Formação

A formação Cristã leva o Católico a conhecer a mensagem de Jesus.
Ele comunica a revelação do Pai de maneira total, clara e definitiva.
Formar-se na Fé é conhecer a mensagem de Cristo.
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Aprendendo a olhar

Na verdade, não são os acontecimentos que nos fazem sofrer…..

Imagine-se andando por uma calçada com os braços carregados de pacotes e alguém colide brutalmente com você, fazendo-o cair e esparramando seus mantimentos. Quando você se levanta do meio de ovos quebrados, suco espalhado pelo chão, está pronto para gritar: “Idiota! O que há de errado com você? Está cego?”

Mas, bem antes que tome fôlego para falar, você percebe que a pessoa que colidiu com você é realmente cega. Ela também está estirada no meio dos mantimentos espalhados e não consegue se levantar, pois sua bengala está jogada no chão.

A raiva pelo tombo passa na mesma hora. Imediatamente seu coração é tomado por uma compaixão e pela demonstração de simpatia e caridade. Você logo se oferece para ajudar a pessoa a se levantar. Com certeza, pede desculpas e se preocupa em saber se a pessoa se machucou, se precisa de cuidados.

Esse é um lindo retrato de nossa vida. Quando percebemos claramente que a fonte da desarmonia e da miséria no mundo é a ignorância a respeito da dor e do problema do outro, podemos abrir a porta do coração e permitir que a graça de Deus aconteça em nós e através de nós.

Uma das maiores causas – se não a maior – de nosso sofrimento é a maneira como enxergamos a vida e tudo aquilo que nos acontece. Na verdade, não são os acontecimentos que nos fazem sofrer. Sofremos pela maneira como olhamos para os acontecimentos. Todo ponto de vista é a vista a partir de um ponto. Quando privilegiamos um ponto negativo, passamos a enxergar tudo com as lentes da negatividade. O pior não está nem tanto no olhar negativo, mas na concentração estragada, encardida do olhar.

Precisamos aprender a olhar a vida pela ótica de Deus. Para isso, necessitamos de alguns exercícios contínuos de aprendizado do olhar:

– Olhar a vida como dom e presente a ser cultivado; como graça que precisa ser acolhida com responsabilidade e gratidão.

– Olhar a morte com a serenidade de quem sabe porque vive. Aliás, só tem dificuldade de olhar a morte quem não aprendeu a saborear a vida. Jesus ensinou, em Bethânia: “Se creres, verás a glória de Deus” (João 11,40).

– Olhar para si mesmo com paciência e generosidade. Às vezes é mais fácil ser generoso com os outros do que com a gente mesmo. Tem muita coisa que gostaríamos de mudar em nós que só depende de nós, mas que ainda não conseguimos. Paciência e perseverança.

– Olhar para os outros sem as armas que costumamos trazer escondidas no coração, pelo preconceito, pela inveja, pelo medo, pelo ciúme. Olhar para os outros como convite para a nossa própria melhora.

– Olhar para Deus como amor que é. Deus é Pai, que ama com amor infinito e incondicional. Precisamos treinar imaginar Deus sorrindo. A Bíblia não tem medo de afirmar que Deus gosta de rir e sorrir.

– Olhar para as coisas dando-lhes o devido lugar. Nada nem ninguém que esteja fora do coração humano é capaz de preenchê-lo. As coisas são instrumentais que nos ajudam, mas não podem ser absolutizadas.

– Olhar com caridade para aqueles que nos machucam – caridade suficiente para compreendermos que, como nós, são pessoas limitadas, fracas, falhas, sujeitas aos dissabores da vida.

– Olhar com gratidão para as pessoas que nos amam, procurando corresponder a elas. Saber-se amado é gota fundamental de cura, em qualquer tempo, para qualquer idade.

– Olhar com humor: o humor é fundamental para o equilíbrio humano. Ele nos dá a graça de tomarmos distancia de nós mesmos e dos acontecimentos. Ele nos permite colocar todas as coisas em perspectiva e tirar o tom dramático dos acontecimentos. O humor ajuda a ver a vida com olhos novos, com novos pontos de vista. O humor realça as incertezas de nossa vida, mostrando-nos que ela não é previsível. Viver é acolher cada dia, como novo – completa e absolutamente novo. O humor nos ajuda a perceber que as coisas são relativas. Quem é muito sério acaba se achando muito importante e por isso não gosta do humor, que poe em risco a máscara, a couraça, a casca que reveste o balão do orgulho prepotente. O humor ajuda a desinchar o balão, pois quebra a casca.

.: Trecho do livro: Gotas de Cura interior

Padre Léo, SCJ

Arma poderosa no sangue de Jesus

Queridos irmãos e irmãs, neste acampamento sobre o bom combate, “combate o bom combate da fé” vemos que a arma mais poderosa que o combatente tem na mão, o poder máximo que Deus entrega nos seus lutadores é o sangue de Cristo. Revestidos com o sangue do Senhor somos invencíveis, ele é o máximo poder no céu, na terra e nos infernos. O mundo dá voltas, ele gira, mas a cruz de Cristo sempre fica firme, e dela jorra sangue e água. Quero que apropriemos deste poder que está a nossa disposição, que toda força de Deus seja derramada sobre cada um de nós.

“Porque todo o que nasceu de Deus vence o mundo. E esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé
.” (I São João 5,4) Como se nasce de Deus para vencer o mundo, combater o bom combate? Nos explica o autor da carta de São João, é pela que fé que somos constituídos filhos de Deus, por isso vamos deixar nossos medos, nossas ambiguidades, vamos enfrentar os demônios na fé.

Todo o que nasceu de Deus vence o mundo, não tem ascepção, você não tem o direito de dizer que não permaneceu no caminho de Deus porque é fraco, pois não é a debilidade da sua vontade, mas é a fé na verdade que nos faz vitoriosos.

O mundo já foi vencido, e o que nos parece derrota, que nos parece fraco, a nossa fé venceu o mundo, não tem muro, não tem abismo, morte, tribulação, a nossa fé recebida de Deus por Cristo venceu o mundo, o mundo está vencido e derrotado. Por que temer o mundo? Um combatente temeroso está derrotado, não há porque ter medo, Cristo é vencedor do mundo. A fé em Jesus como filho de Deus, nos deu o poder de sermos filhos de Deus.

Como tem tantas interpretações de Jesus, ilusões, fantasias em relação a Jesus, a palavra de Deus quer definir em que consiste esta fé, esse Jesus que é filho de Deus, veio pela água e pelo sangue, essa é definição do filho, onde está a arma da vitória, precisamos voltar o olhar para aquele que João define como vencedor do mundo.

“Olharão para aquele que transpassaram” (Zc 12,10), é aí que vem a força do combatente, aí se concentra a fé na vida eterna, isso para que fujamos da tentação de um Cristo ressuscitado segundo nossa teologia, necessidade e exigências, não tem nenhum ressuscitado igual as nossas exigências, é inconfundível o ressuscitado tem as chagas abertas, ele nos convida tocar as chagas, a colocar o punho dentro de suas chagas, expressão atual e eterna do amor de Deus.

Cristo Jesus com lado aberto, fonte da fé, do poder na Igreja e única para vida eterna. Assim como crucificado fora da compreensão da ressurreição não tem vida eterna, tudo é fracasso, Jesus é o que veio pela água e pelo sangue, Ele é o filho de Deus, bendito e glorioso.

Não com a água somente, insiste o apóstolo João, mas com a água e o sangue. Em São João 19, o evangelista interpreta a cena do transpassado, por duas profecias “Nenhum dos seus ossos será quebrado” (Ex 12,46) e “Olharão para aquele que transpassaram” (Zc 12,10), como cordeiro pascal, que o sangue que é libertador, derramado por nós na cruz. O sangue do cordeiro de Deus é a libertação, o sangue que nos protege, que tira o pecado do mundo, que liberta o povo de todo opressão, esse sangue que recebemos na eucaristia.

Como diz São João “quem comete pecado é escravo do pecado”, esse poder para regenerar tem o sangue de cristo, que jorra do lado aberto de cristo. O sangue que emana do lado cristo é o sangue da nova aliança que leva consigo um Espírito novo, “eu vos arrancarei o coração de pedra e vos darei um coração de carne”(Ez 36,26), eu farei com ele uma aliança.

Esse é o sangue da aliança, da comunhão, que nos chama atenção no sangue de Deus, sangue, poder, comunhão, alegria, esperança para o povo, para história marcada, força para testemunhar. Paulo nas cartas ao romanos 3, Deus destinou, constituiu Cristo como vítima de apropriação de nossos pecados pelo seu sangue. Pelo sangue de Cristo, esse sangue que jorra do lado aberto de Cristo somos justificados, perdoados, deixamos de ser pecadores, injustos, covardes, adúlteros, Deus constituiu como vítima de expiação, aproximando de Deus toda a humanidade, no sangue de Jesus somos curados e santificados. Esse sangue que se faz presente em cada Eucaristia.

Reconciliai com Deus no sangue de Cristo, pois Deus o fez vítima, Deus entregou por amor o seu próprio filho, por isso reconciliai com Deus, pelo sangue de Cristo derramado, onde ele lava os pecados do mundo.

Dom José Luiz Azcona

Bispos da Prelazia de Marajó (PA)

Castidade: Deus quer, você consegue!

A castidade não é para anjos, é para nós que queremos viver o caminho do Senhor. Existem meios, maneiras, para você conseguir essa graça. A busca pela santidade é até o fim da vida, nunca estaremos prontos.

Castidade, no Catecismo da Igreja Católica, é a integração da sexualidade na pessoa. Só isso? Só, mas dentro desta definição existe um mundo de descobertas. A sexualidade é mais do que um órgão genital.

Escutamos muito sobre sexo, pornografia, libertinagem com o corpo… Hoje, homens e mulheres são vistos como objetos pela sociedade; pelas novelas, por exemplo. Isso vai contra a nossa natureza, pois viemos do amor e da bondade.

Precisamos escolher o caminho de Deus para encontrar a verdadeira felicidade. É feliz aquele que espera no Senhor! Só é feliz por completo aquele que vive intensamente, – mesmo que lutando, caindo e levantando –, em Deus.

Satisfazendo os nossos prazeres seremos infelizes. Você acha que sexo com vários parceiros fará de você uma pessoa feliz? Se pensa assim, está enganado. A castidade é uma porta aberta para nos conhecermos e ficarmos felizes com nós mesmos e com os outros. Você é amado por Deus, Ele quis você antes do seu pai e da sua mãe. Honre o Seu amor!

A castidade parte de viver o verdadeiro amor. Precisamos recuperar a beleza da criação. Depois de ter criado tudo na terra, Deus viu que era bom que o homem tivesse uma mulher.

Veja em Gênesis 1, 25-31:

“Deus fez os animais selvagens segundo a sua espécie, os animais domésticos igualmente, e da mesma forma todos os animais, que se arrastam sobre a terra. E Deus viu que isso era bom. Então Deus disse: ‘Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastem sobre a terra’. Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher. Deus os abençoou: ‘Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra’. Deus disse: ‘Eis que eu vos dou toda a erva que dá semente sobre a terra, e todas as árvores frutíferas que contêm em si mesmas a sua semente, para que vos sirvam de alimento. E a todos os animais da terra, a todas as aves dos céus, a tudo o que se arrasta sobre a terra, e em que haja sopro de vida, eu dou toda erva verde por alimento’. E assim se fez. Deus contemplou toda a sua obra, e viu que tudo era muito bom”.

O Senhor criou o homem e a mulher para se amarem e se respeitarem um ao outro, não para um se aproveitar do outro. A sexualidade vai muito além do que as novelas e a mídia passam. As coisas que se referem ao sexo não são erradas, impuras… Hoje eu quero que você saiba da importância da castidade, que saiba que é algo lindo que você pode viver!

Nós somos seres sexuados, nosso cabelo, nossa roupa, nosso modo de nos expressar são sexualidade… Temos de ver isso, que é bom em nós e usá-lo para a glória de Deus! Precisamos nos educar para essa sexualidade divina.

No Catecismo da Igreja Católica, parágrafos 2341-2345, diz assim:

“A virtude da castidade é comandada pela virtude cardeal da temperança, que tem em vista fazer depender da razão as paixões e os apetites da sensibilidade humana. O domínio de si mesmo é um trabalho a longo prazo. Nunca deve ser considerado definitivamente adquirido. Supõe um esforço a ser retomado em todas as idades da vida. O esforço necessário pode ser mais intenso em certas épocas, por exemplo, quando se forma a personalidade, durante a infância e adolescência.

A castidade tem leis de crescimento. Este crescimento passa por graus, marcados pela imperfeição e muitas vezes pelo pecado. Dia a dia o homem virtuoso e casto se constrói por meio de opções numerosas e livres. Assim, ele conhece, ama e realiza o bem moral seguindo as etapas de um crescimento.

A castidade representa uma tarefa eminentemente pessoal. Mas implica também um esforço cultural, porque o homem desenvolve-se em todas as suas qualidades mediante a comunicação com os outros. A castidade supõe o respeito pelos direitos da pessoa, particularmente o de receber uma informação e uma educação respeitem as dimensões morais e espirituais da vida humana.

A castidade é uma virtude moral. É também um dom de Deus, uma graça, um fruto da obra espiritual. O Espírito Santo concede o dom de imitar a pureza de Cristo àquele que foi regenerado pela água do Batismo”.

Quem diz isso não sou eu, o monsenhor Jonas Abib ou qualquer outra pessoa, é a Igreja Católica. A sexualidade é boa, foi Deus quem a criou. O problema é a falta de equilíbrio em nós, o pecado que a distorce. Precisamos viver o PHN (‘Por Hoje Não’ ao pecado) todos os dias, com a certeza de que o amor de Deus nos concederá a graça do equilíbrio, do amor a nós mesmos. Amar para amar os outros, a obra tem que começar em você!

Eu fui uma pessoa totalmente desregrada na sexualidade antes de me converter. O Senhor veio com Sua graça e me levantou. Se você vive como eu vivi um dia, recorra ao Seu amor que Ele lhe dará força. É um trabalho a longo prazo, demora a vida toda, mas vale a pena! Castidade: Deus quer, você consegue!

Eliana Ribeiro
Missionária da Comunidade Canção Nova.
Cantora e apresentadora de TV.

Combater pelo testemunho

No combate espiritual, o bom combate que nos fala São Paulo, no qual queremos tratar e assumir com responsabilidade Cristã, é um combate abrangente, entre as trevas e a luz, onde todos estamos envolvidos. Não há como dizer eu não estou envolvido, pois todos estamos envolvidos.

É importante que de ante-mão tenhamos a certeza de que a vitória já esta conquistada pela vitória de Jesus, São João no cap.19 começa dizendo como era a preparação para que os corpos não ficassem na cruz durante o sábado. Na pessoa de pilatos, nos soldado que ele manda arrematar a vida dos crucificados, vemos a concretização daqueles que lutam contra a luz, que parece vencê-la com a morte de Jesus na Cruz. É como um paradigma, aqueles que estão em luta e aquele que parece vencido pela lança do soldado e é exatamente o contrário, pois de Jesus sai sangue e água, sinal de vida, com sua morte Ele dá vida a todos.

Paulo exorta com fé a Timóteo dizendo: “Combate o bom combate da fé. Conquista a vida eterna, para a qual foste chamado e fizeste aquela nobre profissão de fé perante muitas testemunhas.” (I Tm6,12). Entra no combate, não fique na inércia de tantos católicos sentados esquentando os bancos de discípulos que deviam estar lutando. Quem te carrega é Jesus no combate da fé.

Diante de muitas testemunhas, num contexto que foge a nossa compreensão, num contexto de luta, Timóteo tinha o belo testemunho, o de Cristo que Deus testemunho diante de Pôncio Pilatos, isto que aconteceu num contexto de fé glorioso “Em presença de Deus, que dá a vida a todas as coisas, e de Cristo Jesus, que ante Pôncio Pilatos abertamente testemunhou a verdade” (I Tm6,13). Aqui vemos o bom combate espiritual, Cristo enfrentando o poder das trevas, aqui representado por Pôncio pilatos.

Vamos penetrar mais profundamente neste testemunho belo “ Jesus, que se entregou como resgate por todos.” (1Tm 2,6). O grande testemunho que Jesus dá é a sua morte. “O Pai me ama, porque dou a minha vida para a retomar. Ninguém a tira de mim, mas eu a dou de mim mesmo e tenho o poder de a dar, como tenho o poder de a reassumir.” (Jo 10,17-18) . Ninguém tira a minha vida, eu a entrego voluntariamente, tenho uma razão superior do estado, eu entrego a vida por amor. Diante dos absurdos o cristão entrega a vida porque quer, pela liberdade que Cristo dá e que deve amadurecer na luta no combate.

Em João somos ensinados como devemos proceder no combate deste mundo, “Respondeu Jesus: O meu Reino não é deste mundo. Se o meu Reino fosse deste mundo, os meus súditos certamente teriam pelejado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu Reino não é deste mundo. Perguntou-lhe então Pilatos: És, portanto, rei? Respondeu Jesus: Sim, eu sou rei. É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo. Todo o que é da verdade ouve a minha voz.” (Jo18,36-37). Jesus veio dar testemunho da verdade que complica as autoridades deste mundo, Ele deu a vida, não é somente ir no grupo de oração e fazer pedidos, isso também, mas o bom combate da fé é dar testemunho da verdade que exige confronto.

A primeira coisa que o combatente deve possuir é a coragem e perder o medo, é uma palavra de conversão de realismo da fé, de sinceridade diante do crucificado, glorificado porque foi levantado. Jesus quer que seus súditos e seus soldados percam o medo e tenham coragem “Porquanto os filhos participam da mesma natureza, da mesma carne e do sangue, também ele participou, a fim de destruir pela morte aquele que tinha o império da morte, isto é, o demônio, e libertar aqueles que, pelo medo da morte, estavam toda a vida sujeitos a uma verdadeira escravidão.” (Hb 2,14-15). Nosso combatente aparece como vencedor da morte, é o capitão vitorioso diante de uma inimigo tão perigoso como a morte. Diante do perigo de morte, pela fé precisamos dar testemunho da justiça e o do bem comum, sem esse é impossível enfrentar a morte. Que tenhamos todos esta atitude de testemunho, jogar o medo para fora, pois Cristo é o vencedor da morte, afim de pela morte destruir o imperador da morte, que é o demônio. É pela morte que Ele vence o tentador, pelo qual Jesus libertou a humanidade do temor da morte.

Se renuncias o medo és um bom combatente, um combatente que possui medo está fora da graça de Deus.

O medo que jogou para fora, venceu o demônio que domina a humanidade pelo medo da morte e por isso que essa palavra de Deus nos convida a combater o bom combate, conversão a radical, contextualizar essa radicalidade na nossa história, um compromisso enorme. O medo tomou conta dos combatentes, esse medo levou a afastar-se da realidade, e aquele que devia ser sal do mundo se converteu em sal insonso, não pela sua autenticidade de ser de Deus, mas pela falta de convicção, é por isso que devemos fazer um exame de consciência, até que ponto a esse sal se converteu em sal insonso que não serve mais para nada, parecendo ser sal, mas não sendo sal, parecendo luz, mas não sendo luz?

Onde está combate dos católicos, escondido debaixo do banco? Acham que entraram no reino dos céus gritando aleluia? Só entraremos no Reino do Céus se formos o sal da terra, combatendo o bom combate da fé verdadeira, autentica do testemunho de Jesus.

Onde está sentido dos cristão? O que estamos fazendo? Nós queremos enfrentar a realidade não queremos baixar a cabeça, nos queremos lutar , a mensagem de Cristo não é somente uma mensagem de fé, mas uma mensagem de costumes dentro da Igreja.

A nova evangelização deve assumir o que São Paulo que nos orienta como sermos combatentes: “Eu vos exorto, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, a oferecerdes

vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus: é este o vosso culto espiritual. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito.” (Romanos12,1-2). Este mundo que não aceita as doutrinas da Igreja, que a única coisa que fala “é que a Igreja pode é falar da sua doutrina, mas não eu não preciso seguir”, isso é expulsar a Deus e matar a Cristo, é não conhecer a soberania do Rei, é não acolher a lei, essa lei que nos leva a uma liberdade interior. É corresponder a Satanás que está por trás de todo combate espiritual.

“Não vos conformeis com este mundo” passado pelos meios de comunicação, pelos políticos. Para superar essa revolta que temos dos mandamentos de Jesus, precisamos olhar para Jesus. Como temos brincado, desprezado o corpo de Cristo. Desprezado a graça do nosso batismo, como temos abandonado a Deus, nos constituindo um povo sujo, precisando que seu sangue lave nossa mente.

Queridos, combatei o bom combate que nasce ao pé do cruz sejamos soldados destemidos, porque Cristo venceu a morte e estamos com Ele, entremos no combate com toda audácia, não só como pregadores, mas como testemunhas do cotidiano, testemunha na justiça e na verdade.

Saber discernir oque é bom e que o mal, há tanta confusão entre nós que não conseguimos discernir a vontade de Deus, que não é a vontade deste mundo, Cristo não teve medo diante dos grandes, com simplicidade Ele deu testemunho da verdade. Jesus nos ensina a dar testemunho da verdade e da justiça. Levanta-te combate o bom combate no nome de Jesus e com a graça de Nossa Senhora.

Dom José Luiz Azcona
Bispos da Prelazia de Marajó (PA)

Comunhão dos Santos

Quando se celebra a Eucarístia, quer seja numa capelinha humilde e pobre ou numa grande catedral, quando o padre realiza os gestos e as palavras de Jesus, uma multidão de anjos se faz presente, louvando, cantando, mas também suplicando aos homens que saiam da distração, do torpor, do esvaziamento.

Eles suplicam para que os homens entendam e se coloquem no mistério. Os anjos percebem o nosso torpor, ficam estarrecidos quando vêem os homens não entenderem nada do que está acontecendo na Santa Missa. Juntamente com os anjos estão os santos, nossos intercessores, que “torcem” por nós.

Os santos que foram os heróis da Igreja, que provaram pela vida sua adesão a Jesus, ao Evangelho e à vida cristã. Além daqueles santos, que a Igreja canonizou, existe ainda uma multidão de pessoas simples, humildes, parentes nossos, pessoas íntimas, que estão no céu, com Deus, e povoam nossas missas. Elas vêem o sacrifício de Jesus sendo perpetuado no céu e também se extasiam vendo a sua realização em cada Missa.

Certamente os nossos entes queridos estão “torcendo” por nós, para que acordemos e percebamos a linda realidade que acontece em cada Santa Missa. Nela, Cristo é o Celebrante: é Ele quem se oferece ao Pai. É Ele quem ora, quem intercede. O sacerdote que celebra, O torna visível e O representa. Mas nós todos somos “concelebrantes”: celebramos com Cristo que ali realiza a celebração: e nós somos parte deste corpo. Cristo é o celebrante dos celebrantes.

Ele renova e atualiza em cada Missa o Seu sacrifício. Missa não pode servir apenas para pedir pelas almas dos nossos falecidos. Ela realmente tem um grande valor para a purificação dos nossos entes queridos, que estão ainda no purgatório, mas isso é mínimo diante do valor profundo dela. As necessidades do mundo inteiro estão presentes em cada Missa. Cristo as assume.

A Missa não pode transformar-se num palanque de comício social ou político. Ela pode transformar as estruturas sociais, mas não é fazendo do altar um palanque que isso acontecerá. Esse não é o caminho. A Missa precisa ser Missa, para que as estruturas sociais sejam transformadas. Por isso, o inimigo de Deus quer denegrir, desmoralizar e esvaziar o valor do sacrifício da Eucaristia.

Trecho extraído do livro “Eucaristia: nosso tesouro”, de padre Jonas Abib.

Confessar-se para quê?

É comum encontrarmos dificuldades de nos recordar de nossos pecados

O orgulho nos leva à falsa convicção de que não temos pecados. Devemos ter a humildade de reconhecer nossas faltas e de as confessar ao sacerdote. Não raras vezes é comum encontrarmos dificuldades em nos recordar dos pecados cometidos. Por ser um fato freqüente, leia os Mandamentos da Lei de Deus e siga o roteiro abaixo descrito, o qual servirá como um verdadeiro auxílio para revisão de vida:

EXAME DE CONSCIÊNCIA (com base nos 10 Mandamentos)

1º. Amar a Deus sobre todas as coisas.

– Tive vergonha de testemunhar meu amor a Deus;

– Fui relaxado e não cultivei minha união com Deus. Não fiz a leitura e meditação da Palavra;

– Revoltei-me contra Deus nas horas difíceis. Alimentei supertições;

– Durante o dia nunca ou raramente dirijo o pensamento a Deus. Faltei à oração de cada dia;

– Duvidei da presença de Deus em minha vida? não alimentei minha fé;

– Não fui fiel à oração com minha esposa-esposo e filhos?

2º. Não tomar o nome de Deus em vão.

– Jurei falsamente ou jurei desnecessariamente;

– Usei o Nome de Deus ou símbolos religiosos sem o devido respeito;

– Busquei a Deus e a Igreja somente nas horas de necessidade?

3º. Guardar os Domingos e dias Santos.

– Faltei à Missa aos Domingos e dias Santos por preguiça, por conveniência;

– Vivi meu Domingo para comer, beber, dormir e ver televisão;

– Sem precisar, entreguei-me ao trabalho aos Domingos;

– Obriguei meus funcionários ao trabalho aos Domingos;

– Não usei dos Domingos para estar com minha família, para visitar alguém?

4º. Honrar pai e mãe.

– Agredi meu pai ou minha mãe com palavras, gestos, atitudes;

– Descuidei-me deles na hora da doença ou na velhice;

– Não procurei ser compreensivo com eles;

– Deixei passar longo tempo sem visitá-los;

– Por orgulho, tive vergonha de meus pais?

5º. Não matar.

– Pratiquei o aborto, fui cúmplice ou apoiei alguém que abortou;

– Usei drogas, fui além dos limites na bebida alcoólica e no cigarro;

– Não cuidei da minha saúde ou da saúde das pessoas que dependem de mim;

– Feri as pessoas com olhar, ou as agredi fisicamente ou grosseiramente;

– Alimentei desejos de vingança, ódio, revoltas e desejei mal aos outros;

– Neguei o perdão a alguém;

– Não gastei, ao menos um pouquinho de meu dinheiro, para ajudar aos necessitados;

– Pensei ou tentei o suicídio;

– Fui racista e preconceituoso, ou não combati o racismo e os preconceitos?

6º. Não pecar contra a castidade.

– Descuidei em lutar pela minha santificação;

– Não disciplinei os meus sentidos, instintos, vontade;

– Dei espaço à sensualidade, erotismo, pornografia;

– Gastei tempo e dinheiro com filmes, revistas, espetáculos e sites da internet desonestos;

– Caí na masturbação;

– Assediei alguma pessoa, induzi alguém ao pecado;

– Vesti-me de maneira provocante;

– Entrei na casa do Senhor com trajes inadequados;

– Fui malicioso em minhas relações de amizade?

7º. Não furtar.

– Aceitei ou comprei algo que foi roubado;

– Estraguei bens públicos ou de outras pessoas;

– Desperdicei dinheiro em jogos, bebidas e diversões desonestas;

– Prejudiquei alguém, usando de pesos e medidas falsas, enganando nas mercadorias e negócios;

– Explorei alguma pessoa ou não paguei o justo salário;

– Não administrei direito meus bens e deixei de pagar minhas dívidas?

8º. Não levantar falso testemunho.

– Envolvi-me em mentiras, difamações, calúnias, maus comentários, fiz mau juízo dos outros;

– Fingi doença ou piedade para enganar os outros;

– Desprezei pessoas simples, pobres e idosas, deficientes físicos ou mentais;

– Dei maus exemplos contra a Religião, na família, na escola, na rua, no trabalho?

9º. Não cobiçar a mulher do próximo.

– Alimentei fantasias desonestas, envolvendo outras pessoas;

– Deixei de valorizar meu cônjuge;

– Pratiquei adultério (uniões sexuais antes ou fora do casamento);

– Não soube desenvolver um namoro maduro e responsável, enganando a (o) namorada (o);

– Não fugi das ocasiões ou lugares próximos do pecado?

10º. Não cobiçar as coisas alheias.

– Tenho sido invejoso;

– Apoiei movimentos políticos que se organizam com o fim de invadir e tomar as propriedades alheias;

– Violei segredos, usei de mentiras, ou não tenho combatido o egoísmo;

– Sou dominador, não aceitando a opinião ou sucesso dos outros;

– Fico descontente ou com raiva diante da prosperidade material e financeira de meu próximo?

Catecismo da Igreja Católica

Curados para Amar

O valor do perdão

Filhos e filhas, ser curado em Deus não há milagre maior. É o que mais Deus deseja é que sejamos libertados. E para ser liberto, é preciso perdoar.

“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade; Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição.” Colossenses 3:12-14

Um elemento importante para cura acontecer é o perdão. Só consegue perdoar quem tem compaixão, bondade, humildade, caso contrário não tem como perdoar. A vingança tem um sabor momentâneo de vitória.

Perdoar não é só sentimento, não é apenas uma questão emocional, mas questão de decisão, de vontade. Perdoar é libertação, mas não é mágico, é vontade e muita decisão. O perdão é gradativo.

Boa parte da nossa vida precisamos retomar as nossas feridas e pedir para Deus curar-me mais. Quanto tempo você passa para curar uma lesão? Quantas vezes machucamos varias vezes as vértebras no nosso casamento, nas amizades e queremos ser curado em um ida a um acampamento, ou a um grupo de oração.

Quantas vezes fica se programando,vai ter volta, vou revidar. Cuidado com o que você deseja. Perdoar não é esquecer, pelo contrario.

Curar parte de uma vontade cristão, que não parte da lógica humana, mas de filhos de Deus, como santos e amados.

Não minimize a dor, não adianta você querer amenizar a dor. Reconhecer que foi ferido, que foi machucado, mas ao mesmo tempo peguntar o que posso aprender com essa machucadura.

O primeiro sentimento que nos ajuda a ser curados é o sentimento de compaixão, é preciso nos colocar no lugar do outro. Compaixão é ter paciência com erro dos outro. Você não muda o passado, mas você pode escrever o presente.

Humildade é você reconhecer onde você foi frustrado. Olhe para trás e veja o que não está resolvida em Deus.

É difícil conviver com uma pessoa muita vingativa. Uma grande falta nossa é não perceber o pecado que há em nós e em nossa família. Se não temos consciência das nossas falhas, não vamos compreender a falha do outro. Se tenho consciência das minhas fraquezas, será mais fácil conviver com a fragilidade do outro.

Amar como Cristo

Estamos vivendo o tempo da páscoa até a tempestade. Somos chamados a olhar o Cristo ressuscitado.

“O peito aberto de jesus crucificado
Vejo os sinais de um deus apaixonado
Raios que curam, purificam e incendeiam
Luz redentora que aquece, inflama a alma”
Como compreender a ressurreição? A ressurreição é uma realidade palpável. O tempo da páscoa é um tempo de catequese profunda. Cada domingo é uma páscoa.

Domingo passado, foi o domingo do “Bom Pastor”. E no evangelho de hoje, o nosso olhar já está no pentecostes. Quando falamos de cenáculo, lembramos imediatamente do derramamento do Espirito Santo.

“Depois que Judas saiu do cenáculo, disse Jesus: “Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele.Se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará logo. Filhinhos, por pouco tempo estou ainda convosco. Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” (João 13,31-33a.34-35)

Se hoje pensássemos qual a mensagem deste domingo, podemos dizer que é a mensagem do amor. Mas não é qualquer amor, porque Jesus coloca o critério, amai como eu vos amei. Amar como Jesus nos amou.

Voltar em plena pascoa ao cenáculo na última ceia. Para falar que é preciso amar. E vários vezes Jesus falava – amai. Só repetimos a mesma coisa porque a pessoa ainda não está atendendo. “Naqueles dias, Paulo e Barnabé voltaram para as cidades de Listra, Icônio e Antioquia. Encorajando os discípulos, eles os exortavam a permanecerem firmes na fé, dizendo-lhes: “É preciso que passemos por muitos sofrimentos para entrar no Reino de Deus”. Os apóstolos designaram presbíteros para cada comunidade. Com orações e jejuns, eles os confiavam ao Senhor, em quem haviam acreditado. Em seguida, atravessando a Pisídia, chegaram à Panfília. Anunciaram a palavra em Perge, e depois desceram para Atália.Dali embarcaram para Antioquia, de onde tinham saído, entregues à graça de Deus, para o trabalho que haviam realizado. Chegando ali, reuniram a comunidade. Contaram-lhe tudo o que Deus fizera por meio deles e como havia aberto a porta da fé para os pagãos.”

Paulo e Barnabé anunciaram que era preciso estar firmes na fé. É preciso estar firme na fé para amar. Amar não como amamos, mas como Jesus que deu a vida.

Como conseguir amar as pessoas no mundo de hoje? Permaneça firme na fé.

O que nos faz estar firmes na fé? Palavra de Deus, oração.

Tenho receio que a nossa fé não seja firme. Quem não lê a Palavra de Deus está deixando sua fé veraneável.

Se você não consegue amar e perdoar lhe falta fé. Estamos cansados de pessoas que dão os primeiros passos na Igreja e depois abandonam.

Na segunda leitura, fala precisamos amar como Jesus amou, e ai está a ressurreição, a misericórdia, o Cristo que ama mesmo o pecador. Para amar com Jesus é preciso estar firme na fé, exercer a virtude da da compaixão, humildade e mansidão.

A medida do amor a Deus é o amor aos irmãos.

Padre Reginaldo Manzotti.

Hoje é tempo de ser feliz

Sempre é tempo de lançar sementes…

A vida é fruto da decisão de cada momento. Talvez seja por isso que a idéia de plantio seja tão reveladora sobre a arte de viver. Viver é plantar. É atitude de constante semeadura, de deixar cair na terra de nossa existência as mais diversas formas de sementes. Cada escolha, por menor que seja, é uma forma de semente que lançamos sobre o canteiro que somos. Um dia, tudo o que agora silenciosamente plantamos, ou deixamos plantar em nós, será plantação que poderá ser vista de longe…

Para cada dia, o seu empenho. A sabedoria bíblica nos confirma isso quando nos diz que “debaixo do céu há um tempo para cada coisa!”

Hoje, neste tempo que é seu, o futuro está sendo plantado. As escolhas pelas quais você procura, os amigos que você cultiva, as leituras que você faz, os valores que você abraça, os amores que você ama, tudo será determinante para a colheita futura.

Felicidade talvez seja isso: alegria de recolher da terra, que somos nós, frutos que sejam agradáveis aos olhos! Infelicidade, talvez seja o contrário.

O que não podemos perder de vista é que a vida não é real fora do cultivo. Sempre é tempo de lançar sementes… Sempre é tempo de recolher frutos. Tudo ao mesmo tempo. Sementes de ontem, frutos de hoje; sementes de hoje, frutos de amanhã!

Por isso, não perca de vista o que você anda escolhendo para deixar cair na sua terra. Cuidado com os semeadores que não o amam. Eles têm o poder de estragar o resultado de muitas coisas.

Cuidado com os semeadores que você não conhece. Há muita maldade escondida em sorrisos sedutores…

Cuidado com aqueles que deixam cair qualquer coisa sobre você; afinal, você merece muito mais que qualquer coisa.

Cuidado com os amores passageiros… Eles costumam deixar marcas dolorosas que não passam… Cuidado com os invasores do seu corpo… Eles não costumam voltar para ajudar a consertar a desordem…

Cuidado com os olhares de quem não sabe amá-lo… eles costumam fazê-lo esquecer que você vale a pena…

Cuidado com as palavras mentirosas que esparramam por aí… elas costumam estragar o nosso referencial da verdade… Cuidado com as vozes que insistem em lhe recordar os seus defeitos… e costumam prejudicar a sua visão sobre si mesmo.

Não tenha medo de se olhar no espelho. É nessa cara safada que você tem, que Deus resolveu expressar, mais uma vez, o amor que Ele tem pelo mundo.

Não desanime, ainda que a colheita de hoje não seja muito feliz. Não coloque um ponto final nas suas esperanças. Ainda há muito o que fazer, ainda há muito o que plantar e o que amar nesta vida.

Em vez de ficar parado no que você fez de errado, olhe para frente, e veja o que ainda pode ser feito…

A vida ainda não terminou. E já dizia o poeta que “os sonhos não envelhecem…”

Vá em frente. Sorriso no rosto e firmeza nas decisões.

Deus resolveu reformar o mundo e escolheu o seu coração para iniciar a reforma.

Isso prova que Ele ainda acredita em você. E se Ele ainda acredita, quem sou eu para duvidar… (?)

PE.FÁBIO DE MELLO

Indulgências significado e uso

Prof. Felipe Aquino 

Série Purgatório e Indulgências

O Catecismo da Igreja Católica esclarece sobre as Indulgências que podem ser alcançadas:

  • 1479 – Uma vez que os fiéis defuntos em vias de purificação também são membros da mesma comunhão dos santos, podemos ajudá-los obtendo para eles indulgências, para libertação das penas temporais devidas por seus pecados.
  • 1498 – Pelas indulgências, os fiéis podem obter para si mesmos e também para as almas do Purgatório, a remissão das penas temporais, seqüelas dos pecados.
  • 1032 – A Igreja recomenda também as esmolas, as indulgências e as obras de penitência em favor dos defuntos… “Não hesitemos em socorrer os que partiram e em oferecer nossas orações por eles.” (S. João Crisóstomo, Hom. In 1Cor 41,5)
  • 1471 – A doutrina e a prática das indulgências na Igreja estão estreitamente ligadas aos efeitos do Sacramento da Penitência.

“Indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida aos pecados já perdoados quanto à culpa, que o fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas condições, alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui e aplica, com autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos” (Paulo VI, Const. Apost., Indulgentiarum doctrina, 2)

“A indulgência é parcial ou plenária, conforme libera parcial ou totalmente da pena devida pelos pecados (Indulgentiarum Doctrina,2 ). Todos os fiéis podem adquirir indulgências (…) para si mesmos ou para aplicá-las aos defuntos” (CDC, cân 994).

  • 1472 – As penas do pecado. Para compreender esta doutrina e esta prática da Igreja, é preciso admitir que o pecado tem dupla conseqüência. O pecado grave priva-nos da comunhão com Deus e, consequentemente, nos torna incapazes da vida eterna; esta privação se chama pena eterna do pecado. Por outro lado, mesmo o pecado venial, acarreta um apego prejudicial às criaturas que exige purificação, quer aqui na terra quer depois da morte, no estado chamado purgatório. Esta “purificação” liberta da chamada “pena temporal” do pecado.

Condições para a Indulgência plenária (uma vez ao dia):

1 – Confessar-se e rejeitar todo pecado (uma Confissão para várias Indulgencias)

2 – Participar da Missa e Comungar com o desejo de receber a Indulgência (uma Missa e Comunhão para cada indulgência).

3 – Rezar pelo Papa ao menos: um Pai Nosso, Ave Maria e Glória.

4 – Escolher uma das atividades:

– Via Sacra na igreja diante dos quadros, ou

– Reza do Terço em família diante de um oratório, ou

– Adoração do Santíssimo diante do Sacrário, por meia hora, ou

– Leitura meditada da Sagrada Escritura por meia hora.

Intimidade com Deus - Padre Antônio José

Quero partilhar com você, algo sobre intimidade com Deus. Sobre a importância de poder ter um amigo, alguém íntimo, onde não precisamos usar máscaras, que podemos contar as nossas fraquezas e mesmo nos conhecendo não nos abandona.

Mas, por mais que tenhamos amigos no qual conversamos, e consideramos como nosso melhor amigo, haverá um momento em que esse amigo não estará, e nessa hora fica de pé aquele que tem a Deus.

Intimidade quer dizer: meter, colocar algo para dentro. Ter intimidade com alguém, é colocar alguém dentro do coração, intimidade com Deus e deixar Deus nos colocar no coração dele e colocar Ele dentro do nosso coração.

Eu quero ter intimidade com Deus, que Ele me atraia, me guarde no coração Dele. Para que no momento em que eu não tiver nenhum nome para chamar aqui na terra, eu possa clamar Pai, e Ele estará ali para me colocar no colo.

Mas ter intimidade com Deus, requer um preço. Desculpe se eu falar coisas que não será “cosquinha” no coração. Só existe uma escola onde se aprende a ter intimidade com Deus e esse lugar é a cruz. Cada dia que passa, o caminho vai se estreitando até que só caiba você, e ali você se deparará com a cruz. E nesse momento você vai passar a ser amigo de Deus.

Não dá para ter intimidade com Deus sendo apenas um espectador da cruz, mas sim quando subimos nela, é nessa hora que aprendemos a ser amigo de Deus. Existem caminhos, passos que nos ensinam a estar grudados no coração de Deus.

O primeiro passo está em (Luc22,39-45) “Conforme o seu costume, Jesus saiu dali dirigiu-se para o monte das Oliveiras, seguindo dos seus discípulos. Ao chegar àquele lugar, disse-lhes: ‘orai para que não caiais em tentação’.

Depois se afastou deles à distância de um tiro de pedra e, ajoelhando-se, orava: ‘Pai, se é de teu agrado, afasta de mim este cálice! Não se faça, todavia, a minha vontade, mas sim a tua’. Apareceu-lhe então um anjo do céu para confortá-lo. Ele entrou em agonia e orava ainda com mais instância, e seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra. Depois de ter rezado, levantou-se, foi ter com os discípulos e achou-os adormecidos de tristeza”.

Quando Jesus tinha que tomar uma decisão, passar por um momento difícil, Ele saía para um lugar para orar. Como Ele sabia que estava chegando o momento para a cruz ele foi buscar força.

E a Palavra diz que Jesus começou a entrar em agonia, e isso quer dizer que dentro dele havia uma luta interior. Naquela hora a humanidade de Jesus começa a tremer, estava com medo, mas queria fazer a vontade do Pai.

E naquele momento ele faz essa linda oração “Pai, se é do seu agrado, afasta de mim este cálice! Não se faça, todavia, a minha vontade, mas sim a tua”. A oração de Jesus era aquilo que estava em seu coração.

E você sabe que Jesus bebeu aquele cálice até o fim. E se você quer ter intimidade com Deus busque a vontade Dele na sua vida.

Talvez o Pai queira que você busque aquela pessoa para pedir perdão. Talvez você esteja numa situação, em que queira jogar tudo para o alto, mas Deus te pede: agüenta firme! Ou talvez o Senhor tenha pedido para você agüentar firme na sua enfermidade, e o Pai te diz: aceita, confie em mim.

Eu não sei qual é o cálice que Deus pede para você beber no dia de hoje, mas aceite, pois o seu coração se tornará cheio de Deus. Esse é o primeiro passo: “Senhor eu não queria que fosse dessa maneira, mas se é dessa maneira que o Seu coração se alegra eu bebo esse cálice”.

Todo o dia Deus nos oferece um cálice para que bebamos. Tem dia que o cálice é doce, e até bebemos com gosto, mas tem dia que o Pai oferece um cálice amargo. Mas se vem das mãos do Pai, beba, aceite, pois não é veneno, Ele não quer o nosso mal, quer apenas nos curar.

Cálice doce é motivo de gratidão, mas o cálice amargo é cura. Ainda que o cálice amargo venha das mãos do Pai, aceite, deixa Deus ser Deus.

Se você não aceita a vontade de Deus na sua vida, você pode levantar muito as suas mãos, dar muitos glórias a Deus, mas você não conhecerá o coração de Deus.

Se hoje você está recebendo um cálice doce, beba e agradeça. Mas se o seu cálice, está sendo difícil, ore a Deus, fale o que está no seu coração e aceite. Porque o próprio Jesus disse: “Se alguém me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e sigam-me”(Mc8,34).

“Ele ainda falava, quando apareceu uma multidão de gente; e à testa deles vinha um dos Doze, que se chamava Judas. Achegou-se de Jesus para o beijar. Jesus perguntou-lhe: ‘Judas, com um beijo trais o Filho do homem!'”.(Luc22,47-48)

Quem quer ter intimidade com Deus deve se preparar para a incompreensão e até mesmo para a traição. Seguir Jesus não é um passeio de férias, também não é uma ferida no corpo, mas sim uma ferida na alma. Os nossos inimigos não podem nos trair, mas sim os nossos amigos, aqueles dos quais nós esperamos compreensão.

Se você quer ter intimidade com Deus, aprenda a não julgar, a não matar as pessoas que te fazem mal dentro do seu coração.

Jesus à medida que ia seguindo a caminho da cruz, ia crescendo dentro Dele a força do Espírito Santo, por isso tinha força para pedir perdão. “Pai perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”.(Luc23,34) Você tem o direito de perdoar, de orar por alguém que te fez mal, de entregar essa pessoa nas mãos de Deus.

Jesus só pôde nos salvar na cruz, por que o Seu coração estava vazio de prisioneiros, Ele havia perdoado a todos. Existe um tipo de amor que salva, e esse é o amor que foi derramado na cruz, um amor perdão. Quem quer ter intimidade com Deus, precisa aprender a perdoar. Quando nos lançamos na cruz, mergulhamos no coração de Deus e assim vencemos a cruz.

Vencer a cruz não significa resolver todos os problemas. Por que muitas vezes resolvemos os problemas e continuamos remoendo ele no nosso coração. Quando humanamente não há esperança alguma, Jesus diz: “Pai nas tuas mãos entrego meu Espírito”(Luc23,46), porque Ele se lançou nas mãos do Pai.

Quando mesmo na dor você se entrega, a cruz se torna um trampolim para o coração de Deus. Quando você se entrega, mesmo nú, cheio de feridas, Deus se revela em glória o Seu coração.

Jesus na cruz, não via o que os outros viam. As pessoas às 15:00 horas, viam um céu fechado, mas Jesus via o céu aberto, o coração do Pai.

Se você estiver no alto da cruz, procure ver além das nuvens. Busque principalmente na sua dor, aquele que tem te buscado todos os dias. Faça da sua cruz um trampolim para se achegar ao coração de Deus.

O coração do Pai é dos crucificados, para aqueles que confiam na cruz. E se hoje você está na cruz, grite do fundo da sua alma: “Pai em tuas mãos entrego a minha vida”, e você receberá algo muito precioso, o coração do Pai, cheio de amor para te dar.

Mascarar as perdas ou aceitar a verdade

Não se deixe vencer pelo cansaço

Provavelmente você já tenha ouvido falar sobre a fábula atribuída a Esopo, lendário autor grego: “A Raposa e as Uvas”. Com pequenas variações, diz a narração que uma raposa vinha faminta pela estrada até que encontrou uma parreira com uvas maduras e apetitosas. Passou horas pulando tentando pegá-las, mas sem sucesso algum… Depois da luta e já cansada pelo esforço frustrado, saiu murmurando, dizendo que não queria mesmo aquelas uvas, porque afinal elas estavam verdes e não deviam ser boas. Quando já estava indo embora, um pouco mais à frente, escutou um barulho como se alguma coisa tivesse caído no chão… Não pensou duas vezes e voltou correndo por pensar que eram as uvas que estivessem caído, pois bem sabia que estavam maduras… Mas ao chegar lá, para sua grande decepção, era apenas uma folha que havia caído da parreira. A raposa virou as costas e foi-se embora resmungando, amargurada, pelo resto da vida.

Isso aconteceu com a raposa da fábula, mas não só com ela. Quantas vezes temos atitudes como esta diante dos nossos fracassos? Aliás, chega a ser uma tendência natural de quem não consegue atingir uma meta: denegri-la para diminuir o peso do insucesso. No entanto, esta postura não resolve o problema, pelo menos para quem deseja viver em paz consigo e com seus semelhantes. Ninguém é feliz, verdadeiramente, se não vive na verdade. “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (João 8, 32).

É verdade que precisamos aprender cada vez mais a difícil arte de saber perder para mantermos a paz interior, já que constantemente, conscientes ou não, vivemos a dinâmica da conquista e da perda. Se não lidarmos pacificamente com esse processo, correremos o risco de fugirmos da realidade e mentirmos para nós mesmos, quando a saída seria admitirmos nossos limites e buscarmos a superação com humildade e reconciliados com a dinâmica da vida.

A raposa sabia que as uvas estavam maduras e apetitosas e foi injusta consigo ao afirmar que estavam verdes e que não tinha interesse nelas. E nós? Nunca agimos assim? Ao mentirmos para nós mesmos optamos por viver na ilusão, travamos um duelo entre a verdade que está diante dos nossos olhos e a mentira que escolhemos ostentar. Não podemos seguir o exemplo do animal narrado na fábula. É tempo de reconciliação com a verdade que se esconde entre as máscaras, as quais, mesmo sem perceber, muitas vezes, vamos usando para disfarçar a dor das perdas.

A vida nos ensina que nem sempre ganhamos e nem sempre perdemos, mas uma coisa sempre acontece: acrescentamos experiência à nossa existência. Os erros trazem grandes lições e os acertos também, é preciso estar atentos aos detalhes.

Quando tudo parece perdido, calma! Sempre existe uma maneira de “virar o jogo”; por meio da fé, sabemos que Deus é o principal interessado em nos ajudar. Seu maior desejo é nos ver felizes. Recorramos a Ele!

Por mais que as “uvas”, que você deseja hoje, estejam distantes do seu alcance, não se desespere nem se engane dizendo que elas estão “verdes”. Admita a perda e lute pela vitória. O tempo é nosso aliado também nessa matéria.

Quem sabe se a raposa tivesse esperado um pouco não tivesse visto as uvas caírem aos seus pés? Talvez a vida hoje esteja lhe pedindo calma… O imediatismo próprio da nossa época, muitas vezes, nos rouba a sublime arte do saber esperar o tempo certo para cada coisa. Grandes sábios da história ensinam de diversas maneiras essa mesma lição.

Esperar o tempo de Deus, reconciliado com sua verdade, pode ser o caminho seguro para a felicidade que você procura. A cada amanhecer temos uma nova chance de acertar. Recomeçar, entre perdas e ganhos, faz parte da bonita dinâmica da vida.

Coragem! Temos um novo dia, uma nova chance.

Estamos juntos!

Você tem medo de quê?

As pessoas têm medo da verdade, da morte, de Deus, mas não têm medo do pecado

“Coragem! Eu venci o mundo” (João 16, 33).

Queridos irmãos e irmãs, de que vocês têm medo? Medo de escuro? Medo de cara feia? Medo de ficar sem emprego? O que causa os seus medos? Sabemos que medos grandes e pequenos existem em nosso coração. Sabemos que esse sentimento serve para nos tornar mais prudentes.

Muitas pessoas têm medo do passado. Medo das sombras do passado, as quais as arrastam e das quais não conseguem se libertar. Outras têm medo do presente; outras, do futuro e do que vai acontecer com sua família, e assim por diante. Até hoje o medo faz parte de nossa vida. Na nossa sociedade gostamos de inventar coisas de terror. Num filme de terror, embora saibamos que é criação, imaginação, ficamos até com os corações apertados.

Jesus, no Evangelho, diante de seus apóstolos, aterrorizados, diz: “Não tenhais medo, Eu estou convosco” (Marcos 6,50c e Mateus 28,20).

Muitas vezes ,você está apavorado no escuro, porque sua imaginação vai longe, você ouve o barulho de um bichinho e imagina um monstro. Na nossa vida espiritual, muitas vezes, também existem “monstros” porque estamos na “escuridão”, por isso é preciso iluminá-la. Um dos caminhos para se superar o medo é a confissão, porque nesse sacramento você depara com a verdade.

É preciso continuamente vencer o medo com a experiência da graça. A proposta é o amor, porque no amor não há temor.

Nos primeiros anos do meu ministério sacerdotal, havia uma grande tarefa para eu assumir e estava com muito medo. Fui conversar com um santo sacerdote e ele me disse: “Use este lema: ‘Eu não vos temo porque eu vos amo'”. Pois o amor vence todas as barreiras; a força do amor abala as estruturas do medo.

São Domingo Sávio dizia: “Antes a morte do que pecar”. Hoje as pessoas têm medo da verdade, da morte, de Deus, mas não têm medo do pecado. Será que é bonito gostar dos sete pecados capitais?

Hoje, pedi a Deus um “santo medo”: o medo de pecar. Quero ter medo de pecar, quero ter medo de fazer o mal; esse é um medo sadio porque é fruto do temor a Deus.

Deixemos que a graça de Deus nos afaste dos medos doentios e restaure em nós o temor a Ele. Que em tudo possamos ouvir a voz de Deus que diz: “Coragem!”. Coragem para lutar contra o pecado.

Dom Alberto Taveira
Arcebispo metropolitano de Palmas

Não tenha medo de Amar

Deus nos chama a viver o amor hoje. Conhecer é a base de tudo. É Ele quem deflagra o acolher, o assumir-se e o cooperar na realização do que cada um é. É preciso reconhecer cada pessoa. O ato de reconhecê-las traz a nota de uma atitude ativa, de um aplicar-se no reconhecer a realidade, a função e o desempenho de um membro do seu próprio corpo. Há aqui uma dupla dimensão: É necessário, de cada um, o empenho de se dar a conhecer a si e aos demais e de se deixar conhecer pelos outros.

Não se trata de um conhecer exterior, simplesmente intelectual. É muito mais. É o resultado de um penetrar-se uns nos outros, nos meandros das próprias vidas. Temos a grande sorte de vivermos juntos em família, em comunidade. Não podemos desperdiçar essa chance única. O mesmo serve para as famílias e as muitas comunidades em que estamos inseridos.

É no viver juntos que nos conhecemos e ‘soltamos’ as guardas e nos deixamos conhecer. Não é coisa fácil. Causa-nos até arrepios, talvez. Mas é preciso viver essa aventura, que exige de nós um empenho pessoal, crescente, de ir abrindo as guardas e ir se deixando conhecer. Só se ama aquilo que se conhece. Só se conhece aquilo que se ama. Estou pedindo a Deus que o seu coração se abra para estar com aqueles que Ele colocou ao seu lado.

Deus abençoe você,

Pe. Jonas Abib.

O coração combatente de Maria

Nosso Senhor nos concede a graça de contarmos, bem de perto de nós, com a presença de Maria, sua mãe, exemplo de combatente espiritual, de mulher de fé e de luta.

Sempre que Nossa Senhora se faz presente, a alegria se faz no coração dos filhos.

Queremos partir da dimensão de Maria combatente, desde o livro do Gênesis, que descreve a ação de Maria, como uma ação militante (Gn 3,15).

Existe pois um combate secular e eterno entre o demônio e a mulher, onde não pode haver tréguas. É um combate para sempre, onde se joga todo o futuro da humanidade. A vitória está na raça da mulher, na descendência dela, no filho da mulher. A vitória está profetizada por Deus no início da história humana.

A certeza da vitória de Deus sobre a serpente nos anima, mas nos perguntamos muitas vezes: como pode a Igreja estar em meio a tantas contradições e muitas vezes com aparente derrota? A promessa da vitória já está no inicio da história da humanidade.

Maria aparece na história como a mulher das dores, como a militante contra o demônio.

No Evangelho de São Lucas nós assistimos o tipo de militância de Maria e de combatente que ela terá ao longo de toda a sua existência, como vemos na Profecia de Simeão (Lc.2,33).

Jesus é o sinal de contradição. Jesus encontra adversários. É um combatente. E em Jesus de Nazaré está o destino de toda da humanidade. E participante desta condição está sua mãe.

Maria leva na vida uma espada transpassada em seu coração durante toda a sua vida, que decide a vitória contra o mal, com seu Imaculado Coração na condição de combatente, de colaboradora na obra salvadora de Cristo Jesus.

A verdadeira devoção a Maria segundo a Igreja, nos leva sempre para Jesus Cristo seu filho. Devoção que não leva a Jesus Cristo, portanto à Salvação, não é verdadeira devoção. O critério é este e não pode ser outro. Senão esta devoção não é eficiente, não leva a Jesus.

Uma devoção, uma militância que não nos leve a partir de Maria ao Sacrifício de Cristo, é uma devoção que nos leva à derrota.

Maria sempre nos leva a estar de pé no Calvário diante a Cruz. Maria que aceitou a Palavra de Deus, que é nossa mãe, nos facilita o acesso a Cruz, Maria viveu sempre a sombra da Cruz de Cristo.

“Quem quer me seguir tome a sua Cruz e siga-me”. Maria realizou plenamente este mandamento de Jesus, e nós, acompanhando Maria, nos deparamos com a vitória definitiva de Deus contra a serpente.

Como é difícil entregar nossa liberdade total a vontade do Pai, como é difícil dizer sim diante da morte, e Maria se associa livremente ao sacrifício de Jesus como mãe. Não disse um sim revoltado, mas um sim amoroso. E ela nos leva até Jesus. Com Maria ao nosso lado somos vencedores, Maria conhece os caminhos do coração.

Nós queremos ardorosamente, nós queremos apaixonadamente experimentar este carinho de Maria que nos leva a Jesus Crucificado, seu filho.

A vitória desta mulher, o combate desta mulher, chega ao cume da sua luta morrendo como vitima de imolação com seu filho Jesus, uma mulher guerreira.

Dom José Luiz Azcona
Bispos da Prelazia de Marajó (PA)

O encontro

As quatro dimensões do encontro com Jesus

O nosso encontro com o Senhor é um encontro sempre novo. De uma vez por todas, ninguém pode falar: “Eu encontrei Jesus”. Porque o encontro com Ele se renova cada dia através de novas experiências. O nosso convívio com Jesus é um convívio nupcial e como tal deve renovar-se a cada dia.

Um casal, para viver feliz, deve impor-se renovar a cada dia o próprio amor: o marido deve encontrar a esposa de uma forma sempre nova, criando situações e experiências que possam estimular o interesse recíproco e isso não requer sacrifício porque o amor é infinito e criativo.

Para clarear este conceito, costumo apresentar o encontro com Jesus sob quatro dimensões:

Encontro com Jesus que cura – É importante evitar o erro de pensar que quando encontramos Jesus que cura chegamos até o cume da experiência. Na realidade estamos somente no início da nossa caminhada! Estamos no primeiro degrau da escada! É o encontro do homem que grita: “Me ajudem”. É o grito do homem que olha mais para si mesmo do que para a pessoa de Jesus, mas é o nosso primeiro encontro.

Encontro com Jesus Mestre – Após tê-lO encontrado e ter experimentado a Sua misericórdia, vamos até Ele não mais para pedir, mas ao contrário para dar: “O que tenho que fazer Mestre?”. Esta é a dimensão de quem tem sede de saber o que Deus quer. Não mais se pergunta “o que me ajuda”, mas “o que Deus quer”. É claro que estamos em um nível mais alto. Estamos na frente do homem que está procurando a verdade.

Encontro com Jesus Amigo – Aqui a sede do homem é a prece, a intimidade com Ele. Sente-se uma grande necessidade de entrar em intimidade com Deus. Jesus freqüentemente acha lugares solitários para ficar a sós com o Pai. Ele sai à noite para rezar, ou de manhã cedo. Mais que uma prece para pedir (“dê para mim”), a Sua era um período de intimidade e união com Deus.

Encontro com Jesus Senhor – Neste encontro nos sentimos ser totalmente dEle, portanto entregamos tudo que somos e possuímos, inclusive nossos carismas. Isto significa dizer: “Pega o que queres da minha vida, Senhor! Não sou eu que devo projetar o que tenho que fazer, é Tu que deves falar por mim”.

Trecho tirado do Livro: Cura do mal e libertação do maligno, de Frei Elias Vella.

Frei Elias Vella, OFM

O perdão é a maior fonte de cura

A vida é uma eterna construção, um eterno recomeçar; é preciso ter disposição para isso. Felicidade é ter capacidade e humildade para levantar todas as vezes que caímos.

Chega o momento em que passa o furor das loucuras que cometemos, então pedimos perdão a Deus e recomeçamos. Nós sabemos da facilidade e da dificuldade que temos de perdoar e de de pedir perdão. Quando chegamos a uma situação que parece ser o nosso limite, olhamos e vemos que dá para caminhar um pouco mais.O Senhor nunca vai nos negar a oportunidade de recomeçar. Se você diz: “Eu preciso de uma vida nova”, lá de cima, Deus Pai o aplaude e desce depressa para socorrê-lo nesse bom propósito. Sem o Altíssimo não conseguimos essa graça. Todas as vezes em que tentamos e não conseguimos, foi porque não contamos com a graça divina.

Quer ser grande? Comece pelas coisas pequenas. Vá arrumando o que está ao seu alcance e o Senhor o fortalecerá; de forma que, para as grandes coisas, não lhe faltará a graça.

A oração nos cura, porque nos põe em contato com Aquele que é a fonte de toda cura. O restabelecimento físico é mais fácil, mas o do coração é complicado, pois para Deus intervir em nosso interior, Ele espera nossa permissão: “Eu me abro, Senhor”. Nesse instante o Senhor, que nos deu liberdade, começa a agir e a cura acontece. A cura mais delicada, a qual dura a vida inteira, é a espiritual e é a que nos faz mais felizes. Pois “Feliz é aquele cuja culpa foi cancelada” (Salmo 31 (32), 1a).

O que o demônio faz contra nós? Ele procura, por todos os meios, nos convencer de que Deus não nos ama e de que não existe mais solução para nós por não haver perdão para nossas culpas. No entanto, o maligno só entra se a porta estiver aberta. E quando é que ela está aberta? Quando trazemos culpa no nosso coração. Por essa razão, feliz de nós cujo pecado nos foi perdoado!

Feliz aquele em cujo espírito não há falsidade, aquele que não disfarça o seu pecado. É preciso confessar diante de Deus (cf. Salmo 31 (32), 5), porque pecado que não é confessado, não é perdoado, por isso quando fazemos o mal é preciso pedir perdão. É preciso pedi-lo sem falsidade e não ficar nos justificando e colocando a culpa do nosso pecado em outros por sermos incapazes de admitir a nossa culpa.

Quando nós dizemos: “Por minha culpa, minha máxima culpa”, Deus imediatamente vem em nosso socorro e nos perdoa.

As pessoas que têm situações não resolvidas, incomodam-se e não conseguem ficar na presença do Senhor, porque, se estamos em pecado, nos acuamos e sentimos um enorme peso sobre nós. E não é a presença de Deus que pesa, mas o nosso pecado que faz isso em nós, porque ainda que abandonemos o Senhor, Ele nunca fará isso conosco.

Mal acabamos de nos confessar e o perdão do Senhor nos alcança. A vida volta a brilhar dentro de nós, nada nos regenera tanto e nos faz nascer de novo como a confissão. “Por isso a Ti suplica todo fiel no tempo da angústia” (Salmo 31 (32), 6a). Deus perdoa a nossa malícia e todo o nosso pecado. E mesmo aquele que é justo peca sete vezes ao dia, mas por saber que Deus o ama, quando chega a angústia ele pede perdão ao Senhor. Pois a graça do Senhor envolve aqueles que confiam n’Ele.

Márcio Mendes
Comunidade Canção Nova

Os Anjos levam nossas preces ao Senhor

Retirado do livro de Pe Jonas Abib
“Anjos Companheiros no dia-a-dia” (páginas 18 a 20)

Se sua casa se tornar um santuário de oração, acredite: ela será visitada por Anjos. Mais ainda, o Anjo da guarda estará muito presente. Você não estará sozinho.

Muitas vezes, estragamos tudo porque queremos fazer as coisas por nós mesmos. É preciso que aconteça radicalmente o contrário. Ore, peça, interceda e tenha certeza: o próprio Senhor vai fazer com que o Anjo da guarda de cada pessoa da sua família entre em ação para trazer a paz, a concórdia, a libertação e a saúde de que precisam.

Quanto à educação das crianças, confie seus filhos ao Anjo da guarda de cada um deles; peça a ele que lhe dê sabedoria para educá-los, e ele irá derramá-la em sua mente e em seu coração. Também vai corrigi-lo em coisas que você não deve fazer. Se você ouvi-lo e obedecê-lo, obterá a sabedoria de que precisa para educá-los.

Se as coisas vão de mal a pior, é porque nossa vida e nossa casa não têm sido um lugar de oração; pelo contrário: tem sido um local onde todo mundo xinga, briga, se ofende; onde há muita pornografia, adultério… e onde, infelizmente, não se reza.

Chegamos ao ponto de ver pais que têm vergonha de abençoar os filhos. E filhos que não sabem pedir a bênção aos genitores. As pessoas têm vergonha até de fazer o sinal-da-cruz… Adoram a televisão, passam horas diante dela… e, assim, toda espécie de sujeira entra pelos olhos, ouvidos e coração. Com tudo isso, é claro, não se consegue tempo para rezar um terço, para unir a família em oração, para ler a Bíblia. Tem-se vergonha de Deus! Por isso as coisas vão de mal a pior.

Tudo vai depender de você. Se os outros não querem rezar, disponha-se, reze você! E saiba: além dos Anjos de Deus, infelizmente, a Palavra nos diz que existe uma multidão de espíritos malignos, de anjos decaídos – desobedientes e rebeldes – que estão também ao nosso redor. Vejamos a Carta de São Paulo aos Efésios:

“Para terminar, armai-vos de força no Senhor, da sua força onipotente. Revesti-vos da armadura de Deus para estardes em condições de enfrentar as manobras do diabo. Pois não é o homem que afrontamos, mas as Autoridades, o Poderes, os Dominadores deste mundo de trevas, os espíritos do mal que estão nos céus. Lançai mão, portanto, da armadura de Deus, a fim de que no dia mau possais resistir e permanecer de pé, tendo recorrido a tudo” (Ef 6, 10-13).

Compreenda: você não luta contra seu marido que bebe; nem contra sua mulher que caiu na infidelidade ou contra seu filho que entrou para o mundo das drogas. O maior perigo não são as forças humanas, mas as forças espirituais do mal. São espíritos malignos que querem nos destruir. Destruir os casamentos, nossos lares, nossas famílias.

O grande segredo é compreender que não somos nós que lutamos contra os espíritos malignos, nem temos forças para enfrentá-los. Seríamos tolos se quiséssemos fazer isso. Quem luta contra eles são os Anjos do Senhor! E quem os sustenta na batalha somos nós, com nossas orações. Anjos bons lutam por nossa causa, para nos defender. É disso que São Paulo nos fala: “Há uma luta espiritual nos ares, nesse mundo de trevas”. E como daremos a vitória aos Anjos que lutam por nós? A resposta está no mesmo capítulo do livro de Efésios:

“Intensificai as vossas invocações e súplicas. Orai em toda circunstância, pelo Espírito, no qual perseverai em intensa vigília de súplica por todos os cristãos” (Ef 6,18).

Aí está a solução: “Intensificai as vossas invocações e súplicas. Orai em toda circunstância”. Isso quer dizer que: se você está alegre, ore; se está triste, ore; com dívidas, chateado por causa de seu filho, com o coração quebrado por causa de seu marido, de seu pai, de sua mãe, sofrendo por causa do desemprego ou machucado por causa de alguém que o ofendeu… ore! Em todas as circunstâncias, ore. “Perseverai em intensa vigília de súplica por todos os cristãos”.

Como Tobit e Sara, apresentemos a Deus o nosso coração angustiado e nossos problemas. Oremos ao Senhor para que os Anjos possam guerrear em nosso favor, e a vitória acontecerá.

Por que amamos tanto o pecado?

É comum ouvir: ‘Não aguento mais ficar sem sexo, sem bebidas…’

Sim, isso é uma pergunta, contudo, nessa circunstância, terei a ousadia de conjugá-la como uma afirmação: “Sim, amamos muito o pecado…”. Todavia, do título inicial quero conservar o interrogativo: Por quê?

Essa afirmação se fundamenta no ofício de observar, na arte de contemplar corações em um constante “debater-se” diante das razões e significados que compõem sua própria existência.

Ao observar alguém que abre mão de um vício/pecado, procurando desvencilhar-se dele através da renúncia, percebe-se – não raras vezes – um profundo sofrimento, e até mesmo revolta em virtude da ausência do pecado. É como se tal coração julgasse estar prestando um favor imenso a Deus por estar abrindo mão daquilo que mais ama.

Mas por que se ama tanto os próprios pecados e vícios? Por que se inventam tantas desculpas para justificá-los? E por que sofremos e nos debatemos tanto por sua ausência?

Há quem brigue fazendo de tudo para defender o seu próprio pecado, para convencer a todos que ele é algo normal, e que é, até mesmo, uma “virtude”.

Não se costuma ouvir pessoas dizendo: “Eu não aguento mais ficar sem adorar a Jesus na Eucaristia. Já estou ficando louco! Preciso adorá-Lo agora!”. Mas, infelizmente, é comum ouvir muitos entoando: “Não aguento mais ficar sem sexo, sem bebidas, drogas, prostituição, nem sem pensar e falar bobagens… Estou ficando louco sem isso!”.

É lastimável, mas, na maioria das vezes, Deus fica tão pequeno dentro de nós diante da força e expressão que possui o pecado, que dá até – metaforicamente falando – para ter dó d’Ele, pois, Ele acaba ficando sempre em segundo plano diante de nosso amor ao pecado.

“Se faz de tudo para possuir o que se ama!”. Diante de tal enunciado desvela-se a imprecisão de muitos corações que professam um amor profundo a Deus, mas, não são capazes de “mover uma palha” para estar com Ele e saber um pouco mais como funciona o Seu belo coração. Se “ama” tanto a Deus que não se é capaz de deixar de assistir a um jogo de futebol para ir à Santa Missa… Contudo, para estar com o pecado parece que a disposição é sempre nova e real.

Perguntemo-nos: Pelo que meu coração tem lutado? O que ele tem verdadeiramente buscado e desejado? E mais: o que ele tem amado?

É preciso ser realmente sincero consigo para responder a essas perguntas e para perceber onde, de fato, tem se ancorado o próprio coração.

O caos – ausência de ordem – estabelece-se quando o príncípio que move o coração deixa de ser Aquele que o criou. Assim, os próprios valores desvalorizam-se e o homem fica de “ponta cabeça” valorizando o circunstancial – aquilo que passa – e esquecendo-se do eterno – lugar onde reside a verdadeira realização.

Exerçamos com sensibilidade essa observação e descubramos sinceramente em que paragens têm peregrinado o nosso coração, para assim poder, com inteireza e responsabilidade, direcioná-lo ao Seu verdadeiro bem.

Adriano Zandoná

Sob o olhar de Deus

“Se vós me abençoardes, alargando meus limites…”

Meus queridos irmãos e irmãs em Cristo. Tenho uma palavra de vida para vocês hoje. Você pode olhar para si mesmo e dizer quais são as vitórias que tem contemplado em sua vida? Ou você pode ser aquela pessoa que só tem enfrentado derrotas ultimamente. Saiba que Deus o abençoou muito. Você não foi gerado para ficar prostrado diante das avalanches da vida. Diz o Senhor:

“Aquele que teme o Senhor aceitará sua doutrina, aqueles que vigiam para procurá-lo serão por ele abençoados.” ( Eclesiástico 32,18)

Esta é a Palavra de Deus que irá vivificar sua vida hoje em nome de Jesus. Tema ao Senhor, busque-O em oração e Ele, que é cheio de bondade e misericórdia, irá abençoá-lo. Meu irmão, é tempo de voltar para o Senhor! Ele que se deixa encontrar.

“O espírito daqueles que temem a Deus será procurado, será abençoado quando Deus olhar para eles.” (Eclesiástico 34,14)

Seja como o Jabez, que pediu que a bênção de Deus estivesse sobre sua vida. Sua oração foi simples, não de muitas palavras, mas de grande eficácia. Veja:

“Jabez invocou o Deus de Israel: Se vós me abençoardes, alargando meus limites, se vossa mão estiver comigo para me preservar da desgraça e me poupar da aflição!… E Deus lhe concedeu o que tinha pedido.” (I Crônicas 4,10).

Diante destas palavras, você não pode perder mais tempo. É momento de vivenciar este Deus abundante que quer nos abençoar. Tenho experimentado isso constantemente na minha vida. Não porque eu seja melhor, mas porque reconheço plenamente que preciso do Senhor, de Seu poder, de Sua graça na minha vida.

Deus tem me dado a oportunidade de tocar em muitas obras de bênção que Ele tem derramado nas missões onde tenho ido pregar.

Certa vez, fui pregar em uma cidade do Estado de São Paulo. Lá, clamei pelo poder de Deus, e Ele veio de forma tremenda. Pessoas foram curadas de enfermidades físicas; filhos foram libertos; maldições, quebradas. Realmente foi maravilhoso.

Não posso negar, o Senhor investe em meu ministério. E digo a você: Ele quer investir em você também. Portanto, esteja onde estiver lendo este artigo, levanta-se e ande em nome de Jesus! Digo a você, que está entrevada na cama, levanta-se e seja curada no nome de Jesus.

Seja a depressão, o vicío da bebida, seja o que for, meu caro, minha cara, Deus está olhando para você. Clame e Ele o atenderá. Diz o Senhor:

“Há homem esgotado e em grande necessidade de alívio, pobre de energia e rico em necessidades, que o olhar de Deus considera com benevolência, e tira do desalento para lhe dar ânimo; muitos, ao verem isso, ficam surpreendidos e dão glória a Deus.” (Eclesiástico 11,12:13)

O olhar de Deus está sempre sobre nós. Peço a Ele que o abençoe muito! Vamos orar juntos, clamando a sua restauração para Deus, para que Ele o liberte e o cure.

Sim, Deus, eu quero (diga seu nome) clamar Sua presença, Senhor, pois sei que me fita com Seu olhar, conhece meus caminhos, sabe por onde tenho andado e o que tenho feito. Por isso, Papai, venho Lhe pedir: Cura-me de minhas enfermidades que têm feito com que me proste ao deus do desespero, da doença, do medo, da revolta. Quero experimentar a vida plena no Seu Espírito Santo, pois não fui gerado para ser oprimido, mas sim, para ser livre como diz Sua Palavra: “É para que sejamos homens livres que Cristo nos libertou. Ficai, portanto, firmes e não vos submetais outra vez ao jugo da escravidão.” (Gálatas 5,1).

Que diante desta Sua Palavra, Senhor, eu possa retornar a viver, acolhendo toda sorte de bênçãos que o Senhor tem para minha vida. Portanto, eu dou um fim ao jugo que estava sobre mim. Verdadeiramente Seu olhar está sobre mim. Digo “não” a todo pecado, fornicação, adultério, mentiras e a falsas enfermidades. Unge-me com Sua unção. Que eu seja uma semente boa para que possa dar frutos e frutos em abundância. Amém, Jesus!

Carlos Biajoni

Valorize o sofrimento

É preciso lembrar que não há sucesso sem luta

Nenhum de nós gosta de sofrer, mas o sofrimento faz parte da vida; não há uma pessoa sequer na face da terra que não tenha de conviver com a dor e a angústia; logo, aprender a sofrer é aprender a viver. A paz não consiste em não ter contrariedades, mas em saber, com humildade e resignação, aceitá-las e enfrentá-las. A primeira atitude diante de qualquer sofrimento é a atitude mental; muitas vezes, nós aumentamos o nosso sofrimento com um pensamento negativo e pessimista. Acho que você já notou que o mesmo sofrimento para um é muito pesado, enquanto para outro pode ser fácil de ser vencido.

Da mesma forma que não há montanhas altas sem névoas, assim também não há homem superior sem caluniadores. O que importa é não dar ouvidos a essas calúnias. Não pare a sua caminhada para atirar pedras nos cães que ladram, senão você pode atrasar a sua chegada. Sabemos que somente as árvores que têm frutos é que são sacudidas ou apedrejadas em busca de alimentos. Ninguém atira pedras em árvores sem frutos. As perseguições não atingem a alma quando são injustas ou falsas.

Frequentemente, as coisas que consideramos “más” são as que tornam boas as coisas boas. Como poderíamos reconhecer o prazer sem a dor? Sem o conforto, como poderíamos estar confortáveis? Se não houvesse escuridão, como saberíamos o que é a luz? Sem ignorância, qual seria o valor do conhecimento?

Em todas as direções e em todas as situações, a vida tem significado. Em todo lugar existe a oportunidade da realização. Em vez de amaldiçoar a escuridão, acenda um fósforo, aprecie a luz que as trevas tornam possível.

As únicas desgraças completas são aquelas com as quais nada aprendemos. Cada lágrima ensina-nos uma verdade.

É preciso sempre se lembrar de que não pode haver sucesso sem luta e, às vezes, sofrimento. O sofrimento não é obra de Deus; ele existe por causa de nossa fraqueza e dos pecados dos homens. Mas Cristo o transformou em matéria-prima de nossa salvação. Paul Claudel disse que “Cristo não veio abolir o sofrimento, nem mesmo explicá-lo; mas veio trazer-lhe a plenitude da sua presença”. Por isso, quem sofre com Cristo, sofre em paz.

Deus nos fala pelas circunstâncias e pelos acontecimentos difíceis da vida. Quando analiso o meu passado, vejo que tudo o que me aconteceu foi para o meu bem. O sofrimento é inseparável do amor, como a rosa o é do espinho. Não tenha medo das adversidades nem das contrariedades.

É comum nos sentirmos desencorajados e até desesperados quando as coisas vão mal. Mas Deus age em nosso beneficio, mesmo nos momentos de dor e sofrimento.

“Tudo concorre para o bem dos que amam a Deus” (Romanos 8, 29)

(Trecho extraído do livro “Para ser feliz” – Editora Cléofas)

Felipe Aquino

Você é capaz!

Viver é trazer nas mãos a possibilidade de a cada novo dia…

A vida comporta muitas possibilidades. Viver é trazer nas mãos a possibilidade de a cada novo dia transformar todas as realidades.

A arte da escolha é semelhante à da literatura, que traz em si o poder de recriar a realidade.

Todo ser carrega em si a possibilidade de recomeçar, de acertar, enfim, de ser diferente. Pena que haja muita gente infeliz, porque se esqueceu de que para ser feliz é preciso aprender a escolher bem, aproveitando com propriedade as chances de cada novo dia.

A vida sempre nos apresenta oportunidades. Até mesmo o erro é uma oportunidade para crescer e aprender, e quem tem sensibilidade para acolher os pequenos mistérios contidos nas dores do dia-a-dia, consegue absorver a vida, subtraindo desventuras e acumulando possibilidades.

A mágoa é uma oportunidade para se perdoar; a queda para se levantar; a solidão para se aprender a acompanhar, o erro para se acertar. Deus depositou em nosso coração uma profunda capacidade de superação e crescimento diante de tudo o que experienciamos.

Você é capaz! Mesmo que um sentimento de limitação e incapacidade tenha se enraizado em seu coração, em virtude dos desafios que já enfrentou, saiba que tudo pode ser melhor, e você pode superar e vencer.

Possibilidades nos são oferecidas constantemente, precisamos utilizá-las e, com elas, aos poucos, transformar nossas atitudes, escolhas, todas as áreas de nossa vida.

Viver é construir, o homem é o futuro que escolhe.

O bem e o mal nos são oferecidos em cada pequena situação, e é através da escolha que construímos as cores e significados de nossa existência.

Temos a escolha e a possibilidade, ambas acontecem com gratuidade, e sempre é possível mudar e escolher direito. A possibilidade depende de Deus; a escolha, unicamente de nós.

Você, com o auxílio de Deus, é sempre capaz de recomeçar e construir a vitória em sua vida.

Você é capaz!

Adriano Zandoná