Março

Domingo, 01 de Março de 2020 – 1º Domingo da Quaresma                                                                                                                                          

Gn 2,7-9; 3,1-7                    Sl 51(50),3-6.12-14.17                   Rm 5,12-19               Mt 4,1-11

 UM DOMINGO PARA SER LEMBRADO

“Então Jesus foi levado pelo Espírito para o deserto, para ser tentado pelo diabo.” (Mt 4,1)

Eu tenho lembranças maravilhosas das graças do primeiro Domingo da Quaresma. Eu também ficava intrigado por Jesus ter sido levado pelo Espírito para o deserto para ser tentado por Satanás. Considero isso uma grande percepção de que a primeira e fundamental tentação de Cristo e dos Cristãos(ãs) é a tentação de duvidar da proclamação do Espírito de que somos filhos e filhas de Deus Pai (Mt 4,3). É tão glorioso ouvir Jesus declarar ousadamente a Sua divindade no início do Novo Testamento quando Ele ordena a Satanás: “… Não tentarás ao Senhor teu Deus.” (Mt 4,7)

No primeiro Domingo da Quaresma, nós provavelmente temos um novo entusiasmo pela Quaresma e uma interrupção no nosso jejum diário. Neste Domingo temos o ritual ao redor do mundo, onde milhões de pessoas que decidiram por se juntar à Igreja sendo batizadas em Cristo na Páscoa, são aceitas pela Igreja. Se você tiver participado de uma celebração na Catedral da sua cidade para o ritual da acolhida, provavelmente se lembra da presença do Senhor através do Bispo, sucessor dos apóstolos, e através da oração dos fiéis sobre aqueles(as) que foram aceitos(as), pelos seus padrinhos, suas famílias e as Paróquias às quais pertencem, além de outros membros do corpo de Cristo.

Hoje é “… o tempo favorável …” (2Cor 6,2). Hoje é o “… dia da salvação …” (2Cor 6,2). Alegre-se neste primeiro Domingo da Quaresma.

Oração: Pai, eu Te agradeço por dias como o de hoje: um dia de esperança, amor e felicidade.

Promessa: “Se, com efeito, pela falta de um só a morte imperou através deste único homem, muito mais os que recebem a abundância da graça e do dom da justiça reinarão na vida por meio de um só, Jesus Cristo.” (Rm 5,17)

Louvor: ‘… A ressurreição de Jesus é a verdade culminante da nossa fé em Cristo …’ (CIC, 638). Louvor a Jesus ressuscitado!

Segunda-feira, 02 de Março de 2020                                                                                                  

Lv 19,1.2.11-18                   Sl 19(18),8-10.15                     Mt 25,31-46

 O TRÓPICO DE CÂNCER

“Quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono de sua glória. E serão reunidas em sua presença todas as nações e ele separará os homens uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos.” (Mt 25,31.32)

Eu li e orei sobre as leituras da Quaresma do dia de hoje durante muitos anos. Hoje, no entanto, enquanto escrevo, eu as ouço de uma outra maneira, pois acabei de ser informado por meu cirurgião que eu tenho câncer. Isso pode ser menos mal do que muitas pessoas pensam. Mas me fez pensar duas vezes, ou mais, sobre a vida, a morte, a santidade e o céu.

Deus revela que precisamos viver vidas de profunda justiça e amor para sermos santos(as), pois Ele é Santo (Lv 19,2). Eu tenho tentado crescer em santidade por quase toda a minha vida, mas agora com este diagnóstico de câncer, o meu esforço para “[procurar] a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12,14) é extremamente importante. Eu preciso estar com o Senhor eternamente no céu, não importando se isso vai acontecer mais cedo ou mais tarde.

A maioria dos Cristãos e muitas outras pessoas conhecem o texto do Evangelho de hoje. Jesus declara: “… Em verdade vos digo: cada vez que o fizeste a um desses meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizeste.” (Mt 25,40). Essas palavras saltaram da página depois do meu diagnóstico de câncer. Além disso, eu ouvi, como nunca antes, as palavras de Jesus: “… Vinde benditos de meu Pai, recebei por herança o Reino preparado para vós desde a fundação do mundo.” (Mt 25,34)

“Pois a Palavra de Deus é viva, eficaz e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes …” (Hb 4,12). Nós obviamente não precisamos ter câncer para sermos impactados(as), penetrados(as) e transformados(as) pela Palavra de Deus. Permita que a Palavra de Deus incendeie agora o seu coração (Lc 24,32).

Oração: Pai, faz com que esta Quaresma seja um tempo favorável para que a Palavra de Deus penetre nas áreas mais sombrias de minha vida.

Promessa: “[Jesus] responderá com estas palavras: ‘Em verdade vos digo: todas as vezes que deixastes de fazer a um desses pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer’. E irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna.” (Mt 25,45.46)

Louvor: Como reparação por seus pecados de omissão, Daniela dá esmolas.

Terça-feira, 03 de Março de 2020

 Is 55,10.11                                        Sl 34(33),4-7.16-19                         Mt 6,7-15

 PREPARANDO-SE PARA O EXAME FINAL

“E não nos deixeis cair em tentação, mas livra-nos do Maligno.” (Mt 6,13)

A frase do Pai-Nosso, onde nós costumamos dizer ‘Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal’, também pode ser traduzida do Grego como: “E não nos exponhas à tentação mas livra-nos do Maligno.” (Mt 6,13). O exame final é como um teste definitivo quanto à nossa fé. Isso pode envolver perseguição, uma grande pressão para negar a Jesus e abandonar a nossa fé, ou algum sofrimento ou receio que testam a nossa fé.

Jesus disse que mesmo os(as) escolhidos(as) não conseguiriam suportar o longo período de julgamento se o Pai misericordiosamente não abreviasse os dias de provação (Mc 13,20; Mt 24,22). É difícil determinar se Jesus estava se referindo à queda de Jerusalém no ano 70 ou à perseguição que ainda acontecerá, ou a ambos. De qualquer forma, Jesus deixou claro que aquele(a) que perseverar até o fim, será salvo(a) (Lc 21,19). A consequência evidente é que é possível que nós não passemos no teste, e que, desse modo, não possamos ser salvos(as).

Nós não podemos progredir sendo apáticos(as) ou complacentes. Ao invés disso, precisamos orar sempre para termos perseverança até o final e pedir ao Pai que não nos submeta ao julgamento (Mt 6,13). A probabilidade de um julgamento insuportável é aterrorizante, mas Jesus nos diz: “Não tenhais medo, pequenino rebanho …” (Lc 12,32; ver também Mc 5,36). A Boa Nova é que “… todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” (Rm 10,13). Clame por Jesus. Não existe outro nome pelo qual nós possamos ser salvos(as) (At 4,12). Para evitar ser vencido(a) pelo medo da intensidade do julgamento, Jesus continuamente nos lembra de Sua Segunda Vinda. Precisamos fixar nossos olhos em Jesus (Hb 3,1), levantar nossas cabeças (Lc 21,28) e clamar: Maranatha! “… Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22,20)

Oração: Jesus, meu Salvador, salva todos nós. ‘Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém’.

Promessa: “Não sejais como eles, porque o vosso Pai sabe do que tendes necessidade antes de lho pedirdes.” (Mt 6,8)

Louvor: Santa Catarina Drexel desistiu de uma vida de luxo usando toda a sua herança de sete milhões de dólares americanos para fundar uma ordem de freiras com a finalidade de servir aos índios Norte-Americanos e aos Afro-Americanos.

Quarta-feira, 04 de Março de 2020 – São Casimiro                         

Jn 3,1-10                      Sl 51(50),3.4.12.13.18.19                          Lc 11,29-32

 UMA GRANDE ESPERANÇA

“E Deus viu as suas obras: viu que eles se converteram de seu caminho perverso, e arrependeu-se do mal que ameaçara fazer-lhes e não o fez.” (Jn 3,10)

O Senhor nos prometeu no primeiro dia da Quaresma “… Eis agora o tempo favorável por excelência. Eis o dia da salvação.” (2Cor 6,2). O Senhor quer que nós tenhamos a maior esperança nesta Quaresma. Ele utiliza as alegrias e tragédias da vida para nos sensibilizamos com os Seus maravilhosos planos para esta Quaresma. Ele nos quer esperando nada menos do que as glórias da Páscoa, isto é, a vida ressuscitada com Jesus por toda a eternidade, na terra e no céu. O Senhor, nesta Quaresma, nos dá a graça de esperar “… infinitamente além de tudo o que nós podemos imaginar ou conceber.” (Ef 3,20)

A primeira leitura da Missa de hoje aumenta nossa esperança na Quaresma. Cento e vinte mil homens da violentíssima cidade de Nínive se converteram em um único dia com as palavras proféticas de Jonas (Jn 4,11). O Senhor, mais uma vez, realizou o impossível, pois “… a Deus tudo é possível.” (Mt 19,26)

Nesta Quaresma, não pense que o Senhor não converteria terroristas, os líderes das organizações de Planejamento Familiar, cidades e países inteiros, os maiores controladores da mídia, os Cristãos mornos, as suas famílias e seus inimigos. Nem mesmo diga ou pense que o Senhor não pode fazer qualquer coisa. Olhe para a história. Quando o próprio Deus se faz homem, morreu em uma cruz, e ressuscitou dentre os mortos, nós devemos esperar de tal Deus os maiores milagres de conversão!

Oração: Pai, tira-me da rotina de uma fé enfraquecida. Iniciando esta Quaresma que eu possa chegar “… em triunfo sobre as alturas …” da fé (Is 58,14).

Promessa: “Os habitantes de Nínive se levantarão no Julgamento juntamente com essa geração. E a condenarão, porque se converteram pela pregação de Jonas, e aqui está algo mais do que Jonas!” (Lc 11,32)

Louvor: São Casimiro era filho do rei da Polônia. Ele tinha à sua disposição os muitos luxos da realeza, mas escolheu a simplicidade e a piedade. Ele viveu uma vida austera até morrer com a idade de vinte e três anos. É o santo padroeiro da Polônia e da Lituânia.

Quinta-feira, 05 de Março de 2020                              

Est 4,17 k.l.n-q.w                    Sl 138(137),1-3.7.8                        Mt 7,7-12

O SEGREDO PARA A VIDA

“… [Ester] suplicava, nestes termos, ao Senhor Deus de Israel: ‘Ó meu Senhor, nosso Rei, tu és o Único! Vem em meu auxílio, pois estou só e não tenho outra proteção fora de ti, pois vou expor a minha vida …’.” (Est 4,17 k.l)

O Senhor nos manda orar sempre sem jamais esmorecer (Lc 18,1). Ele nos chama não somente a orarmos, mas também a termos uma vida de oração desde agora e para sempre.

O Senhor nos conduz a uma vida de contínua oração suprindo as nossas necessidades, aquelas que somente podem ser atendidas por Ele. Quando isso se torna cada vez mais óbvio, nós pedimos, buscamos e batemos à Sua porta em oração (Mt 7,7), e Ele, graciosamente responde às nossas orações.

Contudo, algumas vezes, aparentemente o Senhor não responde às nossas orações quando as fazemos. Então perguntamos a nós mesmos(as): ‘Por que orar, se isso não adianta?’ Neste momento, ou nós deixamos de orar ou recebemos o entendimento de que orar não é apenas uma mais ‘tarefa’ e sim, um ato de amor. Nós devemos orar não nos concentrando tanto nas nossas necessidades, mas no Senhor e no nosso relacionamento com Ele.

Quando descobrimos que a oração se refere primeiramente a desejar a comunicação com Deus, verificamos que a oração não é tanto para pedir, mas para escutar.

A oração que se concentra em amar e ouvir a nosso Senhor é mais rapidamente compreendida como uma oração vivida, ou seja, uma oração viva. Viver uma vida em contínua oração é o único caminho para se conhecer o significado da oração, que é também o sentido da vida. Viva para ouvir e amar a Deus.

Oração: Pai, ensina-me a orar sempre e em total entrega ao Teu amor (1Ts 5,17).

Promessa: “A nós, salva-nos com a tua mão e vem em meu auxílio, pois estou só e nada tenho fora de ti, Senhor!” (Est 4,17 t)

Louvor: Luís ora durante o seu intervalo de almoço.

Sexta-feira, 06 de Março de 2020                                                                                           

 Ez 18,21-28                    Sl 130(129),1-8                    Mt 5,20-26

 VOLTAR PRÓXIMO DO FIM

“… se o justo renunciar à sua justiça e fizer o mal … poderá ele viver, fazendo isso? Não! Toda a justiça que praticou já não será lembrada! Antes, em virtude da infidelidade que praticou e do pecado que cometeu, morrerá.” (Ez 18,24)

Os anos de 2002 e 2018 foram marcantes por causa da revelação dos escândalos dos abusos sexuais envolvendo alguns sacerdotes da Igreja Católica Romana. Ao ouvirem as narrativas, muitas pessoas reagiram como Deus fez na passagem narrada acima. Qualquer boa ação feita por esses sacerdotes foi esquecida. Eles eram geralmente condenados pela opinião pública por terem deixado a virtude e cometido um mal.

Muitas pessoas que viveram a experiência de verem suas(seus) esposas(os) as deixarem por uma outra pessoa, podem ter tido a mesma reação. Muitas das boas lembranças do casamento foram esquecidas por que a(o) esposa(o) renunciou à fidelidade quebrando a aliança.

Se nós, seres humanos, podemos reagir desta forma a esta ruptura desagradável por parte de outras pessoas, então não podemos acusar Deus de ser injusto quando usa de atitude similar para nos julgar (Ez 18,25). Deus nos confere, a nós Seus(Suas) filhos(as), os mais altos padrões de santidade e fidelidade (Mt 5,20). Assim, Deus derrama infindáveis suprimentos de graças de modo que possamos nos arrepender e não somente atender os Seus padrões, mas florescer e crescer em santidade (Ef 1,3).

Se você está aquém dos padrões de Deus, volte para Ele (Is 45,22). “Não demores a voltar para o Senhor e não adies de um dia para o outro.” (Eclo 5,8). “Diante do julgamento, examina-te a ti mesmo, na hora do veredicto encontrarás perdão. Antes de adoeceres, humilha-te; quando pecares dá sinais de arrependimento.” (Eclo 18,20.21). “… Eis agora o tempo favorável por excelência. Eis agora o dia da salvação.” (2Cor 6,2) Volte-se, retorne para o Senhor.

Oração: Pai, eu me entrego totalmente à Tua misericórdia. Lava-me dos meus pecados.

Promessa: “… com Iahweh está o amor, e a redenção em abundância.” (Sl 130,7)

Louvor: Tendo sido um vendedor de drogas, Jonas se arrependeu e se converteu ao Senhor. Ele agora é orientador de jovens.

Sábado, 07 de Março de 2020 – Santas Perpétua e Felicidade

Dt 26,16-19                 Sl 119(118),1.2.4.5.7.8                  Mt 5,43-48

 REINADO DE AMOR

“… ele faz nascer o sol igualmente sobre maus e bons e cair a chuva sobre justos e injustos.” (Mt 5,45)

Certa vez, uma jovem desobedeceu deliberadamente à orientação de se recolher à meia-noite, contrariando diretamente as ordens da sua mãe, e entrou silenciosamente em sua casa muito mais tarde. Esperando um conflito severo, ela entrou no seu quarto e encontrou sua cama arrumada, as mantas sobre ela, arrumadas do modo que ela gostava, e em cima o seu macio prefeito travesseiro. Chocada com a essa expressão inesperada de amor, ela não conseguiu dormir. Chorando incontrolavelmente, tudo o que pode fazer foi pensar o quanto Deus e sua mãe a amavam. Naquela noite, ela entregou seu coração a Jesus e pediu a Ele para ser o Senhor da sua vida.

Aquela mãe estava imitando a Deus, que derrama gentilmente a chuva que sustenta a vida sobre aqueles(as) que não merecem o Seu amor (Mt 5,45). Deus sustenta e abençoa aqueles(as) que O odeiam. Isso é como um contínuo fluxo de água que corre sobre a rocha. A água incessante e continua sonda a rocha para a sua purificação. Pode levar muitos anos, mas gradualmente a água irá dividindo a rocha e polindo a sua superfície.

“A caridade jamais passará …” (1Cor 13,8). O amor “tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” (1Cor 13,7). Quando nós amamos aos nossos inimigos com perfeição, como nosso Pai os ama (Mt 5,44.45), o amor de Deus alcançará os corações (Rm 12,20), mesmo se não aparecer nenhum sinal de mudança.

Como poderemos ter a habilidade de amar àqueles(as) que nos odeiam? Bem, a chuva de Deus também cai sobre nós, ‘os justos’ (Mt 5,45). “E a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.” (Rm 5,5). “… Recebei o Espírito Santo.” (Jo 20,22). “… amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; desse modo vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus …” (Mt 5,44.45)

Oração: Pai, faz com que eu seja perfeito(a) no amor (Mt 5,48).

Promessa: “E hoje Iahweh te fez declarar que tu serias o seu povo próprio, conforme te falou, e que observarias todos os seus mandamentos.” (Dt 26,18)

Louvor: Santa Perpétua era uma mulher nobre de Cartagena, no norte da África. Santa Felicidade era sua leal escrava e estava grávida. Ambas foram mártires catecúmenas.

Domingo, 08 de Março de 2020 – 2º Domingo da Quaresma –  São João de Deus                                                 

Gn 12,1-4                  Sl 33(32),4.5.18-20.22                   2Tm 1,8-10               Mt 17,1-9

 O MAIOR

“… Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo, ouvi-o!” (Mt 17,5)

Abrão (Abraão) é o pai de muitas nações (Gn 12,2.3). Ele foi e continua sendo uma benção para o povo Judeu, para os Muçulmanos, e para os Cristãos. Porém, apesar da grandeza de Abraão, “… o menor no Reino dos Céus é maior do que ele.” (Mt 11,11). Como filhos e filhas de Deus Pai, nós Cristãos(ãs) somos chamados(as) a uma viver grandeza maior.

Nós podemos realizar nosso maravilhoso potencial ouvindo a Jesus (Mt 17,5). Somente Ele é a Verdade das nossas vidas e o Caminho para se viver uma vida de verdadeira grandeza (Jo 14,6).

Não obstante, mesmo em nossa nova natureza adquirida através do Batismo, nós temos dificuldade em ouvir e em obedecer a Jesus. Precisamos de Deus Pai para revelar aos nossos corações e mentes a divindade do Seu Filho (Mt 17,5). Quando crermos profundamente na divindade de Jesus, nós O ouviremos e nos submeteremos a Ele como sendo Deus. Além disso, precisamos do Espírito Santo, a terceira Pessoa da Santíssima Trindade, para proclamar que “… Jesus é Senhor …” (1Cor 12,3). Os três apóstolos presentes na Transfiguração de Jesus ouviram, submeteram-se ao Senhor, mas só se tornaram grandes somente depois que o Espírito Santo desceu sobre eles no primeiro Pentecostes Cristão. Nós, da mesma forma, precisamos de um novo Pentecostes para crer, de modo a que nos levar a uma mudança de vida. Crer na divindade de Jesus a fim de podermos atender ao nosso chamado à grandeza em Jesus.

Neste Segundo Domingo da Quaresma, que Deus Pai e Deus Espírito Santo possam confirmar profundamente em nós a divindade de Jesus, e que possamos ouvir a Jesus como Deus, fazer a Sua vontade, e sermos grandes como é o Seu desejo.

Oração: Pai, renova hoje o meu Batismo.

Promessa: “Não te envergonhes, pois, de dar testemunho de nosso Senhor, nem de mim, seu prisioneiro; pelo contrário, participa do meu sofrimento pelo evangelho, confiando no poder de Deus.” (2Tm 1,8)

Louvor: Louvor a Ti, Jesus. Pela Tua Ressurreição nós temos acesso ao Pai. “Por [Jesus], [nós cremos] em Deus, que o ressuscitou dos mortos e lhe deu a glória, de modo que a [nossa] fé e a [nossa] esperança estivessem postas em Deus” (1Pe 1,21).

Segunda-feira, 09 de Março de 2020 – Santa Francisca Romana

Dn 9,4-10                  Sl 79(78),8.9.11.13              Lc 6,36-38

PERDÃO OU TERRORISMO?

“… perdoai, e vos será perdoado.”(Lc 6,37)

Muitos homens e mulheres sábios(as) através da história chegaram à conclusão lógica de que precisamos perdoar misericordiosamente àqueles(as) que tiverem cometido pecados contra nós. Sem o perdão, existe a vingança e a inevitável escalada de conflitos a ponto de destruir a parte mais fraca. Sem a misericórdia, a família e/ou o grupo étnico da parte derrotada esperará durante anos, talvez décadas, para se fortalecer ou ter a oportunidade de retaliar. Com efeito, ou somos misericordiosos(as) ou estaremos criando terrorismo.

‘Errar é humano, perdoar é divino’. Nós humanos não temos o poder de perdoar. Parecemos estar condenados(as) a nos destruir uns aos outros ao construirmos um mundo de terrorismo. Todavia, Jesus é o nosso Salvador. Ele não somente nos manda perdoar, mas torna possível para nós participar da Sua natureza divina (2Pe 1,4) e, desse modo, possuirmos o Seu poder de perdoar.

Nesta Quaresma, podemos começar a livrar o mundo do terrorismo aceitando o poder de Deus de perdoar todos(as) aqueles(as) que tiverem pecado contra nós, mesmo os(as) mais ferozes inimigos(as). A morte salvadora e a Ressurreição de Jesus, e o nosso Batismo n’Ele, fazem com que o milagre do perdão seja possível. Quando renovarmos o nosso Batismo na Páscoa, nós deixaremos de revelar tragédias e fomentar atos de violência. Viva o seu Batismo de perdão em Jesus.

Oração: Pai, faz com que eu seja um(a) promotor(a) da paz (Mt 5,9) em Jesus, a minha Paz (Ef 2,14).

Promessa: “Então, suplicando a Iahweh, meu Deus, fiz a minha confissão nestes termos: ‘Ah, meu Senhor, Deus grande e terrível, que guardas a Aliança e o amor para os que te amam e observam os teus mandamentos. Nós pecamos, cometemos iniquidades, agimos impiamente e rebelamo-nos, afastando-nos dos teus mandamentos e normas.’” (Dn 9,4.5)

Louvor: Sendo uma devotada mulher casada, Santa Francisca equilibrava um estilo de vida de oração e serviço lado a lado com o de esposa e mãe.

Terça-feira,10 de Março de 2020

 Is 1,10.16-20                  Sl 50(49),8.9.16.17.21.23              Mt 23,1-12

                                           APRENDA A HUMILDADE COM JESUS

“Aquele que se exaltar será humilhado, e aquele que se humilhar será exaltado.” (Mt 23,12)

Jesus provavelmente enfatizou a humildade mais do que qualquer outra pessoa que tenha vivido ou venha a viver. Jesus, o próprio Deus (Jo 1,1.18), esvaziou-se de Si mesmo e se fez homem (Fl 2,7). Esse ato de humildade está além de nossa compreensão. Jesus escolheu nascer em um estábulo em Belém. Ainda criança viveu refugiado no Egito. Viveu na obscura vila de Nazaré. Exerceu o humilde trabalho de carpinteiro. Durante o Seu ministério público, Jesus não tinha onde reclinar a cabeça (Lc 9,58). “Era desprezado e abandonado pelos homens, um homem sujeito à dor, familiarizado com a enfermidade …” (Is 53,3). Ele humilhou-se até mesmo à morte na cruz, a morte de um escravo (Fl 2,8). Jesus continua a se fazer presente conosco e em nós. Sua presença mais poderosa e íntima é na Sua Eucarística. Jesus tanto humilha a Si mesmo que se faz como pão e vinho.

Durante esta Quaresma, peça ao Espírito Santo para guiá-lo(a) para a verdade (Jo 16,13) sobre a sua humildade . Aquilo que chamamos de humildade pode ter um significado muito diferente do que significa humildade para Jesus. A verdadeira humildade é um mistério, uma alegria, uma participação na redenção. É uma graça e um privilégio nos humilharmos a nós mesmos. Que nós aceitemos essa graça agora.

Oração: Pai, dá-me “… um espírito contrito, coração contrito e esmagado …” (Sl 51,19)

Promessa: “Então, sim, poderemos discutir, diz Iahweh: Mesmo que os vossos pecados sejam como escarlate, tornar-se-ão alvos como a neve; ainda que sejam vermelhos como carmesim tornar-se-ão como brancos a lã.” (Is 1,8)

Louvor: Maurício humilhou-se a si mesmo e desculpou-se com seu irmão.

Quarta-feira, 11 de Março de 2020      

Jr 18,18-20                       Sl 31(30),5.6.14-16                     Mt 20,17-28

O CÁLICE

“Desse modo, o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” (Mt 20,28)

Jesus perguntou a Tiago, a João, e à sua mãe: “… Podeis beber o cálice que estou para beber? Eles responderam: Podemos.” (Mt 20,22). Eles não compreenderam a que cálice Jesus estava se referindo, mas assumiram que poderiam beber dele. Tiago definitivamente bebeu do cálice do martírio ((At 12,2) e João do cálice da perseguição (Ap 1,9). No entanto, eles primeiramente recusaram esse cálice. Tiago e João foram escolhidos por Jesus para estar com Ele em Sua agonia no jardim de Getsêmani, mas, enquanto Jesus sofria e orava a Seu Pai sobre ‘o cálice’, Tiago e João estavam dormindo (Mt 26,38-40). Mais tarde, naquela noite, Tiago, João e os outros apóstolos se recusaram a beber do cálice do sofrimento abandonando Jesus quando Ele foi aprisionado (Mc 14,50).

Nesta Quaresma, Jesus está nos perguntando: ““… Podeis beber o cálice que estou para beber? …” (Mt 20,22). Nós sabemos que pela graça do nosso Batismo podemos e devemos beber do cálice do sofrimento e do amor crucificado. Porém, nós já decidimos, ou estamos nos decidindo a beber do cálice? Naturalmente, ninguém deseja sofrer. Sobrenaturalmente, no entanto, o amor é mais importante do que evitar a dor. Que o amor de Cristo possa nos possa impelir a não vivermos mais para nós mesmos(as) (2Cor 5,14.15), mas a sofrer e morrer por Ele. “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por [Jesus].” (Jo 15,13)

Oração: Pai, eu escolho amar e rejeitar o egoísmo.

Promessa: “… Lembra-te que eu estava diante de ti para falar bem em favor deles e para afastar deles a tua cólera.” (Jr 18,20)

Louvor: Luísa levou seu sequestrador a entregar sua vida a Jesus. E ele sentiu Jesus arrancar a maldade do seu coração.

Quinta-feira, 12 de Março de 2020                                                      

Jr 17,5-10                 Sl 1,1-4.6                   Mt 16,19-31

 INVESTINDO COMO A ÁGUA SOBRE A ROCHA

 “Eu, Iahweh, perscruto o coração, sondo os rins, para retribuir ao homem conforme o seu caminho, conforme o fruto de suas obras.” (Mt 6,7.8)

Eu acabei de retornar de férias em um deserto rochoso. Formações rochosas fantásticas que existem lá foram erodidas pela água ao longo dos anos. As águas desses córregos e rios investem sobre a rocha em seus pontos enfraquecidos, e fluem em declive seguindo o caminho que oferece menor resistência. Essa incessante passagem da água definitivamente erode a rocha, cortando placas e desgastando-a pedaço por pedaço.

De um modo similar, o incessante amor do Senhor sonda continuamente os nossos corações e testa os nossos pensamentos (Jr 17,10). Ele procura por qualquer lugar maleável em nossos corações e pensamentos endurecidos. Ao achar tal ponto depois de muito investir, o Seu amor sempre encontra um caminho por onde penetrar em nossos corações. E Ele constantemente opera e investe nos corações duros para penetrar neles profundamente.

Muitos(as) de vocês estão sofrendo porque seus entes queridos têm um coração endurecido para com o Senhor e a Igreja. Tenha coragem e acredite no investidor incansável e testador amor de Deus. E o seu amor é muito mais forte do que o poder de erosão da água corrente. Seu amor “… jamais passará …” (1Cor 13,8). Ore por um crescimento na fé confiando no amor inabalável do Senhor (Lc 17,5).

Oração: Pai, que eu realize o meu trabalho de evangelização e nunca interfira no Teu modo de realizares o Teu trabalho nos corações daqueles amo.

Promessa: “Sim, Iahweh conhece o caminho dos justos …” (Sl 1,6)

Louvor: O crescimento na graça através de uma Confissão habitual ajudou Alex a vencer vários pecados.

Sexta-feira, 13 de Março de 2020

Gn 37,3.4.12.13.17-28                   Sl 105(104),16-21               Mt 21,33-43.45.46

 VAMOS COMER CORRETAMENTE

“Arremessaram-se contra ele e o lançaram na cisterna; era uma cisterna vazia, onde não havia água. Depois sentaram-se para comer …” (Gn 37,24.25)

A dureza do coração humano é retratada plenamente na leitura de hoje. Os irmãos de José decidiram rápida e facilmente, com sangue frio, após tramarem a morte do seu irmão, lançá-lo numa cisterna para morrer e depois, sentaram-se para fazer a sua refeição. Isso não é diferente nos dias de hoje, pois pessoas favoráveis ao aborto e aqueles(as) que o praticam podem assassinar muitos bebês em um único dia de trabalho, e depois disso, dirigirem-se a restaurantes e para apreciar o seu jantar.

Lamentavelmente, isso acontece até mesmo na Igreja. Políticos, jornalistas, e eleitores Católicos repetidamente lançam as suas opiniões e votos em favor da morte, e depois se sentam nos bancos das Igrejas nas Missas Dominicais e participam do banquete Eucarístico. Casais abortam os seus filhos, contraceptiva ou quimicamente, e depois participam da Eucaristia.

São Paulo fez uma observação sobre participar da Eucaristia indignamente. Ele declarou: “… Hei de louvar-vos? Não, neste ponto não vos louvo … Eis porque todo aquele que comer do pão ou beber do cálice do Senhor indignamente será réu do corpo e do sangue do Senhor. Por conseguinte, que cada um examine a si mesmo antes de comer desse pão e beber desse cálice.” (1Cor 11,22.27.28). Assim sendo, “… aquele que come e bebe sem discernir o Corpo, come e bebe a própria condenação. Eis porque há entre vós tantos débeis e enfermos e muitos morreram.” (1Cor 11,29.30)

“… Recobra, pois, o fervor e converte-te!” (Ap 3,19)

Oração: Pai, eu me arrependo e aceito o Teu oferecimento de fazer as coisas corretamente (Is 1,18.19). Purifica-me dos meus pecados e faz-me santo(a) (Sl 51,4).

Promessa: “… A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; pelo Senhor foi feito isso e é maravilha aos nossos olhos.” (Mt 21,42)

Louvor: Jesus libertou Roberto de uma vida de vender e utilizar drogas.

Sábado, 14 de Março de 2020                          

 Mq 7,14.15.18-20                Sl 103(102),1-4.9-12                       Lc 15,1-3.11-32

UM TRAJETO DE CULPA ATÉ JESUS

“Qual deus é como tu, que tira a culpa e perdoa o crime, que não guarda para sempre a sua ira, porque prefere o amor?” (Mq 7,18)

A culpa é a contrapartida espiritual para a dor física. Tanto a dor quanto a culpa clamam por ser interrompidas o mais rápido possível. O único meio adequado para interromper a culpa é se arrepender e crer que o Senhor “… calca aos pés as nossas faltas e lança no fundo do mar todos os nossos pecados!” (Mq 7,19), e “como o oriente está longe do ocidente, ele afasta de nós as nossas transgressões.” (Sl 103,12)

Se nós não fizermos o trajeto de assumir a culpa até o Senhor, podemos estar tentando reprimir ou negar as nossas culpas. Esse autoengano tem uma consequência tão terrível quanto a auto aversão, a raiva, vários vícios, e outras vias de autodestruição, podendo até mesmo levar ao suicídio.

Quando algumas pessoas se recusam a se arrepender e também vêm como é humanamente impossível lidar com a culpa, elas decidem impedir que qualquer outro sentimento de culpa se inicie. Elas fazem isso destruindo a sua consciência e renunciando à sua capacidade de distinguir o certo do errado. Essas pessoas vivem em uma antevisão do inferno, onde fingem não existir o bem e o mal, o certo e o errado. A violência aleatória e as injustiças sem sentido pontuam as vidas dessas pessoas. Elas não somente degradam a si mesmas, mas também causam danos a muitas outras vidas.

Que nós nos voltemos para Jesus dando graças e nos arrependendo. “Ele é a vítima de expiação pelos nossos pecados. E não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.” (1Jo 2,2)

Oração: Pai, que eu procure a Confissão com frequência e alegremente. Faz de mim um ministro da reconciliação (2Cor 5,18).

Promessa: “Mas era preciso que festejássemos e nos alegrássemos, pois esse teu irmão estava morto e tornou a viver; ele estava perdido e foi reencontrado!” (Lc 15,32)

Louvor: Ana orou fielmente pela conversão de seu marido. Isso levou trinta anos, mas ela perseverou e se alegrou ao recebê-lo como um irmão em Cristo.

Domingo, 15 de Março de 2020 – 3º Domingo da Quaresma

Ex 17,3-7      Sl 95(94),1.2.6-9      Rm 5,1.2.5-8             Jo 4,5-42

 A MISERICÓRDIA DE JESUS PELOS(AS) DESPREZADOS(AS)

“Deus demonstra o seu amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando éramos ainda pecadores.” (Rm 5,8)

A mulher Samaritana foi até o poço de Jacó por volta do meio-dia, depois que todos os outros habitantes da cidade haviam terminado de usar o poço (Jo 4,6). Provavelmente estava tentando evitar de se encontrar com pessoas que a desprezavam. Ela devia se desprezar a si mesma e queria, em sua auto aversão, não ser vista em público.

No entanto, Jesus já estava junto ao poço – esperando sozinho para fazer maravilhosas revelações para aquela improvável candidata. Ele falou para ela sobre o dom da água viva de Deus (Jo 4,10). Depois de lhe revelar o Espírito Santo e o Batismo, Jesus lhe disse que Ele era o Messias (Jo 6,26). A mulher Samaritana se tornou então uma missionária atuante, pois levou a muitos outros Samaritanos daquela cidade a crerem em Jesus (Jo 4,39). Jesus, em Sua misericórdia, escolheu essa mulher desprezada para receber a maior das revelações jamais feitas. Jesus fez dela Sua testemunha e agraciou seu trabalho missionário com poder. “… o que no mundo é vil e desprezado, o que não é, Deus escolheu para reduzir a nada o que é” (1Cor 1,28).

Se a sua vida está tão árdua que ninguém o(a) respeita, se você arruinou a sua vida, mas você ainda pode ter “… um futuro e uma esperança.” (Jr 29,11), pois Jesus “… é rico em misericórdia …” (Ef 2,4). Senhor Jesus, tem misericórdia de nós.

Oração: Pai, que durante esta Quaresma eu possa penetrar como nunca antes na profundeza do coração misericordioso de Jesus (Mt 11,29).

Promessa: Eles “diziam à mulher: ‘Já não é por causa do que tu falaste que cremos. Nós próprios o ouvimos, e sabemos que esse é verdadeiramente o salvador do mundo.” (Jo 4,42)

Louvor: Louvor a Ti, Jesus, por nunca nos abandonares. Senhor Jesus, Tu és uma referência em espírito e verdade (Jo 4,24) para todos. Todo louvor a Ti!

Segunda-feira, 16 de Março de 2020              

 2Rs 5,1-15                Sl 42(41),2.3; 43(42),3.4               Lc 4,24-30                                                  

CORAÇÕES DÓCEIS E HUMILDES

“Naamã, irritado, retirou-se …” (2Rs 5,11)

“Diante dessas palavras, todos na sinagoga se enfureceram.” (Lc 4,28)

Na primeira leitura e na passagem do Evangelho de hoje, vemos que a palavra de profecia foi rejeitada, pois enfrentou a ira e o orgulho. Tanto Naamã quanto o povo de Nazaré se viram na iminência de serem transformados e curados. Contudo, estar perto não foi o suficiente. O orgulho e a ira do povo de Nazaré os impediu de receber uma grande benção do Senhor. Se não fosse pela humildade de seus servos, Naamã, da mesma forma, teria se afastado de um milagre, quando estava prestes a receber aquilo que havia estado procurando.

Você, da mesma forma, pode estar na iminência de receber a cura ou a benção pelas quais tem procurado há algum tempo. Se assim for, esse é o momento exato para pedir ao Senhor um coração dócil e humilde. Uma das principais armas de Satanás é apelar para o nosso orgulho (1Jo 2,16). Por exemplo, você pode estar perto de uma reconciliação com sua(seu) esposa(o). Mas o seu orgulho está ferido, e assim você é tentado(a) a se afastar.  O seu médico indica uma mudança no seu estilo de vida que poderá lhe trazer alguns anos a mais de vida. Todavia, você se coloca na defensiva, e julga desnecessário o conselho do médico. O seu chefe está avaliando você para uma promoção. Porém alguma coisa no trabalho leva você a ter um acesso de fúria, e o chefe percebe que você ainda não está pronto(a) para novas responsabilidades.

“… Que seja cada um de vós seja pronto para ouvir, mas tardio para falar e tardio para encolerizar-se …” (Tg 1,19). “Humilhai-vos sob a poderosa mão de Deus, para que na ocasião própria vos exalte.” (1Pe 5,6)

Oração: Senhor, afasta o meu orgulho com Teu amor. Dê-me um coração dócil e humilde. “… um coração contrito e esmagado, ó Deus, tu não desprezas.” (Sl 51,19)

Promessa: “Eu irei ao altar de Deus, ao Deus que me alegra. Vou exultar e celebrar-te com a harpa, ó Deus, o meu Deus!” (Sl 43,4)

Louvor: Sara parou de postergar a sua Confissão.

Terça-feira, 17 de Março de 2020 – São Patrício

Dn 3,25.34-43                      Sl 25(24),4-9                         Mt 18,21-35

                         EXPERIMENTAR UMA RECONCILIAÇÃO SEM PRECEDENTES

“Não devias, também tu, ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?” (Mt 18,33)

Há vinte anos atrás, no primeiro Domingo da Quaresma, no dia 12 de Março de 2000, o Papa São João Paulo II realizou algo chocante. Ele pediu perdão pelos pecados cometidos pelos Católicos através dos séculos. Esse evento foi preparado a partir de um estudo da Comissão Teológica Internacional. Nesse estudo, a Comissão declarou: ‘Em nenhum dos jubileus celebrados até hoje, porém, houve uma tomada de consciência das eventuais culpas do passado da Igreja, nem da necessidade de pedir perdão a Deus por comportamentos do passado próximo ou remoto.’ (Memória e Reconciliação: a Igreja e as Culpas do Passado, 1,1). O Papa São João Paulo II deu continuidade a essa iniciativa sem precedentes e radical pela reconciliação uma semana depois, quando realizou o seu sonho de visitar a Terra Santa. Lá ele novamente se desculpou junto ao povo Judeu e até mesmo inseriu esse pedido de perdão no Muro das Lamentações em Jerusalém. Esse ato teve um significado intangível e simbólico.

Esse grande movimento do Espírito no sentido do perdão e da reconciliação continua a varrer a face da terra. Você está atendendo ao chamado do seu ministério da reconciliação (2Cor 5,18) em sua família, paróquia, vizinhança, e local de trabalho? Você tem perdoado setenta vezes sete vezes? (Mt 18,22). Você tem perdoado com o seu coração? (Mt 18,35). Você tem desbravado novos terrenos de perdão e reconciliação?

Oração: Pai, permite que o Espírito Santo do perdão atue através de mim.

Promessa: “Contudo, com a alma quebrantada e o espírito humilhado possamos encontrar acolhida …” (Dn 3,39)

Louvor: São Patrício amou os seus inimigos e assim os levou a Jesus. Que São Patrício, que levou o Cristianismo aos pagãos da Irlanda, interceda por todos os que estão abraçando a cultura da morte na Irlanda, nos dias de hoje.

Quarta-feira,18 de Março de 2020 – São Cirilo de Jerusalém                                                                                        

Dt 4,1.5-9                        Sl 147,12.13.15.16.19.20                    Mt 5,17-19

                                     VIVENDO AGORA NA ÚLTIMA E MAIOR DIMENSÃO

“… Aquele, porém, que os praticar e ensinar [os mandamentos], esse será chamado grande no Reino dos Céus.” (Mt 5,19)

O Senhor, na Antiga Aliança, ensinou Seu povo a obedecer a 613 mandamentos. É claro que eles não foram capazes de obedecê-los. Na Nova Aliança, o Senhor tem critérios muito mais elevados. Nós temos que obedecer não somente à menor parte da letra da Lei (Mt 5,18), mas também ao seu espírito (2Cor 3,6). Temos que obedecer não somente aos Dez Mandamentos, mas também às Bem-aventuranças. Mais ainda, Jesus proíbe alguns atos que eram permitidos anteriormente, tais como a ira, o divórcio, fazer juramentos, a retaliação e, odiar os inimigos (Mt 5,21 ss). Se necessário, temos que resistir à tentação de desobedecer arrancando os nossos olhos, cortando as nossas mãos, ou até mesmo entregando as nossas vidas (Mt 5,29.30).

Se você faz as coisas por si mesmo(a), as orientações de Jesus são ainda mais perturbadoras. Como você pode cuidar disso? Mas, se você é como Maria e sabe que a verdadeira vida é deixar que se faça em você a vontade de Deus (Lc 1,38) ao invés de fazer a sua própria, então você está ansioso(a) para ser levado(a) por Jesus a uma nova dimensão de graça, milagres, e mistérios. Os mais importantes aspectos da vida, inclusive a morte, estão muito além das nossas capacidades meramente humanas. Precisamos que Jesus nos leve ao campo do sobrenatural. Por que não começar a viver agora a graça milagrosa do nosso Batismo? Deixe que Jesus realize o impossível em você.

Oração: Pai, nesta Quaresma, ensina-me a compreender que ‘… toda a existência do fiel leigo tem por finalidade levá-lo a descobrir a radical novidade cristã que promana do Batismo, sacramento da fé, a fim de poder viver as suas exigências segundo a vocação que recebeu de Deus.’ (Christifideles Laici, 10 – Papa São João Paulo II).

Promessa: “… Qual a grande nação cujos deuses lhe estejam tão próximos como Iahweh nosso Deus, todas as vezes que o invocamos?” (Dt 4,7)

Louvor: São Cirilo foi Bispo de Jerusalém durante o século IV. Ele promoveu o desenvolvimento da cidade santa como centro de peregrinação para todo o mundo Cristão. Duas vezes ele retornou do exílio para servir à diocese de Jerusalém.

Quinta-feira, 19 de Março de 2020 – São José

 2Sm 7,4.5.12-14.16         Sl 89(88),2-5.27.29          Rm 4,13.16-18.22        Mt 1,16.18-21.24 ou Lc 2,41-51

UM SUBSTITUTO?

“… Não sabíeis que devo estar na casa de meu Pai?” (Lc 2,49)

Do ponto de vista meramente humano, poderia parecer que São José era um pai substituto para Jesus. Quando Jesus tinha doze anos, José recebeu um brusco ‘lembrete’ do seu Filho Adotivo que o verdadeiro Pai de Jesus era Deus Pai, e não ele, José (Lc 2,49).

De um ponto de vista meramente humano, poderia parecer que São José era um marido substituto de Maria. Seu Filho Jesus havia sido concebido pelo Espírito Santo, o verdadeiro Esposo de Maria (Lc 1,35). O celibatário relacionamento de José com Maria foi uma continua evidência de que Maria pertencia ao Espírito Santo e não a ele.

José poderia ter sido tentado a se sentir como num ‘segundo plano’ como pai e como marido. Porém Deus não considerava José como um pai e marido substituto. Dentre todos os homens jamais criados, Deus escolheu São José para o papel fundamental de protetor e guardião da Sagrada Família. Maria não considerava José em um segundo plano. Ela obedeceu imediatamente à sua liderança em várias ocasiões. Foi a José que Deus orientou para fugir para o Egito, e para retornar a Nazaré tempos depois. Quando Jesus foi encontrado no Templo, Maria usou as palavras “… Olha que teu pai e eu, aflitos, te procurávamos.” (Lc 2,48), mostrando que ela considerava José como o pai da Sagrada Família. Jesus retornou com eles do Templo e obedecia a José ( Lc 2,51.52).

Maria, Jesus e Deus Pai depositaram a maior confiança em José, e José correspondeu a essa confiança. Isso não é ser um pai e marido substituto ou de reserva. O plano de salvação aconteceu em grande parte por causa da imediata obediência de José, da sua confiança completa e extraordinária humildade. Que cada um de nós possa imitar a São José diariamente.

Oração: Pai, que eu diminua de modo que Jesus cresça (Jo 3,30).

Promessa: “Por conseguinte, a herança vem pela fé, para que seja gratuita e para que a promessa fique garantida a toda a descendência …” (Rm 4,16)

Louvor: “Meu filho, guarda os preceitos do teu pai, não rejeites a instrução da tua mãe.” (Pr 6,20). São José orai por nós!

Sexta-feira, 20 de Março de 2020                                                                                                        

Os 14,2-10                   Sl 81(80),6-11.14.17                       Mc 12,28-34

 É AGORA OU NUNCA

“… Ouve, ó Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor, e amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda tua alma, de todo teu entendimento, e com toda a tua força.” (Mc 12,29.30) Hoje o Senhor está nos dizendo coisas que Ele certamente disse uma centena de vezes. Ele diz: “Volta … a Iahweh, teu Deus …” (Os 14,2), e “…[ama] o Senhor teu Deus de todo teu coração …” (Mc 12,30). Pode ser difícil para nós correspondermos a essas palavras. Elas são suficientemente familiares para serem esquecidas. Porém, nesta Quaresma, depois desses dias de oração e jejum, talvez nós ouçamos ao Senhor pela primeira vez depois de um longo tempo. Talvez deixemos que Ele nos ame livremente e cure nossa apostasia (Os 14,5). Talvez nós obedeçamos o primeiro e maior dos mandamentos depois de todos esses anos ‘fingindo ser Igreja’ e fazendo um jogo de palavras com nosso crucificado Salvador (Mc 12,28). O Senhor está esperando que nós desçamos do trono e deixemos que Ele seja o Rei e Senhor de nossas vidas. Certamente nós frequentamos a Igreja, fazemos orações, e até mesmo obedecemos a alguns dos mandamentos; mas Jesus morreu na cruz por muito mais do que isso. Ele quer as nossas vidas, o nosso todo. Ele que a nós. Sim, cedo ou tarde Deus irá penetrar em nossas vidas. Que isso possa acontecer logo, nesta Quaresma, ou até mesmo agora. Oração: Jesus, “… meu Senhor e meu Deus!” (Jo 20,28) Promessa: “Jesus, vendo que ele respondera com inteligência, disse-lhe: ‘Tu não estás longe do Reino de Deus.’” (Mc 12,34) Louvor: Deus penetrou na vida de João na sua primeira Comunhão. Ele desenvolveu o hábito de orar diariamente durante toda a vida.

Sábado, 21 de Março de 2020                          

 Os 6,1-6                    Sl 51(50),3.4.18-21                      Lc 18,9-14

SOMENTE OS HUMILDES SE AMAM A ELES MESMOS

“… pois todo o que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado.” (Lc 18,14)

A oração do Fariseu não estava agradando ao Senhor porque ele não estava sendo humilde. Um sinal da falta de humildade é nos compararmos a outras pessoas. “O fariseu, de pé, orava interiormente deste modo: ‘Ó Deus, eu te dou graças porque não sou como o resto dos homens, ladrões, injustos, adúlteros, nem como este publicano.’” (Lc 18,11)

É óbvio que rebaixarmos as pessoas de modo a parecermos melhores é uma comparação cheia de orgulho. Todavia, também é contraditório com a humildade nos considerarmos desfavoravelmente em relação aos outros. Pensar que não somos tão bons(boas) como qualquer outro(a) não significa nos focalizarmos em nossa singularidade dada por Deus; não é ver a nós mesmos(as) do modo que Deus quer que nos vejamos; e não é ser humilde. Humildade não significa humilhação; “É melhor um homem que trabalha e tem tudo em abundância do que aquele que se gloria e carece de alimento.” (Eclo 10,27). Humildade não significa nos vermos totalmente dependentes de Deus e redimidos, escolhidos, preciosos, sacerdotais, e da realeza (1Pe 2,9). Portanto, nenhuma comparação favorável ou desfavorável de nós mesmos(as) com outras pessoas estão em consonância com a humildade.

Durante o Tempo da Quaresma e especialmente na Semana Santa, devemos nos concentrar na Paixão e na morte de Jesus. A nossa meditação sobre o Cristo crucificado não deve nos levar a nos odiarmos a nós mesmos(as) pela participação, através dos nossos pecados, nesse desprezível crime.  O nosso foco em Cristo crucificado deve nos encher de gratidão por sermos tão amados(as) e com admiração, por sermos considerados(as) tão preciosos(as) pelo Senhor.

Humilhe-se a si mesmo(a) para amar a si mesmo(a).

Oração: Pai, enquanto medito sobre a Paixão e crucificação de Teu Filho, envia o Espírito Santo para ensinar-me o significado da humildade.

Promessa: “Conheçamos, corramos atrás do conhecer a Iahweh; certa, como a aurora, é sua vinda, ele virá a nós como a chuva, como o aguaceiro que ensopa a terra.” (Os 6,3)

Louvor: Eduardo faz as suas doações em dinheiro de modo a permanecer anônimo.

Domingo, 22 de Março de 2020 – 4º Domingo da Quaresma                  

1Sm 16,1.6.7.10-13              Sl 23(22),1-6            Ef 5,8-14                   Jo 9,1-41

 O BLEFE DO HOMEM CEGO

“Alguns fariseus, que se achavam com ele, ouviram isso e lhe disseram: ‘Acaso também nós somos cegos?’” (Jo 9,40)

Jesus disse aos Fariseus que eles eram cegos. Ele os chamou de condutores cegos e insensatos cegos (Mt 23,16.17.24.26). Ele chamou aos apóstolos de cegos quando exclamou: “… Ainda não entendeis e nem compreendeis? Tendes o coração endurecido? Tendes olhos e não vedes, ouvidos e não ouvis? …” (Mc 8,17.18). Jesus chamou toda a igreja de Laodicéia de cega (Ap 3,17);

Jesus pode estar nos chamando agora de cegos espirituais. Como iremos encarar o diagnóstico de Jesus sobre nossa condição? Nós vamos ficar na defensiva, ou iremos agradecer a Jesus por nos dizer a verdade? Os Fariseus ficaram furiosos por Jesus os ter chamado de cegos. Eles haviam se tornado cegos a si próprios (Is 29,9). Eles se ressentiram pelo homem ter sido curado e o expulsaram da sinagoga (Jo 9,34). Eles até mesmo tentaram impor a cegueira a todos os demais. Os Fariseus se tornaram tão cegos que se colocaram nas trevas (Ef 5,8). Como pertencentes às trevas, eles odeiam a luz (Jo 3,20). Eles odiavam a Jesus, “… a luz do mundo.” (Jo 9,5) e exigiram que Ele fosse crucificado.

A cegueira espiritual é degenerativa. Ela leva às trevas e à violência. Nós precisamos admitir nossa cegueira espiritual (2Cor 4,4) e pedir a Jesus para nos curar. Caso contrário, nós iremos ferir e até mesmo crucificar o nosso Curador (Hb 6,6) e aqueles(as) a quem Ele tiver curado da cegueira espiritual. Deixe que Jesus cure você por não ver a sua cegueira espiritual.

Oração: Pai, hoje, neste Domingo da Quaresma, examina o meu coração e liberta-me da cegueira antes que ela se torne pior.

Promessa: “… Deus vê não como o homem vê, porque o homem toma em consideração a aparência, mas Iahweh olha o coração” (1Sm 16,7).

Louvor: “Incessantemente e por toda a parte trazemos em nosso corpo a agonia de Jesus, a fim de que a vida de Jesus seja também manifestada em nosso corpo.” (2Cor 4,10). Louvor a Ti, Jesus!

Segunda-feira, 23 de Março de 2020   -São Turíbio de Mogrovejo

Is 65,17-21                    Sl 30(29),4-6.11-13                  Jo 4,43-54

 VOCÊ COLHERÁ COM ALEGRIA PASCAL?

“Sua ira dura um momento, o seu favor dura a vida inteira; de tarde vem o pranto, e de noite gritos de alegria.” (Sl 30,6)

Ontem foi o Domingo Laetare, significando o Domingo da Alegria. Estamos nos alegrando porque nos aproximamos da Páscoa, a celebração de Cristo ressuscitado e do aprofundamento do nosso relacionamento com Ele.

Hoje, a Igreja nos convida a ouvir: “Alegrai-vos, pois, e regozijai-vos para sempre com aquilo que estou para criar; eis que farei de Jerusalém um júbilo e do seu povo uma alegria. Sim, regozijar-me-ei em Jerusalém, sentirei alegria em meu povo. Nela não se tornará a ouvir choro nem lamentação.” (Is 65,18.19). O Senhor nos promete que teremos alegria eterna, sentiremos a alegria em sermos Seu povo, e seremos alegria para Ele.

A alegria é fruto do Espírito Santo (Gl 5,22). Por ser um fruto, a alegria é o produto final de um processo de crescimento. Por ser um fruto, ela precisa de algum tempo para ser produzida. O Espírito Santo está, neste exato momento, no processo de produzir o fruto da alegria nas nossas vidas. O Espírito está nos chamando a sermos generosos(as) de modo a nos alegrarmos sempre (Fl 4,4.5). O Espírito está se opondo à luxúria (Gl 5,17) crucificando a carne de modo que não extingamos com nosso egoísmo a alegria do Espírito (1Ts 5,19). O Espírito também está nos concedendo o privilégio de sofrer por Jesus. Nestes sofrimentos, nós encontraremos nossa alegria (Cl 1,24; e 1Pe 4,13).

O Espírito Santo está cultivando uma grande colheita de alegria na Páscoa. Você será a semente que cai na terra e morre de modo a alegremente produzir abundantes frutos? (Jo 12,24).

Oração: Pai, que eu possa receber alegria e ser uma alegria para Ti.

Promessa: “Então o pai reconheceu ser precisamente aquela a hora em que Jesus lhe dissera: ‘O teu filho vive’; e creu, ele e todos os da sua casa.” (Jo 4,53)

Louvor: São Turíbio foi o primeiro santo conhecido no Novo Mundo em Lima, no Peru. Os conquistadores Espanhóis foram culpados pela opressão do povo nativo, sendo flagrantes os abusos cometidos pelo clero. Ele agiu como Cristo, sendo um pastor para aquele povo.

Terça-feira, 24 de Março de 2020

 Ez 47,1-9.12             Sl 46(45),2.3.5.6.8.9           Jo 5,1-16

 ENRAIZADO(A) NA TORRENTE          

“Junto à torrente [da fonte do Templo], em sua margem, de um lado e do outro, encontrar-se-á toda sorte de árvores de frutos comestíveis …” (Ez 47,12)

As árvores de frutos comestíveis ao longo do rio na visão de Ezequiel representam a nós, como discípulos(as) de nosso Senhor Jesus Cristo e como filhos e filhas da Igreja. Nós somos os(as) discípulos(as) que oferecem o alimento da Palavra de Deus e o remédio da cura de Deus para um mundo ferido, que precisa desesperadamente da Boa Nova da salvação e libertação em Jesus Cristo.

As árvores da visão de Ezequiel são doadoras de vida e cura porque são banhadas pela água que brota do Santuário, a Igreja (Ez 47,12). Sem o dom do Espírito Santo, o mundo no qual vivemos é como um deserto, “… como terra seca, esgotada, sem água.” (Sl 63,2). É através da torrente da graça que nós, discípulos(as), ministramos. Afastados de Jesus, nós nada podemos fazer (Jo 15,5). Na graça do Espírito Santo, todas as coisas são possíveis para nós (Mt 19,26).

O deserto é o mundo no qual vivemos. O plano de Deus é nos levar para as águas repousantes da Igreja (Sl 23,2). Lá nós encontraremos repouso e alimento para as nossas almas. Se nós tentarmos viver afastados da torrente da graça, logo estaremos secos e sem vida, como o deserto que nos rodeia. O ministério é muito árduo para você? Você acha que precisa se afastar um pouco da Igreja? Permaneça firmemente enraizado(a) junto à torrente. Mantenha suas raízes na Igreja. O Espírito Santo irá fluir através de você, irá mantê-lo(a) renovado(a), e levará a vida a um mundo ferido.

Oração: Pai, consolida-me na igreja e nunca permitas que eu me afaste de Ti.

Promessa: “Deus é nosso refúgio e nossa força, um socorro sempre alerta nos perigos. E por isso não tememos se a terra vacila, se as montanhas se abalam no seio do mar.” (Sl 46,2.3)

Louvor: Roberto e Marli começaram a tratar do seu divórcio. Aconteceu que seu filho foi preso. Jesus usou essa situação para unir o casal em oração pelo seu filho e restaurou o compromisso um para com o outro.

Quarta-feira, 25 de Março de 2020 – Anunciação do Senhor      

Is 7,10-14; 8,10              Sl 40(39),7-11          Hb 10,4-10                Lc 1,26-38

 INSCREVA-SE

“Pede um sinal a Iahweh, o teu Deus …” (Is 7,11)

Ao longo desta Quaresma, o Senhor prometeu vida em abundância, ressuscitada, e eterna. Você crê n’Ele? Será que deixaremos que o Espírito Santo da Páscoa e de Pentecostes venha sobre nós? (Lc 1,35). Será que deixaremos que o poder do Altíssimo nos cubra com a sua sombra? (Lc 1,35). Será que nós diremos como Maria: “… Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra.”? (Lc 1,38)

Nós precisamos de um sinal para fortalecer a nossa fé. Gabriel apresentou um sinal para Maria que Isabel, em idade avançada, havia concebido um filho (Lc.1,36). “Iahweh tornou a falar a Acaz, dizendo-lhe: Pede um sinal a Iahweh, o teu Deus, ou nas profundezas do Xeol, ou nas alturas. Acaz porém respondeu: Não pedirei nada, não tentarei a Iahweh.” (Is 7,10-12). Que nós não nos fechemos como Acaz, mas que estejamos abertos ao sinal dos sinais. “Pois sabei que Senhor mesmo vos dará um sinal: Eis que a jovem concebeu e dará à luz um filho e por-lhe-á o nome de Emanuel.” (Is 7,14)

Que a Anunciação possa ser um sinal da Quaresma de que a Páscoa e Pentecostes não são meramente feriados, mas sim realidades. Quando Deus se tornou homem e foi concebido no ventre de Maria, foi um sinal de que Deus nos ama infinitamente, que nós não temos nada a temer, que o futuro é glorioso e que nada pode nos separar do amor de Cristo (Rm 8,35).

Oração: Pai, eu agradeço por Jesus ter se tornado homem. Maria, intercede por mim para que eu também diga ‘sim’ como tu disseste.

Promessa: “E graças a esta vontade é que somos santificados pela oferenda do corpo de Jesus Cristo, realizada uma vez por todas.” (Hb 10,10)

Louvor: O papel de Maria na história da salvação é prefigurado na Escritura Hebraica. “… Bendita sejas, filha, pelo Deus altíssimo, mais que todas as mulheres da terra …” (Jt 13,18)

Quinta-feira, 26 de Março de 2020                              

 Ex 32,7-14                   Sl 106(105),19-23                           Jo 5,31-47

 UM NOVO CORAÇÃO PARA COM A SUA PESSOA PROBLEMÁTICA

“Iahweh disse a Moisés: ‘Tenho visto a este povo: é um povo de cerviz dura. Agora, pois, deixa-me, para que se acenda contra eles a minha ira e eu os consuma; e farei de ti uma grande nação.’” (Ex 32,9.10)

Deus ofereceu a Moisés a oportunidade de se ver livre do povo infiel que ele conduzia (Ex 32,9.10). Aquele povo, a nação Hebraica, provocava Moisés continuamente, porém Moisés os amava profundamente. Moisés passou quarenta anos no deserto amando e conduzindo o seu povo, mas eles frequentemente se rebelavam e resmungavam contra ele. Contudo, os invés de se ver livre daquele povo difícil quando Deus lhe deu essa chance, Moisés intercedeu por sua salvação e pediu a Deus para ser misericordioso para com eles (Ex 32,11).

Jesus, da mesma forma, agiu como Moisés. Seu povo voltou as suas costas, não seus rostos, ao Seu amor. Apesar de Jesus poder retornar à bem-aventurança do céu e nos deixar sem um futuro “… sem esperança e sem Deus no mundo.” (Ef 2,12), Ele pleiteou em nosso favor diante de Deus (1Jo 2,1), um Sacerdote representando Seu povo diante do trono do Pai (Hb 2,18; 4,16). Jesus até mesmo ofereceu a Sua vida como sacrifício em favor do Seu povo pecador e ingrato.

E quanto a nós? Existe alguma pessoa na sua vida que é um fardo para você? E se Deus se oferecesse para levar a(o) sua(seu) esposa(o) atual e dar a você uma(um) nova(o) esposa(o) amorosa(o) e carinhosa(o), você iria agradecer por isso? O mesmo oferecimento poderia ser aplicado a um parente, a um(a) irmão(ã), ou a uma criança. Você poderia agir como Jesus e Moisés e permanecer se sacrificando fielmente por essa pessoa problemática?

Curve os seus joelhos em agradecimento diante do Senhor (Lc 17,15.16). Agradeça sempre ao Senhor pelo seu amor que nunca falha. Então peça a Ele a graça de amar aos outros como Ele nos ama (Jo 15,13).

Oração: Pai, leva-me a um nível mais elevado do sacrifício pelo amor. Que meu amor pelas pessoas que passam pela minha vida reflita o Teu amor por elas.

Promessa: “… Tais obras, eu as faço e elas dão testemunho de que o Pai me enviou.” (Jo 5,36)

Louvor: Ao mesmo tempo em que dá esmola, Roberto ora pelo pedinte.

Sexta-feira, 27 de Março de 2020                                                       

Sb 2,1.12-22             Sl 34(33),17-21.23              Jo 7,1.2.10.25-30

 ANOS DE AMARGO SOFRIMENTO E DE PERFEITO AMOR

“Experimentemo-lo pelo ultraje e pela tortura para apreciar a sua serenidade e examinar a sua resignação. Condenemo-lo a uma morte vergonhosa, pois diz que há quem o visite.”(Sb 2,19.20)

“Procuravam, então, prendê-lo, mas ninguém lhe pôs a mão, porque não chegara a sua hora.” (Jo 7,30)

Jesus sofreu por amor a nós não somente durante Suas longas horas de agonia na cruz, mas também durante os três anos do Seu ministério público. Mesmo no início do ministério de Jesus, ocorreram tentativas para matá-Lo (Lc 4,29.30). Isso continuou a ocorrer durante o Seu ministério e cada vez com maior intensidade (Jo 7,1.30; 8,59). Apesar de algumas pessoas aceitarem Jesus ao menos temporariamente, para a maioria Jesus era a Pedra Angular da estrutura que era rejeitada pelos construtores (Mt 21,42; Sl 118,22). Incrivelmente, Jesus foi acusado de estar possuído pelo demônio (Mc 3,22). Até mesmo os Seus parentes pensaram que Ele era louco (Mc 3,21). Pedro, o líder dos apóstolos de Jesus, negou-o por três vezes. Judas traiu e vendeu Jesus por trinta peças de prata. Além disso, Jesus, que é Deus e desse modo vive fora do tempo, foi rejeitado e brutalizado pelos pecados de cada um de nós.

Jesus sofreu mais do que qualquer outra pessoa sofreu ou possa vir a sofrer. É impossível para qualquer criatura conceber a magnitude do Seu sofrimento. Mas Jesus ama mais do que qualquer pessoa possa ter amado. Ele é literalmente o Próprio Amor (1Jo 4,16). Como nós somos pessoalmente a causa dos Seus sofrimentos, que possamos também assumir pessoalmente o Seu amor crucificado. Entregue-se totalmente a Jesus e louve a Ele para sempre.

Oração: Pai, envia o Espírito Santo para conduzir-me mais profundamente no mistério dos sofrimentos de Jesus.

Promessa: “Eles ignoram os segredos de Deus, não esperam o prêmio pela santidade, não creem na recompensa das vidas puras.” (Sb 2,22)

Louvor: Sílvio jejua dois dias a por semana, passando a pão e água, e tem agora mais energia e mais alegria do que nunca antes.

Sábado, 28 de Março de 2020

Jr 11,18-20                    Sl 7,2.3.9-12             Jo 7,40-53

 O VINGADOR DO SANGUE …” (Nm 35,12)

“… eu verei a tua vingança contra eles, porque a ti eu expus a minha causa.” (Jr 11,20)

O povo para quem Jeremias profetizava estava traiçoeiramente planejando matá-lo (Jr 11,19). Jeremias arriscava seu pescoço para servir a Deus e queria que Deus o apoiasse, vingando-se dos seus inimigos. Adicionalmente, Jeremias queria ver isso pessoalmente.

Nós Cristãos(ãs) também temos inimigos(as). Ao contrário de Jeremias, nós iremos testemunhar a vingança de Deus contra eles(as). Nós veremos:

– Jesus destruindo as obras do diabo (1Jo 3,8),

– o orgulho dos poderosos esmagados ao encararem Jesus crucificado (Is 52,15), e

– pecadores saindo do confessionário com lágrimas de arrependimento e gratidão por Jesus, em Sua vingança, ter despojado Satanás de mais um dos seus cativos (Cl 2,15).

Deus nos orienta na Sua Palavra: “Não façais justiça por vossa conta, caríssimos … A mim pertence a vingança, eu é que retribuirei …” (Rm 12,19). Porém, nós podemos ter uma participação. A Palavra de Deus nos diz: “Antes, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer, se tiver sede, dá-lhe de beber. Agindo desta forma estarás acumulando brasas sobre a cabeça dele.” (Rm 12,20)

Deus é perfeitamente justo (1Cor 1,30; Is 30,18). Ele é capaz de punir os perversos até que eles sejam forçados a escolher entre ser por Ele ou contra Ele (2Pe 2,9). Nós podemos nos vingar agindo na justiça ou através da misericórdia. Façamos a nossa parte como representantes de Deus de modo que os Seus inimigos e nossos inimigos recebam a misericordiosa forma de vingança de Deus (Rm 12,20).

Oração: Pai, que as brasas da bondade que eu coloco sobre a cabeça de meus inimigos derretam os seus corações e os levem até Vós.

Promessa: “… Jamais um homem falou assim!” (Jo 7,46)

Louvor: Tereza apadrinha tanto as crianças Cristãs como as Muçulmanas através das missões.

Domingo, 29 de Março de 2020 – 5º Domingo da Quaresma

Ez 37,12-14              Sl 130(129),1-8                   Rm 8,8-11                 Jo 11,1-45

 RESSURREIÇÕES

“… Eu sou a ressurreição. Quem crê em mim, ainda que morra viverá. E quem vive e crê em mim jamais morrerá … ” (Jo 11,25.26)

Quão forte é a sua fé de modo a crer que o Espírito Santo ressuscitará o seu corpo dentre os mortos no último dia? (Rm 8,11). Você crê que o seu espírito será ressuscitado quando de sua morte para ir ao encontro do Senhor? Você crê que Jesus ainda ressuscita pessoas da morte, como Ele ressuscitou Lázaro dos mortos? (Jo 11,44; Mt 10,8). Você crê que a Ressurreição de Jesus pode transformar agora a sua vida?

A Ressurreição de Jesus é a promessa da ressurreição dos corpos e dos espíritos de todos os Seus discípulos. Jesus continua a ressuscitar os Lázaros como prova da Sua Ressurreição e uma prévia da nossa própria ressurreição. A Ressurreição anterior de Jesus e a nossa futura ressurreição devem ofuscar nossa situação atual. A vida ressuscitada começa quando cremos no Senhor ressuscitado, não quando nós morremos. Todas as ressurreições seguem juntas. A Ressurreição é passado, presente e futuro. A Ressurreição é física e espiritual. A Ressurreição é histórica, pessoal e escatológica.

Nós somos o povo da Ressurreição, ou mais precisamente o povo ressuscitado. Nessas próximas duas semanas, prepare-se para celebrar a Ressurreição com a fé e a alegria que é inexplicável, exceto para aqueles(as) que já encontraram a Cristo ressuscitado.

Oração: Pai, aumenta a minha fé em Teu Filho ressuscitado de modo que eu me torne uma nova pessoa.

Promessa: “… Eis que vou abrir os vossos túmulos e vos farei subir dos vossos túmulos, ó meu povo …” (Ez 37,12)

Louvor: Louvor a Jesus ressuscitado, que é “.. o resplendor da glória [do Pai] e a expressão do seu ser …” (Hb 1,3)

Segunda-feira, 30 de Março de 2020

Dn 13,1-9.15-17.19.30.33-62               Sl 23(22),1-6                        Jo 8,1-11

 INADULTERÁVEL

“… A assembleia creu neles, pois eram anciãos do povo e juízes. E julgaram a ré de morte.” (Dn 13,41)

Nós passamos o nosso tempo julgando adúlteros(as) ao invés de lutar contra o adultério e os demônios por trás dele. Nossa batalha não é contra forças humanas, mas contra principados e poderes, as legiões de demônios (Ef 6,12). Como Jesus, nós devemos manter nosso fundamento contra o maligno (Jo 8,6). “Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo e ele fugirá de vós.” (Tg 4,7)

O primeiro campo de batalha no qual nós atacamos o maligno é o nosso próprio coração. Precisamos lutar contra os Fariseus que existem em nós (Jo 8,3) e remover a trave em nossos próprios olhos (Mt 7,5). Então poderemos remover o cisco dos olhos de outras pessoas. Quando a nossa obediência é completa, nós podemos fazer com que todo pensamento se volte para Cristo (2Cor 10,5.6).

Em resumo, o nosso trabalho é amar o pecador, mas odiar o pecado, levar ao arrependimento pessoal, ou convencer e converter outras pessoas se elas se demorarem a se arrepender. Nós temos a autoridade e o poder para fazer todas essas coisas e, desse modo, seremos bem sucedidos(as).

Oração: Pai, que nessa Quaresma eu possa realizar as Tuas tarefas e não as minhas.

Promessa: “… Disse, então, Jesus: ‘Nem eu te condeno. Vai, e de agora em diante não peques mais.’” (Jo 8,11)

Louvor: Jonas partilha sua fé com o seu irmão enquanto ora para que ele retorne à Igreja.

Terça-feira, 31 de Março de 2020        

Nm 21,4-9                        Sl 102(101),2.3.16-21                              Jo 8,21-30

VOCÊ É QUESTIONADO COMO PAI?

“Eles não compreenderam que ele lhes falava do Pai.” (Jo 8,27)

Apresentamos aqui um rápido teste sobre o Evangelho das Missas desta última semana. Sobre quem Jesus está falando?

– Hoje: ‘… aquele que me enviou é verdadeiro e digo ao mundo tudo o que dele ouvi.” (Jo 8,26)

– Sexta-feira: “… não vim por minha própria vontade, mas é verdadeiro aquele que me enviou e que não conheceis. Eu, porém, o conheço, porque dele procedo, e foi ele quem me enviou.” (Jo 7,28.29)

– Quinta-feira: “… Jamais ouvistes a sua voz, nem contemplastes a sua face, e sua palavra não permanece em vós, porque não credes naquele que me enviou.” (Jo 5,37.38)

Espero que você saiba a resposta a todas essas questões. A resposta é clara: Deus Pai.

O seu dever de casa é prestar muita atenção às leituras do Evangelho que serão apresentadas nos próximos três dias. Eu desafio você a acertar todas as três colocações sobre o Pai nesses três dias. Se assim o fizer, você estará imitando a Jesus muito bem, pois Ele está sempre centrado em Seu Pai (Jo 5,19). Você está impregnado(a) pela presença do Pai? Ou você acertou a todas as questões, mas esqueceu-se d’Ele ao final do teste?

Oração: Pai, nunca permitas que eu me esqueça de Ti, mesmo que seja por um momento.

Promessa: “… Quando tiverdes elevado o Filho do Homem, então sabereis que EU SOU e que nada faço por mim mesmo, mas falo como me ensinou o Pai.” (Jo 8,28)

Louvor: Ricardo diminuiu as suas horas de trabalho, reduzindo assim sua receita, de modo a dedicar mais tempo à sua família.