele através do Batismo, nós somos protegidos(as) porque agora nós estamos ligados ao Santo Nome de Deus. Nós somos selados(as) com a Sua imagem e o Seu Nome. Nós somos Seus. Assim como os pais defendem os seus filhos(as), do mesmo modo Deus luta por Seus filhos(as), mesmo que ele vire “o Seu amor contra a Sua justiça” por nossa causa.

Assim sendo, filhos(as) amados(as), vivam na santidade e na obediência, de modo que Deus não precise mais voltar-se contra Si mesmo por nossa causa.

Oração: Pai, Filho e Espírito Santo, nunca poderei Vos agradecer o suficiente por conter a Vossa justa punição contra mim, e ao invés disso, generosamente me cobrir com o Vosso amor misericordioso. Eu dedicarei o resto de minha vida para Vos servir com alegria (Sl 100,2).

Promessa: “Não julgueis para não serdes julgados; não condeneis, para não serdes condenados; perdoai, e vos será perdoado.” (Lc 6,37)

Louvor: São Cirilo retornou de um exílio para aceitar formalmente o Credo Niceno-Contantinopolitano.

Terça-feira, 19 de Março de 2019

2Sm 7,4.5.12-14.16
Sl 89(88),2-5.27.29
Rm 4,13.16-18.22
Mt 1,16.18-21.24
ou Lc 2,41-51 

PROCESSOS DE DIVÓRCIO
“José, seu esposo, sendo justo e não querendo denunciá-la publicamente, resolveu deixá-la em segredo.” (Mt 1,19)

Pelo fato de São José não ter se divorciado de Maria, ele realizou um dos maiores atos de fé da história. Falando humanamente, ele tinha todas as razões para se divorciar dela. A única coisa que dissuadiu José de se divorciar foi um sonho no qual um anjo lhe disse para tomar Maria como esposa (Mt 1,20). Iluminado por esse sonho, José não se divorciou de Maria (Mt 1,24). Desse modo, ele não se separou de Jesus, a Criança que estava no ventre de Maria.

Assim como José, todos nós podemos viver ocasiões de pedir o divórcio. Alguns se separam das suas esposas(os) legalmente. Outros(as) se separam ignorando as suas(seus) parceiras(os). Alguns pais se separam de seus filhos entregando-os à televisão ou não os corrigindo até o ponto em que eles(as) se tornam incorrigíveis. Muitos cristãos se separaram de suas famílias paroquiais. Eles(as) até podem frequentar a Igreja aos Domingos, mas não se sentem envolvidos(as). Muitas mães até mesmo se separam de seus filhos ainda em seu ventre. Ao invés de se ligarem a eles, elas os abortam.

Jesus é a mais repudiada de todas as Pessoas. Quando nós nos divorciamos de outras pessoas, nós nos divorciamos d’Ele (Lc 10,16; Mt 25,45). Ele odeia o repúdio (Ml 2,16), mas ainda ama aqueles(as) que estão separados e até mesmo aqueles(as) que estão se divorciando. Ele nunca se separa de nós. Permaneça sempre n’Ele (1Jo 2,28).

Oração: Pai, assim como José, que eu possa dedicar a minha vida a conhecer, amar e servir a Jesus.

Promessa: “Ele [Abraão], esperando contra toda a esperança, creu e tornou-se assim pai de muitos povos …” (Rm 4,18)

Louvor: Por obedecer rapidamente a Deus, São José foi capaz de proteger Jesus de uma tentativa de assassinato.

Quarta-feira, 20 de Março de 2019

Jr 18,18-20
Sl 31(30),5.6.14-16
Mt 20,17-28 

A MAIOR GRANDEZA
“… aquele que quiser tornar-se grande entre vós seja aquele que serve.” (Mt 20,26)

Se você é um Cristão(ã), você é um(a) filho(a) adotivo(a) de Deus. Você tem uma nova natureza em Cristo, uma parcela da natureza divina (2Pe 1,4). Você é “… uma raça eleita, um sacerdócio real, uma nação santa, o povo de sua propriedade …” (1Pe 2,9). Considerando a sua identidade em Cristo, você foi obviamente chamado(a) à grandeza.

Contudo, nós precisamos entender a grandeza como Jesus o faz. Nossa grandeza não é a grandeza do mundo, mas a grandeza da cruz (Mt 20,25.26).

Quando estivermos convencidos(as) do nosso chamado à verdadeira grandeza, nós encararemos a vida de um modo muito diferente. Por exemplo, nesta publicação “Um Pão, Um Corpo”, nós repetidamente o(a) encorajamos a participar da Missa diariamente ou sempre que possível. A Missa diária é quase que a conclusão lógica para aqueles(as) que conhecem o seu chamado à grandeza. Nesta publicação, nós tentamos levar as pessoas que são ignorantes ou pouco conhecedoras da Bíblia para uma vida centrada na Palavra de Deus (Jo 8,31). Aqueles(as) que conhecem o seu chamado à grandeza sabem da necessidade de mergulhar a si  mesmos(as) na Palavra de Deus.

Tantos Cristãos vivem vidas mornas e medíocres. Como podem Cristãos estabelecer as suas vidas sem que seja comprometer o seu melhor para com o Senhor? Eles(as) não podem estar percebendo o seu chamado à grandeza. Nesta Quaresma, peça ao Espírito Santo para confirmar a sua identidade e o seu chamado à grandeza.

Oração: Pai, que eu permita que Tu realizes o Teu plano em minha vida.

Promessa: “… Lembra-te que eu estava diante de ti para falar bem em favor deles e para afastar deles a tua cólera.” (Jo 8,28.29)

Louvor: O Senhor usou uma propaganda de venda de jazigos em um cemitério para levar Suzana a pensar sobre para onde ela iria após a sua morte e, com isso, a atraiu de volta para Ele.

Quinta-feira, 21 de Março de 2019

Jr 17,5-10
Sl 1,1-4-6
Lc 16,19-31 

FUNDO FIDUCIÁRIO
“Bendito o homem que espera em Iahweh, cuja confiança é Iahweh.” (Jr 17,7)

Se nós confiamos no Senhor, nós somos abençoados(as). Se nós confiamos em nós mesmos(as), ou nos outros, ou em qualquer outra coisa, nós somos amaldiçoados(as) (Jr 17,5). Aquele(a) que é amaldiçoado(a) “… é como um cardo na estepe: ele não vê quando vem a felicidade, ele habita os lugares secos no deserto, uma terra salgada, onde ninguém mora.” (Jr 17,6). Por exemplo, o homem rico na leitura do Evangelho de hoje confiava em si mesmo, na sua riqueza e no seu estilo de vida confortável. Assim, ele condenou-se a si mesmo para sempre e foi torturado pelas chamas (Lc 16,24).

A confiança no Senhor é o sentido da vida. Desse modo, “confia em Iahweh e faze o bem, habita na terra e vive tranquilo.” (Sl 37,3). “Entrega teu caminho a Iahweh, confia nele, e ele agirá.” (Sl 37,5). “Confiai nele, ó povo, em qualquer tempo, derramai vosso coração em sua presença, pois Deus é um abrigo para nós!” (Sl 62,9). “Confia em Iahweh com todo o teu coração, não te fies em tua própria inteligência.” (Pr 3,5)

Ironicamente, o sentido da vida é expresso em valores monetários em quase todo o mundo. Na moeda dos Estados Unidos da América consta a inscrição “In God we trust”, ou seja, “Em Deus nós confiamos”, (no Brasil temos a inscrição “Deus seja louvado”). Começando esta Quaresma, peça ao Espírito Santo que lembre a você quando e como usar o seu dinheiro; ore por uma confiança ainda maior no Senhor, quando você fizer um pagamento ou uma doação, ore para confiar sempre no Senhor.

Oração: Pai, conduz-me a um novo nível de confiança em Ti.

Promessa: “O coração é falso como ninguém, ele é incorrigível; quem poderá conhecê-lo? Eu, Iahweh, perscruto os corações, sondo os rins, para retribuir ao homem conforme o seu caminho, conforme o fruto de suas obras.” (Jr 17,9.10)

Louvor: André esqueceu a sua Bíblia no seu local de trabalho. Ele ficou tão chateado que fez um longo caminho de volta para recuperá-la.

Sexta-feira, 22 de Março de 2019 

Gn 37,3.4.12.13.17-28
Sl 105(104),16-21
Mt 21,33-43.45.46 

A VÍTIMA DAS VÍTIMAS
“… A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; pelo Senhor foi feito isso e é maravilha aos nossos olhos.” (Mt 21,42; Sl 118,22)

Jesus é “… A pedra que os construtores rejeitaram …” (Mt 21,42; Sl 118,22). Jesus foi rejeitado no Seu nascimento (Lc 2,7). Ele foi rejeitado pelos habitantes da Sua cidade natal (Lc 4,29). Ele foi rejeitado pelos Fariseus, pelos escribas e pelos sacerdotes. Ele foi abandonado pelos Seus apóstolos e pelos Seus discípulos, negado três vezes por Pedro e traído por Judas por trinta peças de prata. Na Sua crucificação, Ele foi rejeitado por Pôncio Pilatos, por Herodes, pelos soldados que O executaram, pelos criminosos crucificados junto com Ele e por nós pelos nossos pecados contra Ele. Mesmo depois da Sua morte, Jesus continua a ser rejeitado, pois nós, através dos nossos pecados, O mantemos crucificado expondo-O às injúrias (Hb 6,6). Jesus é a Pessoa mais rejeitada que já existiu sobre a face da terra. Jesus é a mais declarada e abusada Vítima da injustiça.

E o que Jesus faz depois de tudo isso e em meio a todo esse abuso? Ele nos ama incondicionalmente. Ele abre para nós o Seu coração. Ele oferece a Sua outra face (Mt 5,39). Jesus odeia o pecado porque Ele ama demais aos pecadores. Jesus, a Pessoa mais rejeitada, nunca nos rejeita (Jo 6,37). Ele nos perdoa e nos ama infinitamente e para sempre. Que nós o amemos como Ele nos ama e penetremos no mistério de Deus, Aquele que é Amor (1Jo 4,8.16).

Oração: Pai, ensina-me o perdão, a misericórdia, a justiça e a vulnerabilidade do Teu amor.

Promessa: “constituiu-o senhor da sua casa, administrador de todos os seus bens.” (Sl 105,21)

Louvor: Toda a comunidade a que Vera pertence jejuou a pão e água durante todas as Sextas-feiras da Quaresma.

Sábado, 23 de Março de 2019

Mq 7,14.15.18-20
Sl 103(102),1-4.9-12
Lc 15,1-3.11-32 

O VERDADEIRO TESTE
“Então ele [o filho mais velho] ficou com muita raiva e não queria entrar …” (Lc 15,28)

Diferentemente de seu pai, o filho mais velho não estava ansiando pelo retorno de seu irmão. O filho mais velho estava, de certo modo, passando o seu tempo servindo a seu pai, mas sem um relacionamento maior com ele, a despeito do amor do pai por ele. O filho mais novo havia pedido a sua parte na herança, e mostrando tal desprezo por seu pai a ponto de dar a entender que ele tinha mais valor para ele morto do que vivo. O filho mais velho mostrou que não era assim tão diferente de seu irmão; ele considerava que trabalhar para seu pai era como uma escravidão e estava mais preocupado com o que poderia obter através do seu relacionamento com ele (Lc 15,29).

Deus é Aquele “… que perscruta o nosso coração.” (1Ts 2,4). Amar aqueles que nos odeiam (Lc 6,27), e perdoar a eles de coração (Mt 18,35) é o verdadeiro teste para um(a) filho(a) de nosso Pai celestial (Mt 5,45). Nós estamos desejando perdoar como o pai perdoou, conforme a leitura do Evangelho de hoje? Ou estamos contentes por certas pessoas terem saído de nossas vidas e assim permanecerem?

Jesus nos chama a sermos prefeitos(as) como nosso Pai celestial é perfeito (Mt 5,48). Desse modo, Ele nos chama a amarmos e perdoarmos os nossos inimigos – aqueles(as) que nos feriram ou que feriram aqueles(as) a quem nós amamos.

O filho mais velho parecia estar agindo corretamente – até o momento em que precisou perdoar alguém que o tinha ferido. Então toda a amargura veio à tona. Estamos nós ansiosos(as) por receber a graça de perdoar e amar àqueles(as) que nos feriram?

Oração: Pai, eu preciso perdoar, mas eu não consigo sem a Tua graça. Enche-me com Teu Espírito e ajuda-me a decidir perdoar, antes que o sol se ponha no dia de hoje, a todos(as) aqueles(as) que tenham me magoado (Ef 4,26.27).

Promessa: “Manifesta novamente a tua misericórdia por nós, calca aos pés as nossas faltas e lança no fundo do mar todos os nossos pecados.” (Mq 7,19)

Louvor: São Turíbio batizou e confirmou aproximadamente um milhão de Peruanos durante os seus vinte e cinco anos de ministério no Peru.

Domingo, 24 de Março de 2019

Ex 3,1-8.13-15
Sl 103(102),1-4.6-8.11
1Cor 10,1-6.10-12
Lc 13,1-9 

SOMENTE UMA SARÇA ARDENTE PRODUZ FRUTOS
“… Senhor, deixa-a ainda este ano para que eu cave ao redor e coloque adubo. Depois, talvez, dê frutos … Caso contrário, tu a cortarás.” (Lc 13,8.9)

O Senhor nos chama ao arrependimento não somente pelos pecados cometidos, mas também pela nossa omissão. No texto do Evangelho de hoje, Ele nos chama a nos arrependermos por não produzirmos frutos, isto é, por não partilharmos a nossa fé e levarmos outras pessoas a uma nova vida em Cristo. Se não produzirmos frutos espirituais, nós seremos cortados (Lc 13,9) e lançados ao fogo (Jo 15,6). Nosso fim será trágico (Lc 13,3.5).

Para sermos uma figueira frutífera (Lc 13,6), nós precisamos primeiro ser uma sarça ardente (Ex 3,2). O fogo da presença de Deus e Sua Palavra precisam nos purificar de modo a que possamos produzir frutos (Lc 24,32).

Hoje, em todo o mundo, centenas de milhares de catecúmenos na Igreja Católica estão recebendo a oração chamada “Primeiro Escrutínio”. A Igreja está pedindo ao Senhor para sondar (Sl 139,23), purificar, curar, iluminar, e fortalecer os corações daqueles catecúmenos. A base desse Primeiro Escrutínio é o capítulo quarto do Evangelho de João. Neste capítulo, Jesus fala à mulher Samaritana tudo o que ela havia feito (Jo 4,29). Ela foi purificada e se tornou frutuosa, levando o povo de sua cidade a uma vida nova em Cristo.

Peça ao Senhor para examinar e purificar o seu coração de modo a produzir mais frutos.

Oração: Jesus, manso e humilde de coração, faz o meu coração semelhante ao Teu (Mt 11,29). Produza frutos em minha vida.

Promessa: “Assim, pois, aquele que julga estar em pé, tome cuidado para não cair.” (1Cor 10,12)

Louvor: Louvor a Jesus, obediente Filho do Pai, e Senhor ressuscitado!

Segunda-feira, 25 de Março de 2019

Is 7,10-14; 8,10
Sl 40(39),7-11
Hb 10,4-10
Lc 1,26-38 

A HUMILDADE QUE MUDOU O MUNDO
“E então eu disse: Eis que eu venho …” (Sl 40,8)

Hoje, e no primeiro dia do Tempo do Natal, nós nos ajoelhamos quando oramos no Credo: “… foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria, e se fez homem …” Nós ficamos deslumbrados(as) pela extrema humildade do Senhor em se tornar homem. Mais ainda, a Sua Encarnação estabeleceu um sentido de humildade durante milênios, desde a pobreza da manjedoura em Belém até a obscuridade da Sua vida em Nazaré como carpinteiro; da extrema humildade de Sua morte na crucificação até à incompreensível humildade do Senhor em dar-se a Si mesmo a nós na Comunhão sob as espécies do pão e do vinho.

Porque Deus é Amor (1Jo 4,8.16), Ele é humilde ao extremo. Quanto mais experiências nós temos do verdadeiro amor, mais nós percebemos que penetrar profundamente no amor significa penetrar profundamente da humildade. Maria parece ter percebido isso, pois quando o Arcanjo Gabriel anunciou a Encarnação, ela respondeu com amor: “… Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra! …” (Lc 1,38). Quando vemos a nós mesmos(as) como servos(as) do Senhor (ou mais precisamente Seus(Suas) escravos(as)), nós somos humildes. Mais ainda, quando permitimos “que seja feito em nós” ao invés de “que nós façamos a nós mesmos(as)”, nós estamos amando ao Senhor e humilhando a nós mesmos(as).

A humildade do Senhor como expressada na Sua Encarnação é um mistério insondável. Aquilo que Ele expressou como humildade pode ser bem diferente de nossa ideia de humildade. Nesta festa da Anunciação da Encarnação. Que nós peçamos a Jesus para ensinar a cada um(a) de nós a sermos “… mansos e humildes de coração …” (Mt 11,29)

Oração: Pai, envia o Espírito Santo para me revelar a relação entre amor e humilde.

Promessa: “E graças a esta vontade é que somos santificados pela oferenda do corpo de Jesus Cristo, realizada uma vez por todas.” (Hb 10,10)

Louvor: “Bendito o fruto do vosso ventre, Jesus.”

Terça-feira, 26 de Março de 2019

Dn 3,25.34-43
Sl 25(24),4-9
Mt 18,21-35 

PROVANDO A NECESSIDADE DE PERDOAR
“Então o Senhor mandou chamar aquele servo e lhe disse ‘Servo mau, eu te perdoei toda a tua dívida, porque me rogaste. Não devias, também tu, ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?” (Mt 18,32-33)

Jesus não poderia ter enfatizado melhor a necessidade do perdão. Ele nos ensinou a orar para sermos perdoados(as) assim como nós perdoamos àqueles(as) que pecaram ou cometeram injustiças contra nós (Mt 6,12). Jesus nos manda perdoar setenta vezes sete vezes, isto é, indefinidamente, ou seremos entregues ao verdugo (Mt 18,34). Mesmo enquanto estava pregado na cruz, Jesus orou antes de Sua morte: “… Pai, perdoa-lhes: não sabem o que fazem …” (Lc 23,34)

Os últimos cem anos na história militar internacional tem ilustrado a profunda sabedoria de Jesus ao enfatizar e insistir na necessidade do perdão. A Primeira Guerra Mundial foi chamada de “a guerra que terminaria com todas as guerras”.  No entanto, a Segunda Guerra Mundial veio logo a seguiu, depois dela veio o conflito na Coréia e a Guerra do Vietnã. Os inimigos nunca foram perdoados e assim veio a Guerra Fria e o conflito entre Palestinos e Israel, e depois o atentado terrorista de 11 de Setembro de 2001 e outros. Sem o perdão aos nossos inimigos, nós criamos uma escalada de guerras, violência e terrorismo no mundo.

Quando o mundo estava congestionado com a falta do perdão, Deus foi o primeiro a perdoar. Ele nos perdoou pela participação de nossos pecados em Sua crucificação e morte. Que nós passemos o perdão de Jesus para nós e para aqueles(as) que pecaram contra nós (Mt 18, 32.33).

Oração: Pai, faz de mim um(a) promotor(a) da paz (Mt 5,9) e um(a) ministro da reconciliação (2Cor 5,18).

Promessa: “Tal se torne o nosso sacrifício hoje diante de ti, e se complete junto a ti, porque não serão confundidos os que confiam em ti.” (Dn 3,40)

Louvor: Antônio deixou uma remuneração vantajosa, aposentou-se, vendeu a sua casa e foi para o interior junto com sua esposa para se dedicar a evangelizar os pobres em tempo integral.

Quarta-feira, 27 de Março de 2019

Dt 4, 1.5-9
Sl 147,12.13.15.16.19.20
Mt 5, 17-19

DEIXAR DE CUMPRIR ALGUMAS REGRAS?

“Porque em verdade vos digo que até que passem o céu e a terra, não será omitido nem um só i, uma só vírgula da Lei, sem que tudo seja realizado.” (Mt 5,18)

Durante a Quaresma, nós imitamos a Jesus no deserto quando Ele venceu as tentações do demônio. Satanás nos tenta a não somente nos rebelarmos de modo total e desafiador contra o Senhor, mas também para tomar atalhos e modificar ligeiramente as orientações de Deus. Jesus, contudo, nos desafia: “Não penseis que vim revogar a Lei e os Profetas. Não vim revogá-los, mas dar-lhes pleno cumprimento, porque em verdade vos digo que até que passem o céu e a terra, não será omitido nem um só i, uma só vírgula da Lei, sem que tudo seja realizado.” (Mt 5,17.18). O Senhor nos chama a obedecer a Ele total e cuidadosamente (Dt 4,6), e com exatidão. Em razão do Senhor ser o Deus Altíssimo, o Seu menor desejo tem grande significado. Isso não significa que nós nos tornemos escrupulosos, casuístas, ou farisaicos. Contudo, o verdadeiro amor está relacionado a sermos como Jesus fazendo e dizendo somente o que Deus, Seu Pai, disse a Ele (Jo 5,19; 8,28).

Nesta Quaresma, que nós peçamos ao Espírito Santo para nos guiar para a verdade plena (Jo 16,13) nas áreas onde nós colocamos a nossa condição cultural, as nossas ideias e a nossa moral. Por quê nós nos comparamos com outras pessoas ao invés de nos comprarmos com os padrões de Deus? Estamos nos mantendo atualizados(as) com os tempos atuais ao invés de crucificar nossa “… carne com suas paixões e seus desejos.”? (Gl 5,24). Será que nós estamos sendo manipulados(as) para tolerar a sujeira com a qual estamos sendo aterrorizados(as) ao longo dos anos?

Obedeça como Jesus obedeceu – tão rigorosamente como Ele, que percorreu o caminho da cruz.

Oração: Pai, ensina-me a obedecer de acordo com Teus padrões.

Promessa: “Aquele, portanto, que violar um só desses menores mandamentos e ensinar os homens a fazerem o mesmo, será chamado o menor no reino dos Céus. Aquele, porém, que os praticar e os ensinar, esse será chamado grande no Reino dos Céus.” (Mt 5,19)

Louvor: João e Sílvio fizeram vasectomia. Jesus mudou os seus corações e gentilmente mostrou-lhes como estavam impedindo o Seu dom de gerar vida. Eles se arrependeram e reverteram as suas vasectomias.

Quinta-feira, 28 de Março de 2019

Jr 7,23-28
Sl 95(94),1.2.6-9
Lc 11,14-23 

DEUS, EU TENHO FOME
Sim, é ele o nosso Deus e nós o povo do seu pasto, o rebanho de sua mão. Oxalá ouvísseis hoje a sua voz!” (Sl 95,7)

Na primeira leitura da liturgia de hoje, Deus partilha um ponto de vista com muitas pessoas que estão desiludidas com a religião. Deus está insatisfeito com o comportamento do Seu povo. Ele está perturbado com o que vê quando olha para aqueles que supostamente são fiéis ao Seu chamado. De fato, Ele está irritado com Seu povo, e a Sua irritação ganha voz através do profeta Jeremias: “… Esta é a nação que não escutou a voz de Iahweh seu Deus, e não aceitou o ensinamento. A fidelidade pereceu: foi eliminada de sua boca.” (Jr 7,28). Neste ponto, muitas pessoas concordam inteiramente com Deus dizendo ou pensando: “Sim, a Igreja é falha, o povo de Deus é infiel, e eu estou cansado(a) disso. Eu estou irritado(a) com isso, a ponto de não conseguir me sustentar nela. Tu nos deixastes, Deus.” Os historiadores da Igreja através dos séculos têm muitas vezes observado ironicamente que o pecado de líderes na Igreja prova que Deus é a Cabeça da Igreja, pois de outra forma não existiriam meios da Igreja ter sobrevivido por dois mil anos sem ter sido destruída.

Todavia, no salmo de hoje, o Senhor muda o foco do plural para o singular. O Divino Deus olha agora para o “seu” coração ao invés de para os corações “deles”. Ele chama você e eu para olharmos primeiro para a trave de nossos olhos, e removê-la através do arrependimento. Somente então nós poderemos ajudar a outras pessoas a removerem o cisco dos seus olhos (Mt 7,4.5). Deus nos implora: “…Oxalá ouvísseis hoje a [minha] voz! Não endureçais vossos corações …” (Sl 95,7.8). Que cada um de nós seja “… pronto para ouvir, mas tardio para falar e tardio para encolerizar-se; pois a cólera do homem não é capaz de cumprir a justiça de Deus.” (Tg 1,19.20). Ao invés disso, confie no Senhor e em Seu poder para renovar Seu povo.

Oração: Pai, substitui qualquer irritação em meu coração com uma profunda sede por ouvir a Tua Palavra.

Promessa: “Contudo, se é pelo dedo de Deus que eu expulso demônios, então o Reino de Deus já chegou a vós.” (Lc 11,20)

Louvor: Márcio estava desapontado com o resultado de uma eleição. Seu irmão orou com ele pelo telefone e testemunhou a ele sobre os dons do Espírito Santo. Márcio começou então a orar em línguas logo após aquele telefonema.

Sexta-feira, 29 de Março de 2019 

Os 14,2-10
Sl 81(80),6-11.14.17
Mc 12,28-34 

COMO DEUS PLANEJOU O NOSSO AMOR TOTAL A ELE
“E amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento, e com toda a tua força.” (Mc 12,30)

O cristianismo não é meramente amar a Deus. Antes de Cristo vir à terra, muitas pessoas amavam a Deus. Milhões de não Cristãos em todo o mundo amam a Deus atualmente. O cristianismo, contudo, é diferente de qualquer outra religião porque se trata de amar a Deus como Ele é. Somente nós, os Cristãos, reconhecemos e acreditamos em Deus como nosso Pai (Abba), que Deus é Amor (1Jo 4,8.16), e que Deus é a Trindade: três Pessoas em um único Deus. E através de Cristo, nós teremos penetrado mais profundamente no mistério de Deus, pois nós estamos em uma posição que nos permite amar mais a Deus, até mesmo totalmente, com todo o nosso coração, com toda a nossa alma, com todo o nosso entendimento e com toda a nossa força (Mc 12,30).

Todavia, a revelação de Deus feita por Cristo nos conduz a um amor total, que está acima de nossa natureza humana decaída e centrada em nós mesmos. Assim, o Senhor não somente nos revelou Deus, mas também nos deu uma maneira de receber uma nova natureza na qual nós participamos de Sua natureza divina (2Pe1,4). Através do Batismo, nós recebemos esta nova natureza, capaz de um amor total a Deus tal como Ele é.

Em cerca de três semanas, todos os Católicos em todo o mundo serão convidados a renovar as suas promessas batismais. Fazendo isso, nós renovamos nossa capacidade de amar totalmente ao Deus Trino, Aquele que é Amor. Viva a sua última metade da Quaresma de acordo com esse amor.

Oração: Pai, ensina-me o amor total por Ti, tal como Tu és.

Promessa: “Quem é sábio compreenda isto, quem é inteligente reconheça-o! Porque os caminhos de Iahweh são retos e os justos caminharão neles. Mas os rebeldes neles tropeçarão.” (Os 14,10)

Louvor: José, um guarda de segurança bancária, recebeu orientação de seu chefe para deixar de levar a sua Bíblia para o trabalho. José respeitosamente se recusou e continuou a ler a sua Bíblia em seu horário de almoço. Alguns meses depois, seu chefe foi despedido.

Sábado, 30 de Março de 2019

Os 6, 1-6
Sl 51(50),3.4.18-21
Lc 18, 9-14 

UM CONTEÚDO PROFÉTICO
“… O vosso amor é como a nuvem da manhã, como o orvalho que cedo desaparece.” (Os 6,4)

“A fé é um posse antecipada do que se espera, um meio de demonstrar as realidades que não se vêm.” (Hb 11,1). O Senhor quer que o nosso relacionamento com Ele seja substancial, não superficial. Quer que o nosso relacionamento com Ele seja como uma rocha e não como o orvalho ou a neblina de uma nuvem da manhã (Os 6,4).

Para forjar um relacionamento com Ele sólido o bastante para enfrentar os desafios da vida, as inevitáveis perseguições da vida em Cristo, o desafio da morte eminente, o Senhor, em Sua misericórdia, enviou profetas para nos ferir (Os 6,5). O Senhor bate forte através das palavras dos Seus profetas de modo a crucificar nossa “… carne com suas paixões e seus desejos.” (Gl 5,24). O Senhor nos quer crucificados(as) para o mundo e o mundo para nós (Gl 6,14; Gl 2,19). Nesta morte para o ego, nós mudamos a superficialidade do egoísmo em substância no amor.

Assim, que nós escutamos aos profetas que o Senhor enviou às nossas vidas. O Senhor nos envia as Suas mensagens através de nossos familiares, através daqueles que detêm autoridade, dos pobres, dos doentes, dos moribundos, e até mesmo através de nossos inimigos.

“Não desprezeis as profecias.” (1Ts 5,20). Que estejais atentos(as) “… [à] palavra do profeta …” que Deus está enviando (2Pe 1,19). É o modo que Deus escolheu para nos levar a ter um relacionamento substancial com Ele.

Oração: Pai, envia o Espírito Santo para produzir frutos de amor na minha vida através de Tua palavra de profecia.

Promessa: “Eu vos digo que este último desceu para casa justificado, o outro não. Pois todo o que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado.” (Lc 18,14)

Louvor: Regina trabalha mais horas para Deus no seu ministério voluntário do que fazia anteriormente por um salário.

Domingo, 31 de Março de 2019

Js 5,9-12
Sl 34(33),2-7
2Cor 5,17-21
Lc 15,1-3.11-32 

REBELIÃO E ARREPENDIMENTO QUARESMAL
“Aquele que não conheceu o pecado, Deus o fez pecado por nossa causa, a fim de que, por ele, nos tornemos justiça de Deus.” (2Cor 5,21)

São Lucas é o único Evangelista que incluiu a parábola do filho pródigo. Ele foi também o único Cristão Gentio a escrever um Evangelho. Muitos de nós lendo essa reflexão também somos Cristãos Gentios (não Judeus); possivelmente sentimos alguma ligação especial com esse Evangelho. Infelizmente, nós seguramente relacionamos essa parábola como representativa de muitas disfunções familiares que existem em nosso meio. “O filho mais jovem disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles. Poucos dias depois, ajuntando todos os seus haveres, o filho mais jovem partiu para uma região longínqua e ali dissipou sua herança numa vida devassa.” (Lc 15,12.13). Nós podemos não estar antecipando uma grande herança, mas o egoísmo e o egocentrismo correm desenfreados em nossa cultura. Quantos(as) de nós não insultamos nossos pais e nosso Pai ao longo de nosso caminho?

Como Cristãos(ãs) batizados(as), no entanto, não podemos ter desânimo. “Se alguém está em Cristo, é nova criatura. Passaram-se as coisas antigas; eis que se fez uma realidade nova.” (2Cor 5,17; Ap 21,5). Como Católicos(as), nós somos abençoados(as) por termos o Sacramento da Reconciliação. “Tudo isso vem de Deus, que nos reconciliou consigo por Cristo e nos confiou o ministério da reconciliação.” (2Cor 5,18; Mt 16,19).

Que nos voltemos para o nosso Pai celestial, Aquele que está sempre procurando por nós (Lc 15,20). Que nós nos arrependamos e façamos com que todo o céu se rejubile! (Lc 15,7-10).

Oração: “Vou-me embora, procurar o meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti.” (Lc 15,18)

Promessa: “Procurei a Iahweh e ele me atendeu, e dos meus temores todos me livrou.” (Sl 34,5)

Louvor: Louvor a Jesus, Aquele que cura os doentes e ressuscita os mortos.